Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 520 | Dezembro/2021 - Janeiro/2022 | Campo Mourão - Paraná

PECUÁRIA

Foco ampliado na assistência veterinária

Cooperada Sílvia Regina Frossard, de Altamira do Paraná (PR)

Montada no cavalo Amigo, a cooperada Sílvia Regina Frossard acompanha de perto o manejo dos animais na Fazenda da Balsa, em Altamira do Paraná (Centro-Oeste do Paraná). É mais um dia de trabalho na propriedade que tem o gado de corte como principal fonte de renda. Ela mora em Campo Mourão, distante cerca de 140 quilômetros da sede da fazenda, e faz questão de estar sempre presente na lida diária.

Com frequência, a cooperada recebe a visita da assistência veterinária da Coamo, principal parceira na atividade. Setor esse que passou por uma reestruturação e aumento no quadro de profissionais com o objetivo de otimizar os recursos e fazer com que os cooperados tenham alternativas para obter o máximo de rentabilidade na propriedade. A cooperativa incentiva e presta assistência técnica para todo o quadro social e conta com farmácias veterinárias espalhadas por toda a área de ação no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Cooperada, Sílvia Regina Frossard, recebe assistência técnica do veterinário, Gustavo dos Santos Pitlovanciv, e do técnico agropecuário, Augusto Tavela Junior

Com isso, os cooperados recebem todo o atendimento necessário para desenvolver a atividade da melhor maneira possível. Filha de pecuarista, dona Sílvia cresceu vendo o pai trabalhando na atividade. Com o incentivo da Coamo investe na propriedade, principalmente, na pastagem e genética dos animais. “Estamos sempre buscando melhorias. Já fizemos adubação de pastagem em algumas áreas e planejamos fazer em toda a propriedade. A assistência técnica da Coamo é nossa parceira nesse trabalho”, conta.

Com a reestruturação, a unidade da Coamo em Altamira do Paraná recebeu um médico veterinário e um técnico agropecuário. Antes da mudança, os cooperados daquela localidade recebiam duas vezes por semana o atendimento de um profissional sediado em Palmital. “Temos toda a assistência que precisamos para evoluir na atividade. A presença dos profissionais com mais frequência está sendo fundamental para investimentos, para que possamos utilizar novas tecnologias”, diz a cooperada.

Uma das mudanças realizadas na propriedade é a utilização da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). “Não fazíamos essa técnica antes e com a ajuda da assistência da cooperativa já inseminamos um lote de vacas. Estamos melhorando a rentabilidade, agregando mais valor à atividade.”

O médico veterinário, Gustavo dos Santos Pitlovanciv, da Coamo em Altamira do Paraná, comenta que o compromisso é levar ao cooperado o melhor sistema de trabalho, de acordo com a característica da propriedade, utilizando tecnologias que possam melhorar a rentabilidade no meio rural. Ele conta que com a reestruturação, consegue estar mais presente nas propriedades e tem mais tempo para planejar e desenvolver o trabalho. “Com isso, temos começo, meio e fim. Na propriedade da cooperada Sílvia, por exemplo, estamos desenvolvendo um trabalho de reposição das matrizes e reestruturação do rebanho por meio da IATF. Isso melhorará a genética do rebanho e a qualidade das matrizes, que é a fábrica dos bezerros e traz rentabilidade para a propriedade”, comenta o veterinário. Além dele, foi inserido ao quadro técnico de Altamira do Paraná o técnico agropecuário, Augusto Tavela Junior.

Cooperado Afonso Gregório, de Nova Tebas (PR), com a esposa Cleuzarbeti de Melo Gregório

Em Nova Tebas (Centro do Paraná), o cooperado Afonso Gregório, trabalha com a agricultura e pecuária, aproveitando as áreas mais ‘quebradas’ para criar os animais. No local são cerca de 350 cabeças de gado. Ele também está sendo favorecido pela reestruturação do quadro veterinário. Até pouco tempo, a propriedade era atendida por um profissional que estava lotado em Manoel Ribas. Com a mudança, houve aumento de quadro e contratação de uma veterinária para atender Iretama e Nova Tebas.

