Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 446 | Abril de 2015 | Campo Mourão - Paraná

Safra de verão

LUCRO AMPARADO PELA TECNOLOGIA

No Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina cooperados colhem bons resultados amparados por bom uso de tecnologia e assistência técnica

Cezar Augusto Reis Camargo, de Palmas (Sudoeste do Paraná). Foco no manejo das atividades e trabalho em equipe na Fazenda Campo Redondo.

Quando a safra de soja deste ano foi implantada na Fazenda Campo Redondo, do cooperado Cezar Augusto Reis Camargo, de Palmas (Sudoeste do Paraná), o planejamento junto com a assistência técnica da Coamo era para obtenção de grandes resultados. Uma meta que foi alcançada, segundo ele, em razão de uma soma de fatores. “O primeiro e mais importante foi a parceria com a assistência técnica. Tivemos uma pressão de ferrugem e lagartas, mas conseguimos superar. Além da conservação do solo, fertilidade do sistema e do trabalho em equipe”, argumenta o cooperado que colheu média de 498 sacas de milho e 171 de soja por alqueire.

Para Camargo, é preciso encontrar o ponto de equilíbrio no uso da tecnologia para não errar. “Nem mais e nem menos, tem que ser no ponto exato para não jogar dinheiro fora e nem perder em produtividade, e a Coamo nos ajuda nisso”, comenta. Mas, conforme o agricultor o que fez diferença foi o trabalho da equipe, focado no mesmo objetivo. “Trabalhamos a longo prazo e o que determina o sucesso da propriedade, além da tecnologia utilizada e o investimento, é a parceria nossa com a Coamo e os funcionários”, afirma o agropecuarista, que também produz boi de corte no sistema de integração lavoura-pecuária. “No inverno investiremos em boi. Já com a soja colhida precisamos olhar para o mercado e não errar na comercialização”, alerta.

MANEJO NA MEDIA CERTA

Na opinião do agrônomo Rhodolfo Dutra Lameu, do departamento de Assistência Técnica da Coamo em Palmas, o sucesso do produtor está no manejo da atividade. Trabalho que Cezar Camargo faz com precisão. “O retorno é garantido quando o manejo é bem feito. O Cezar não pensa no agora e, sim no retorno a longo prazo. Ele está colhendo frutos da semente plantada lá atrás com o sistema de integração e fertilidade do solo desenvolvidos na propriedade, entre tantas outras tecnologias adotadas”, esclarece Lameu.

BOAS PRODUÇÕES EM SANTA CATARINA

Paulo Roberto Braz Fiorese, de São Domingos (Oeste de Santa Catarina). Trabalho a longo prazo e investimento no sistema de produção.

A expectativa de produtividade foi superada neste ano, também na Fazenda Santa Bárbara, localizada entre os municípios de São Domingos e Abelardo Luz (Oeste Catarinense). Com 111,5 alqueires de plantio, a propriedade é dividida com 2/3 de soja e 1/3 de milho no verão. Um esquema, que entra no sistema de rotação de culturas conduzido pelo cooperado Paulo Roberto Braz Fiorese, agrônomo por formação e agricultor por opção. “Trabalhamos com uma boa expectativa e estamos confirmando esses bons resultados. Tivemos uma pressão de doenças muito forte, mas conseguimos controlar com a ajuda da boa orientação da assistência técnica da Coamo”, agradece o produtor que fechou a média em mais de 170 sacas por alqueire.     

Conforme o agricultor, que há dez safras conduz a propriedade, a rotação de culturas é tecnologia sempre presente no sistema da fazenda. “Aqui colhemos e plantamos. Não deixamos a terra parada. Temos muito cuidado com o manejo de toda a área para não correr riscos desnecessários. Por isso, apostamos no milho independentemente do preço. Nosso trabalho é a longo prazo e pensando no sistema como um todo. Assim, criamos uma atmosfera favorável para a produção”, explica.

Referência de manejo, adoção tecnológica e obtenção de bons resultados. Assim, é visto o cooperado Paulo Fiorese aos olhos dos demais produtores da região. “Rotação de culturas aqui é uma regra há anos e os benefícios estão sendo colhidos agora”, observa o agrônomo da Coamo, Vinicius Albarello, que acompanha o trabalho na propriedade. “A resposta para os bons resultados é a tecnologia empregada nos últimos anos aqui na fazenda”, conclui.

PARCERIA FOCADA EM RESULTADOS

Produtores sentem reflexo positivo da chegada da Coamo em Xanxerê-SC. Assistência técnica de qualidade, produtividades maiores, custo menor e devolução de sobras, são os pilares dos cooperados

“Nunca tivemos uma lavoura tão limpa como a deste ano. Faz bem até para a nossa saúde, pois estamos mais felizes.” Elinor José Lunardi, de Xanxerê (Oeste de Santa Catarina), aposta na parceria com a Coamo e colheita de bons resultados logo no primeiro ano como associado.

Chuvas regulares, capricho no manejo, uso adequado de tecnologia e ótima assistência técnica. Com esses ingredientes o cooperado Elinor José Lunardi, de Xanxerê (Oeste de Santa Catarina) conseguiu atingir o objetivo neste verão.

