Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 520 | Dezembro/2021 - Janeiro/2022 | Campo Mourão - Paraná

TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO

Gotas da eficiência

O crescente aumento nos custos dos produtos químicos, da mão de obra e da energia, e a preocupação cada vez maior em relação à poluição ambiental, têm realçado a necessidade de melhorar a tecnologia de aplicação, bem como os procedimentos e os equipamentos adequados à maior eficácia e segurança nessa prática. Alguns passos devem ser dados para se melhorar a tecnologia de aplicação. O primeiro é conhecer efetivamente o alvo que se pretende atingir, no caso a praga, doença ou planta daninha, e a maneira como estes se distribuem e vivem no ambiente. Após isso, escolher o produto mais apropriado, levando em consideração a eficiência, a seletividade para a cultura e inimigos naturais, e a baixa toxicidade para o homem e ambiente.

A partir disso é feito o planejamento do sistema de aplicação a ser adotado. Lembrando que, na aplicação propriamente dita, os fatores ambientais, principalmente os climáticos como a temperatura, a umidade relativa do ar, o vento, a chuva, o orvalho e a luminosidade interferem decisivamente no resultado a ser obtido. Além disso, a experiência do aplicador é fundamental no resultado da operação, pois ele é o responsável direto pela tomada de decisões.

Para tanto, deve possuir conhecimento dos equipamentos e produtos utilizados, reconhecer corretamente os alvos a serem atingidos e ter sensibilidade para lidar com os fatores gerais que influenciam na aplicação. A tecnologia de aplicação deve evoluir no sentido de promover a maximização da eficácia desta prática, com resultados físicos e biológicos satisfatórios, máximo rendimento econômico e sem afetar o homem e o meio-ambiente. (Com informações da Embrapa/Soja).

ORIENTAÇÕES PARA UMA BOA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

Calibragem do pulverizador

• Regule o pulverizador antecipadamente;

• Tire o tempo do trator em 50m na velocidade de trabalho;

• Escolha a ponta / bico adequada para a aplicação;

• Observe se a pressão do manômetro é a recomendada para a ponta escolhida;

• Compare a vazão de todas as pontas / bicos e substitua as gastas, ou seja, as que apresentarem menor ou maior vazão frente a média das demais pontas;

• Elimine todos os vazamentos (mangueiras / filtros / bicos);

• Regule a altura da barra (50cm do alvo ou conforme orientação do engenheiro agrônomo e bula do produto).

Melhores condições climáticas:

• Temperatura 10 a 30ºC;

• Umidade relativa do ar acima de 60%;

• Ventos de 3 a 8km/hora;

• Períodos de estiagem podem reduzir a eficácia dos produtos.

Limpe o pulverizador após o uso

• Evite sobras no tanque de um dia para outro;

• Lave o pulverizador;

• Limpe todos os filtros e pontas da máquina;

• Esgote o tanque em local adequado.

Evite a contaminação do homem e do meio ambiente

• Elimine vazamentos durante a aplicação e o reabastecimento;

• Não aplique com ventos fortes, altas temperaturas e baixa umidade do ar;

• Na aplicação, cuidado com casas, nascentes e culturas vizinhas e sensíveis (evite deriva);

• Respeite a carência dos produtos e intervalo de reentrada;

• Faça tríplice lavagem e fure as embalagens;

• Devolva as embalagens nos postos de recebimento;

• Use o EPI corretamente;

• Não coma, beba ou fume durante a aplicação;

• Tome um banho após as aplicações.

Faça a verificação periódica do pulverizador

• Use água limpa (recomenda-se verificar o pH);

• Limpe imediatamente pontas entupidas;

• Verifique a vazão das pontas / bicos e pressão de trabalho 3 vezes ao dia;

• Limpe todos os filtros a cada reabastecimento.

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