Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 520 | Dezembro/2021 - Janeiro/2022 | Campo Mourão - Paraná

ENTREVISTA

ALINE DOTTA Psicóloga, mestre em neuromarketing pela Florida Christian University, com formação em gestão de pessoas e dinâmica dos grupos

Aline Dotta, psicóloga, mestre em neuromarketing pela Florida Christian University, com diversas formações em gestão de pessoas e dinâmica dos grupos. Há mais de 18 anos trabalha como consultora na área de desenvolvimento de pessoas, equipes e líderes em diversos ramos de atuação. É professora e possui sólido conhecimento em práticas e implantação de processos de recursos humanos.

“As ações envolvendo toda a família são um grande diferencial da Coamo, já que olhar para a família é pensar na sustentabilidade da cooperativa. Todas essas ações contribuem para estruturar a cultura organizacional desde o entorno, favorecendo a convergência na tomada de decisões, na busca por melhores resultados e, inclusive, fomentando o surgimento de novos líderes, que serão de suma importância no futuro.” A frase é de Aline Dotta, psicóloga, mestre em neuromarketing, com diversas formações em gestão de pessoas e dinâmica dos grupos. Há mais de 18 anos, ela trabalha como consultora na área de desenvolvimento de pessoas. Ela diz que a Coamo sempre foi um sonho, por ser referência no agro, pelo seu pioneirismo e pela grandiosidade dos seus projetos.



Revista Coamo: Como avalia a atuação das cooperativas no trabalho junto aos cooperados e familiares, e às comunidades onde estão inseridas?

Aline Dotta: Acredito que a atuação e o papel das cooperativas nesses ambientes são de extrema importância, por levar conhecimento, práticas e firmar parcerias seguras, profissionalizando o agronegócio. Afinal, essa é a essência do cooperativismo: unir as pessoas e compartilhar resultados.



RC: Como se sente em ajudar a desenvolver funcionários, cooperados e familiares? Qual é a importância desta evolução neste período pandêmico?

Aline: Sinto-me muita honrada em contribuir com o desenvolvimento dos funcionários, cooperados e familiares. Comecei a trabalhar com o agronegócio em 2005 e me apaixonei por este universo. A Coamo sempre foi um sonho, por ser referência no agro, pelo seu pioneirismo e pela grandiosidade dos seus projetos. Quando iniciamos os trabalhos em conjunto com a Coonect.se me surpreendi positivamente ao conhecer a realidade da cooperativa. Da mesma forma, sempre acreditei na minha profissão como psicóloga e levar conhecimento em um período tão desafiador fez e faz com que todo o estudo e esforço que busco valha a pena. Gosto de lembrar da primeira aula online durante a pandemia, que era justamente da disciplina de Inteligência Emocional e Gestão de conflitos. Era uma novidade para todos nós e tivemos que aprender juntos a desenvolver a aula online e ao vivo, exigindo que colocássemos em prática tudo aquilo que estávamos discutindo. Entendo que além de conteúdos escolhidos e alinhados com o time da área de Gestão de Pessoas da Coamo, sempre estamos conectados com a prática e é isso que faz a diferença: a prática, a ação.



RC: As mulheres cooperativistas vêm aumentando sua participação no agronegócio, seja a frente dos negócios ou na manutenção do lar. Como você avalia esta afirmação?

Aline: Eu percebo esta afirmação como um dado de realidade. Estamos sim conquistando um espaço considerável no agronegócio, cada vez mais envolvida, seja a frente das empresas ou na manutenção do lar, sendo um pilar importante para que o entorno funcione. Sabemos que ainda temos muito a conquistar, mas os primeiros passos já foram dados. Minha expectativa é que, independentemente sendo mulher ou homem, que possamos focar nas qualidades de todos.



RC: A Coamo possui ações para todos, envolvendo toda a família, homens e mulheres. Como analisa esta visão e atuação da cooperativa?

Aline: Essas ações são um grande diferencial da Coamo, já que olhar para a família é pensar na sustentabilidade da cooperativa. Todas essas ações contribuem para estruturar a cultura organizacional desde o entorno, favorecendo a convergência na tomada de decisões, na busca por melhores resultados e, inclusive, fomentando o surgimento de novos líderes, que serão de suma importância no futuro. Este é um grande diferencial para quem tem olhos para o futuro, ainda mais em um ambiente que tem um alto grau de exigência em relação aos profissionais e prestadores de serviços.




RC: Como psicóloga, você acompanhou bem estes últimos meses de Pandemia. O que mudou para as pessoas, no trabalho e nas relações do dia a dia?

Aline: Durante a Pandemia muita coisa mudou. Acredito que todos passamos por, pelo menos, um período de tristeza, medo e insegurança, na vida pessoal e no trabalho. É um desafio tirar algo positivo de toda essa experiência, mas é possível. A meu ver, resgatar a humanidade é o legado que a pandemia deixa, já que todos vimos atos de solidariedade em diferentes lugares do mundo. Isso resgata a esperança e nos coloca no mesmo lugar, sendo mais humanos, tendo mais empatia, valorizando a vida. Além disso tudo, a nossa disposição a nos adaptar e prezar pelas pessoas que são importantes para nós, foram lições que esses últimos meses nos mostraram. Com a vacinação estamos vendo uma luz no fim do túnel, e a torcida para que tudo isso acabe. Sei que o desejo de todos é que possamos voltar ao “normal”, mas eu não acredito que voltaremos a ser “normais” como antes. Com tudo o que presenciei, acredito e desejo que voltaremos melhores, mais humanos, respeitando a si e aos outros.



RC: Quanto a saúde emocional e mental, como será a

Aline Dotta, há mais de 18 anos trabalha como consultora na área de desenvolvimento de pessoas

normalidade e naturalidade?

Aline: Normalidade é um termo muito complexo. Acredito que, em meio a tantos sentimentos de tristeza, insegurança e medo, ficamos frágeis. Também entendo que, a partir de valiosos aprendizados, de tudo o que vivenciamos, tivemos a oportunidade de colocar em um lugar de importância aquilo que sempre foi valioso: nossa saúde mental e emocional. Aprendemos a reconhecer a importância de estarmos bem emocionalmente, já que, quando estamos bem emocionalmente, conseguimos enfrentar os desafios com mais força. Por isso, gostaria de reforçar a importância de aprender a reconhecer nossos limites, investir no autoconhecimento e, sempre que necessário, buscar ajuda profissional especializada. Quando estamos com algum problema no coração, procuramos um cardiologista. Quando estamos com alguma dúvida em relação a visão, procuramos um oftalmologista. Já quando a angústia está relacionada às nossas emoções, tendemos a procurar diversas especialidades, menos as que estudam e são preparadas para isso: psicólogos e psiquiatras. Que possamos fazer diferente e buscar as pessoas aptas a solucionar questões emocionais.



RC: Deixe sua mensagem aos cooperados e funcionários da Coamo.

Aline: Em nome da Coonect. se agradecemos por mais um ano de parceria e contribuição, levando conhecimentos relevantes para o desenvolvimento de todos. Desejamos um Natal na sua essência: comemorar a vida! Que o nascimento de Jesus possa renovar a nossa fé, nossa esperança e nossa força para o próximo ano que está chegando. Feliz Natal, Feliz Ano Novo a todos os colaboradores, associados e comunidade Coamo. Que possamos viver novos e grandiosos desafios no próximo ano.

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.