Na opinião do cooperado, a mudança está favorecendo diretamente os produtores que trabalham com a pecuária no município. “A assistência técnica é um item fundamental no desenvolvimento de qualquer atividade. Com a nova estrutura, a veterinária está mais presente na unidade e nas propriedades. A Coamo está sempre atenta às necessidades dos cooperados”, diz Gregório.

De acordo com ele, com a assistência mais próxima é possível melhorar o trabalho em andamento e planejar ações de valorização da pecuária. “A criação de gado é uma boa atividade, uma opção de diversificação e vemos que a cooperativa tem essa visão, de atender as demandas dos cooperados.”

A médica veterinária Karina Gomes Dias, da Coamo em Iretama, diz que os trabalhos a campo ajudam a identificar as necessidades e as dificuldades dos cooperados. “Isso é fundamental para um bom planejamento. Os produtores, de maneira em geral, sabem o que fazer, tem experiência na atividade, faltam apenas orientação e recomendação de novas tecnologias para que possam agregar mais valor à atividade”, diz.

Segundo a veterinária, a proximidade e interação com os cooperados proporciona troca de conhecimento entre os dois lados, já que a assistência é o elo entre os produtores e a pesquisa. “No campo, coletamos as informações e repassamos para a cooperativa desenvolver estudo sobre um determinado assunto. Por outro lado, somos responsáveis por levar ao cooperado as mais novas tecnologias, melhorando as perspectivas de crescimento deles”, assinala.

Veterinária da Coamo, Karina Gomes Dias, em atendimento ao cooperado, Afonso Gregório

Em Caarapó (Mato Grosso do Sul), a unidade da Coamo também recebeu um médico veterinário para o quadro técnico. Com isso, o cooperado José Carlos Ferreira Gonçalves passou a receber uma assistência mais direcionada. Ele conta que já percebeu melhoria no atendimento, aprimorando as ações. “A assistência Técnica da Coamo é composta por profissionais qualificados, que acompanham a evolução, tecnologia e a demanda dos cooperados.”

Ele comenta que a cooperativa vem contribuindo para o bom desenvolvimento da atividade pecuária, principalmente incentivando práticas de manejo adequadas para a região. “Houve uma grande evolução nos últimos anos. Estamos consorciando lavoura com pastagem e utilizando tecnologias e práticas para melhorar o desempenho dos animais, sempre com a parceria da assistência Técnica da Coamo”, observa.

O médico veterinário, André Luís Vriesman Beninca, da Coamo em Caarapó, observa que a reestruturação veterinária permite reduzir a área de atuação de cada profissional e aumentar a frequência de visita nas propriedades. “Com isso, é possível acompanhar e propor alterações que possam melhorar a atividade. Os cooperados tendem a seguir as recomendações do quadro técnico, pois anseiam por mais conhecimento e informação a sua atividade. Contudo, essas inovações, por vezes, contrariam algumas recomendações que eram feitas anteriormente, mas são essas mudanças no manejo, na parte sanitária ou na nutrição que podem fazer com que haja um aumento no faturamento.”

Segundo ele, a principal atividade pecuária desenvolvida no Mato Grosso do Sul é a de corte. O veterinário ressalta que o cenário mudou bastante nos últimos 10, 20 anos, passando de uma atividade extensiva sem acompanhamento nutricional e sanitário adequado para um sistema mais tecnológico. “Os animais ficavam na propriedade de três a quatro anos até que ganhassem o peso ideal para a comercialização. Hoje temos uma pecuária de ciclo mais curto e as propriedades associam a agricultura com a pecuária, que fica em um espaço menor. Mas, para que a atividade tenha boa renda em um período mais curto, é preciso utilizar tecnologias e sistemas que possibilitem criar mais animais em um espaço menor.”

Em Abelardo Luz (Oeste de Santa Catarina), os cooperados também passaram a contar com um médico veterinário exclusivo. Everson João Guerra ressalta que o atendimento veterinário da Coamo melhorou. “Temos uma mais disponibilidade de tempo por parte do veterinário. Desta forma, conseguimos discutir e traçar as estratégias que usaremos durante o ano. As visitas são mais frequentes e programadas de maneira que atendem as necessidades da atividade”, observa.

Na propriedade é desenvolvida a pecuária de corte de forma intensiva. “Fazemos recria e terminação dos animais adquiridos de terceiros. Durante o verão trabalhamos com maior número de UA/ha (Unidade Animal por Hectare), utilizando pastagem perene, de Tifton 85, já no período de inverno, e pastagens de azevém de alto rendimento.”