 Cansado de ver o lucro escapar pelas mãos devido a falta de apoio para produzir, o produtor se associou à Coamo na última safra de inverno e já sente os efeitos positivos da parceria com a cooperativa. “Eu não tinha a assistência técnica que hoje tenho. Estou muito satisfeito com a Coamo, e espero que essa parceria seja realmente duradoura”, declara o cooperado, que fechou a média de produtividade de soja desta safra em 157 sacas nos seus 30 alqueires de plantio. Um resultado muito superior ao da colheita passada. “Lógico que tivemos estiagem no ano passado e, neste ano, o clima contribuiu. Mas, mesmo assim, o aumento de produtividade foi maior por conta do apoio tecnológico oferecido pela Coamo. Mas, não é só isso, a cooperativa nos trouxe muita segurança”, garante.

Para Elinor, o sucesso da safra está diretamente ligado à assistência que recebeu. “Seguimos todas as orientações e graças a Deus deu tudo certo. Nunca tivemos uma lavoura tão limpa, tão sadia como a deste ano. Estamos mais felizes, pois faz bem até para a nossa saúde”, brinca o agricultor.

 

AO LADO DO PRODUTOR

Há pouco mais de um ano, quando a Coamo chegou à Xanxerê, a proposta da cooperativa, segundo o agrônomo Leandro Amadori, responsável pela assistência técnica da unidade, era levar informação e acompanhar o desenvolvimento tecnológico dos produtores no campo. Uma missão que está sendo cumprida à risca. “Com certeza estamos cumprindo nosso objetivo. É uma grande satisfação ver cooperados alcançarem êxito com suas lavouras mesmo em um ano difícil como foi este para nós, com muita chuva na região e tantos outros problemas. Muitos outros produtores que nos ouviram estão também tendo excelentes resultados de produtividade”, afirma o agrônomo, lembrando que a Coamo está uniformizando as orientações repassadas ao quadro social em Xanxerê. “Temos muitas técnicas que ainda não conseguimos repassar ao produtor. Vamos fazer um planejamento para que todos possam ter acesso às tecnologias necessárias para obtenção de bons resultados.”

SAFRA DENTRO DO ESPERADO

Com a safra de verão encerrada, o momento é de computar os dados e avaliar o que ocorreu nesses seis meses que envolveram desde o plantio até a colheita das lavouras.

Na área de ação da Coamo, teve um incremento de 1,5% na produtividade em comparação a safra anterior. Houve situações em que a colheita atingiu 200 sacas por alqueire e outras que não chegaram a 100 sacas. “Foi uma safra que tivemos de tudo. O clima foi o que mais influenciou. Tivemos casos de falta de chuva e outros em que o excesso de água prejudicou os tratos culturais”, comenta o supervisor da gerência Técnica da Coamo, Lucas Simas de Oliveira Moreira. Contudo, de acordo com ele, os resultados são avaliados como muito bons.

No Mato Grosso do Sul, a produtividade foi dentro da média esperada. Porém, alguns cooperados tiveram redução de produtividade motivada pelo veranico que atingiu a região principalmente na fase de enchimento de grãos. “Foi bastante comum os casos de chuvas isoladas”, frisa.

No Oeste do Paraná, as produtividades ficaram abaixo do esperado em função do plantio antecipado, que coincidiu com falta de chuva também no enchimento de grãos. “Tivemos algumas situações de perdas significativas no Oeste”, conclui Moreira.

Nas regiões Centro, Norte e Sul do Paraná e no Oeste de Santa Catarina, a safra foi dentro do esperado. O que limitou as produtividades foi a incidência da lagarta falsa medideira. “O produtor acabou perdendo o melhor momento da aplicação devido ao clima chuvoso. Em alguns casos, a incidência foi mais severa causando perdas de produtividade”, comenta. Os cooperados dessas regiões também tiveram problemas com ferrugem asiática. O excesso de chuva prejudicou as aplicações. Essas duas situações, segundo Moreira, reduziram a produtividade. “Tivemos relatos de perdas que chegaram a 30%. Isso mostra que a ferrugem continua sendo a principal doença da soja e exige atenção dos cooperados”, comenta.

MILHO

A área de milho na safra de verão caiu 12% na região da Coamo. A queda foi em função de mercado que não se mostrava otimista no período do plantio. Já os cooperados que apostaram na cultura acabaram tendo boas produtividades. “A Coamo sempre preconiza o milho no sistema de rotação de culturas. É uma questão que sempre deve ser vista pelos agricultores durante o planejamento da safra. Os benefícios são enormes, mas nem sempre são analisados, pois são a longo prazo”, comenta Moreira.

A LIÇÃO QUE FICA

Uma safra é diferente da outra. São vários os fatores que podem influenciar na condução e nos números finais da lavoura. A lição que fica é que as palavras chaves continuam sendo o monitoramento e o planejamento. “O cooperado precisa acompanhar a lavoura, saber as tendências de clima para que possa, junto com a Assistência Técnica da Coamo, tomar a melhor decisão, e no final colher bem e ter uma boa rentabilidade, já que é o que realmente conta no final de uma safra”, conclui o supervisor.

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