Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 476 | Dezembro de 2017 | Campo Mourão - Paraná

AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO

DE VOLTA ÀS ORIGENS

Trator modelo 50x, ou cinquentinha como é carinhosamente chamado, tem uma história que se confunde com a da família Donaduzzi e representa muito bem a nova fase que está sendo vivida pelo ‘seo’ Arno. Nascido no campo e depois de ficar 20 anos trabalhando na indústria farmacêutica, ele está retornando para a atividade agrícola

No barracão de máquinas na propriedade do cooperado Arno Donaduzzi, em São Pedro do Iguaçu (Oeste do Paraná), um tratorzinho vermelho e bem cuidado tem seu espaço garantido. Trata-se de um modelo 50x, ou cinquentinha como é carinhosamente chamado. Ao lado de máquinas modernas e imponentes, o trator tem uma história que se confunde com a da família Donaduzzi e representa muito bem uma nova fase que está sendo vivida pelo ‘seo’ Arno.

Nascido no meio rural, onde permaneceu até pouco mais de 30 anos de idade, ele ficou fora do campo por 20 anos, e está retornando para a lida com a lavoura. Nascido no Rio Grande do Sul, ele veio com a família para o Paraná em 1965, quando o pai resolveu buscar novas oportunidades. O município escolhido foi Santa Helena (Oeste do Paraná), onde deram início ao cultivo de lavouras. Com a chegada da mecanização das terras, no início da década de 70, o pai dele que já tinha um gosto especial por máquinas, comprou, em 1971, o primeiro trator da família, o 50x. Recentemente, passou por uma reforma e é o xodó do cooperado. 

Foi entre a década de 70 e 80 que a agricultura se consolidou na região e Arno Donaduzzi, então adolescente já acompanhava o pai na lida no campo, presenciando a abertura de novas áreas de lavoura. Foi neste período que deixaram os equipamentos de tração animal e passaram a utilizar máquinas. “Meu pai sempre teve esse gosto por maquinários e foi um dos pioneiros na região”, recorda.

Com pouco mais de 30 anos de idade, foi convidado pelo irmão e pelo cunhado para ser sócio de uma indústria farmacêutica. A função dele foi a de cuidar da parte de maquinários. A empresa se consolidou e hoje é uma das maiores do ramo no Brasil.

Com a ajuda do irmão, ele se adaptou ao trabalho e aprendeu todo o funcionamento das máquinas. “Foram 20 anos de aprendizado”, frisa. Contudo, a vontade era a de retornar ao campo.   

A ideia foi amadurecendo, até que tomou a decisão e comprou a propriedade em São Pedro do Iguaçu. A atividade desenvolvida é a agricultura. “Gosto mesmo é das plantações. Acompanhar todo o processo desde o plantio até a colheita é muito gratificante.”

O cooperado conta que houve muitas mudanças na agricultura durante os 20 anos que ficou fora. “Retorno e encontro uma grande inovação. A forma de trabalhar mudou, saímos de pequenos maquinários em que ficávamos expostos ao sol quente para máquinas grandes, com cabines, ar condicionado e muita tecnologia que nos auxiliam no trabalho. O modo como se trata a terra, também está diferente com novos manejos e práticas mais sustentáveis.”

Outro ponto observado pelo cooperado é o dinamismo e eficiência que a Coamo trabalha na região, principalmente com a assistência técnica. “É algo surpreendente o conhecimento técnico e como trabalham com o agricultor. A Coamo fornece tecnologia, insumos, recebe a produção e ajuda para que se obtenha o melhor resultado possível. Isso é fantástico, é um trabalho de parceria”, pondera Donaduzzi.

Dedicação e vontade é o que não faltam para o cooperado, que faz questão de acompanhar tudo de perto e ajudar nas operações. “Estou sempre à frente. É prazeroso estar envolvido e participar.”

Donaduzzi observa que os produtores rurais estão mais preparados e profissionais, do que há 20 anos atrás. De acordo com ele, a cooperativa e as empresas são responsáveis por todo esse desenvolvimento. “Não dá mais para chamar um agricultor de colono. São empresários rurais que buscam desenvolvimento o tempo todo e buscam o máximo em produtividade. Tenho muito orgulho de ser agricultor e nós, produtores rurais, temos um ambiente propício e estamos aproveitando o momento para crescer.”

O orgulho de voltar para a lavoura fica estampado no sorriso e olhar do cooperado. E essa satisfação contagiou o filho mais novo que está fazendo engenharia agronômica. “Espero que ele tome gosto. A agricultura é um setor em ascensão impulsionado pela demanda por alimentos. Só tenho a agradecer a Deus pela decisão de ter voltado para o campo e ver que o trabalho terá sequência. Agradeço, também, por ter encontrado parceiros como a Coamo, que nos dá toda condição de trabalhar na atividade.”

O engenheiro agrônomo Carlos Alberto Della Riva, do Departamento Técnico da Coamo em São Pedro do Iguaçu, comenta a satisfação da cooperativa em ser parceira do cooperado de realizar o sonho de retornar para o campo. “Estamos dando todo o suporte necessário, tanto nas informações técnicas, fornecimento de insumos e recebimento da produção.  É a realização do cooperado e, também, do cooperativismo da Coamo que está sempre do lado do associado. Estamos fazendo uma agricultura dinâmica, com tecnologia de ponta para uma produção boa e sustentável”, assinala o agrônomo.

Dedicação e vontade é o que não falta para o cooperado, que faz questão de acompanhar tudo de perto e ajudar nas operações Engenheiro agrônomo Carlos Alberto Della Riva, da Coamo em São Pedro do Iguaçu, destaca a satisfação da cooperativa em ser parceira do cooperado de realizar o sonho de retornar para o campo

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