Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 514 | Junho de 2021 | Campo Mourão - Paraná

SAÚDE

A VIDA PÓS-PICADA os cuidados depois da vacina

Preciso mesmo da segunda dose? Ainda tenho de usar máscara por aí?

Devo fazer um teste para saber se a vacina pegou? Que tal resolver suas dúvidas?

Se você é um dos brasileiros que já receberam ao menos a primeira dose da vacinação contra a Covid-19 — seja da Coronavac, do Butantan, seja do produto de Oxford/AstraZeneca, da Fiocruz —, é provável que tenha algumas dúvidas sobre o que fazer a partir de agora. Pois bem, a primeira orientação, e importantíssima, é garantir que você ingresse na turma dos que tomaram as duas doses da vacina. Como mostram os estudos, esse é o único jeito de assegurar a proteção esperada das injeções.

Sem o esquema por inteiro, o esforço de vacinação pode ir pelo ralo. “Os testes clínicos e os dados que nós temos foram obtidos a partir das duas doses”, destaca a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC). “Se você não tomar a segunda, vai ficar com uma proteção que a gente não sabe qual é, nem quanto tempo dura”, justifica. Daí a recomendação do próprio ministério de sempre buscar a segunda dose, mesmo se você perdeu o prazo estipulado.

Isso vale para a sua saúde — e para a dos outros. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que esse controle só será possível quando as nações atingirem pelo menos entre 70 e 80% da população vacinada. “Se a população não estiver completamente protegida, isso pode levar a uma seleção natural das cepas mais bem adaptadas”, alerta. Imagine patógenos com capacidade de escapar das vacinas!

É por essas e outras que uma orientação permanece sólida: enquanto não tivermos boa parte dos brasileiros imunizados, é preciso continuar seguindo os cuidados do “novo normal”: usar sempre a máscara quando sair, caprichar na higiene das mãos e evitar aglomerações. Isso também se aplica a quem tomou a vacina, sobretudo se só recebeu a primeira dose. Ninguém é exceção!


Qual é o tempo de proteção das vacinas contra Covid-19?

Ainda não se sabe. Como as vacinas em uso são recentes e as campanhas só começaram a partir de dezembro de 2020, a duração da proteção ainda é alvo de estudos. Até aqui, é possível afirmar com segurança que o efeito se mantém por pelo menos seis meses. Os especialistas acreditam que será necessário revacinar periodicamente, como ocorre com a gripe.

Há risco de a vacina causar a doença em si?

Nenhum. “A Covid-19 só é provocada por vírus vivo, e nenhuma das vacinas usa vírus vivo”, resume o virologista Paulo Eduardo Brandão, da Universidade de São Paulo (USP). A Coronavac é feita com o vírus inativado, processo semelhante ao de outras vacinas já consagradas, como as de gripe, hepatite A e raiva. Já a de Oxford usa um vetor viral — outro vírus, modificado, que carrega parte do material genético do SarsCoV-2 para induzir uma resposta do organismo.

Devo me vacinar mesmo se já peguei Covid-19 no passado?

Com certeza! A infecção natural não garante uma resposta tão eficiente como a da vacina. “Na vacina, sabemos exatamente quantas partículas virais existem para dar a resposta desejada. Na infecção natural, isso pode variar, e a resposta ser mais fraca”, explica a microbiologista Natalia Pasternak. Quanto tempo esperar pra tomar se você pegou? Médicos pedem quatro semanas após o início dos sintomas.

Fonte: saude.abril.com.br
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