Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 476 | Dezembro de 2017 | Campo Mourão - Paraná

SAÚDE

“SE EXPONHA, MAS NÃO SE QUEIME”

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), todos os anos surgem 176 mil casos de câncer da pele, o de maior incidência no país. Atenta a esse alto índice, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolve, desde 2014, o movimento Dezembro Laranja, com a promoção de uma série de iniciativas de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, incluindo a importância da fotoproteção em suas diferentes formas para a redução dos riscos. Este ano, pela primeira vez, a campanha continua durante todo o verão, trazendo diferentes ações na internet, ruas, praias e parques.

A recomendação é de que usem equipamentos de proteção individual (EPI): chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas de cubram boa parte do corpo e protetores solares com fator mínimo de proteção solar (FPS) 30. A hidratação constante também faz parte dessas medidas fotoprotetoras, sem esquecer de evitar os horários de maior insolação: das 10h às 16h.

O câncer de pele pode ter o aspecto de uma pinta, uma pequena alergia ou outras alterações benignas da pele. É fundamental ter o conhecimento da sua pele e saber em quais áreas existem esses sinais, isso fará toda a diferença na hora de detectar alterações potencialmente perigosas. Apenas o exame clínico feito por um dermatologista pode diagnosticar o câncer de pele.


REGRAS PARA O DIAGNÓSTICO

Essa é uma metodologia indicada para facilitar o reconhecimento das manifestações do câncer de pele.  


É preciso ficar de olho nesses 5 aspectos físicos das pintas: Assimetria, Bordas, Coloração, Diâmetro e Evolução.


As pintas observadas no corpo que são assimétricas, com bordas irregulares, mais de uma tonalidade de cor e o diâmetro ultrapassar os 6 milímetros, apresentam maiores chances de serem um câncer de pele.

É sempre importante acompanhar a evolução da pinta sob suspeita. Consulte um dermatologista no caso desses sintomas.


MEDIDAS DE PROTEÇÃO

  •       Usar chapéus, camisetas e protetores solares;
  •       Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão);  
  •       Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta;  
  •       Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão;  
  •       Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas;
  •       Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo;  
  •       Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.

O QUE É CÂNCER DE PELE?

O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos.

O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém, seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.


TIPOS DE CÂNCER DA PELE

  • Carcinoma basocelular (CBC):   o mais prevalente dentre todos os tipos.
  • Carcinoma espinocelular (CEC):  segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer.
  • Melanoma: tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
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