De acordo com ele, o projeto de pecuária implantado na propriedade ainda é recente, em torno de cinco anos. Mas, a cada ano está evoluindo e se adaptando a realidade. “Cada ano tem suas particularidades, seja, de clima ou de mercado. Precisamos estar sempre atentos para nos adaptarmos, sem que o planejamento seja comprometido. Debatemos muito com o médico veterinário que nos atende para utilizarmos um programa sanitário, nutricional e de mineralização, que melhor nos atenda. Observamos sempre a relação custo-benefício. Para o sucesso da atividade precisamos acertar os detalhes e isso fica sempre mais fácil, quando debatido e planejado com técnicos capacitados. Nesse sentido somos muito gratos a parceria que temos.”

O médico veterinário, Tarcísio Spring de Almeida, da Coamo em Abelardo Luz, observa que a reestruturação é importante para o desenvolvimento do trabalho, pois poderá atender com mais frequência as demandas dos cooperados. “Estamos com um foco mais preciso no fomento à produção de leite e carne. Temos condições de realizar uma prestação de serviço mais eficiente na área de nutrição, sanidade, reprodução e genética animal. Esta reestruturação trará um impacto positivo na gestão das propriedades, pois poderemos acompanhar com mais frequência os índices zootécnicos nos sistemas de produção.”

Veterinário André Luís Vriesman Beninca com o cooperado José Carlos Ferreira Gonçalves, em Caarapó (MS)

Ele ressalta que o quadro social de agropecuaristas procura diariamente por orientação técnica. “Os cooperados têm uma preocupação em seguir, na medida do possível e dentro das suas condições e necessidades, todas as recomendações técnicas indicadas. Os cooperados estão sempre evoluindo e as nossas recomendações têm como base o manejo nutricional, sanitário, reprodutivo, bem-estar animal e gestão de índices zootécnicos.”

Almeida iniciou a atividade profissional na Coamo em novembro de 1994 e na época atendia cooperados em Mangueirinha, Coronel Vivida, Honório Serpa, Palmas, Abelardo Luz, Ouro Verde, Ipuaçu e São Domingos. “A pecuária, tanto de leite como de corte, eram atividades desenvolvidas em sistema extensivo de produção com pouco investimento em tecnologia. Com o tempo e apoio da Coamo, os produtores passaram a investir na atividade. De uma pecuária de exploração extensiva passaram para a intensiva, melhoraram a genética, sanidade, manejo e alimentação dos animais.”

De acordo com ele, a assistência Técnica da Coamo teve papel importante nessas mudanças. “Contribuiu para o aumento da produtividade por meio de visitas, reuniões, palestras técnicas e dias de campo especificamente para a pecuária. O tempo foi passando e a assistência técnica Coamo, junto com o cooperado pecuarista, foi evoluindo com as melhores técnicas de produção, melhorando as pastagens, tendo mais conhecimento em sanidade animal, reprodução, genética, instalações e conforto animal. Hoje, a atividade está bem tecnificada e profissionalizada. Os produtores investem em nutrição, manejo alimentar, genética e utilizam ferramentas de última tecnologia”, assinala o veterinário.

Cooperado Everson João Guerra, de Abelardo Luz (SC), com o veterinário, Tarcísio Spring de Almeida

Assistência aprimorada

Segundo o diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo, Aquiles de Oliveira Dias, o objetivo da cooperativa é oferecer o melhor atendimento em todos os segmentos da produção agropecuária. “Nossos associados são mais focados na agricultura, e nesse sentido desenvolvemos uma assistência técnica com bastante qualidade. Na veterinária, aprimoramos ano a ano, pois é uma importante atividade dos nossos cooperados. Por isso, estamos realizando melhorias nessa área”, diz.

O gerente de Assistência Técnica da Coamo, Marcelo Sumiya, esclarece que o cooperado da Coamo tem a vantagem de ter a integração da assistência veterinária com agronômica. “A melhor forma para o produtor rural evoluir é integrando as duas áreas. O agrônomo, por exemplo, entra com o trabalho de recuperação de pastagem e o veterinário faz as indicações da melhor cobertura para otimizar o rebanho. É essa interação que buscamos, com um trabalho diferenciado.”

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