Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 493 | Julho de 2019 | Campo Mourão - Paraná

CAMPO FEMININO

Protagonista da cooperação

Rosane Wilhelms Siebert, sempre trabalhou no campo. Apesar da experiência, se mantém atualizada e busca melhorar resultados

Associada   participa do Encontro de Núcleos Femininos e  sente-se motivada  com as perspectivas de crescimento na sua cooperativa

Na Bíblia, nos provérbios e na literatura, a mulher faz história e é valorizada pela força e determinação que dedica às suas missões. Constantemente são desafiadas a encarar obstáculos. A cooperada Rosane Wilhelms Siebert, de Dois Irmãos, distrito de Toledo (Oeste do Paraná) não está nas páginas de um livro. Ela tem desafios na vida real e os encara com a mesma garra e determinação de tantas outras mulheres que já fizeram história. “A vida não é fácil para ninguém, mas se ficar reclamando, as coisas não andam.”

Rosane é filha de agricultor e em cada canto da propriedade da família os objetos contam uma história. Cercada de memórias, ela lembra que desde cedo sempre trabalhou no campo, e que era o braço direito do pai. Depois que se casou e com o marido, também agricultor, a vida agrícola continuou. Hoje, viúva e mãe de um casal de gêmeos já formados profissionalmente, é ela quem comanda os negócios da família.

A agricultora planta milho e soja e não se vê realizando outro trabalho. “Desde criança sempre gostei da vida no sítio. Eu amo a terra, horta e jardinagem. Como sempre trabalhei com meu pai, essa prática facilita meu trabalho atualmente. Além disso, quando se trabalha com amor tudo fica mais fácil.”

Quando o marido Norberto faleceu, Rosane revela que a cooperativa foi outro apoio importante. “Meu marido foi meu grande parceiro, tínhamos muita sintonia na vida e no trabalho. Quando ele faleceu não foi fácil. Mas, um dos suportes que tive foi da Coamo. Ele sempre me deixava a par do que estava acontecendo, mesmo assim, precisei aprender algo mais e a Coamo deu esse apoio para meu trabalho”, lembra.

Empreendedora e participativa, Rosane sempre marca presença nos cursos e eventos promovidos pela Coamo. Recentemente, ela ingressou no Encontro de Núcleos Femininos. “A Coamo teve mais uma iniciativa de apoio ao público feminino. É a chance que temos de expor nossas ideias e contribuir para o desenvolvimento da nossa cooperativa.”


Mulheres em ação

Celso Paggi, gerente da Coamo em Toledo, em conversa com as mulheres

A força da mulher do campo é valorizada pela Coamo. Tanto é verdadeira essa afirmação que a cooperativa realiza diversas ações para que o público feminino esteja sempre integrado aos assuntos e novidades do agronegócio. Para somar a este trabalho já realizado, a Coamo iniciou nas unidades de Abelardo Luz (SC), Mangueirinha (PR) e Toledo (PR), os Encontros de Núcleos Femininos.

Com encontros bimestrais, cooperadas, esposas e filhas de cooperados terão a oportunidade de protagonizar mais transformações no universo cooperativista.  Para isso, a Coamo irá apoiá-las, organizando as reuniões para que elas possam ter um espaço aberto para o diálogo com a sua cooperativa levantando temas que desejam se aprofundar, conhecer ou, até mesmo, implantar. 

A princípio três regiões da área de ação da Coamo deram o ponta pé inicial.  Já foram realizados dois encontros em Abelardo Luz, para mulheres de toda a região do Oeste de Santa Catarina, e dois em Mangueirinha no Sudoeste do Paraná. Em Toledo, para as participantes do Oeste do Paraná foi realizada uma reunião até o momento.  Porém, as participantes já aguardam com ansiedade os próximos encontros que já têm datas marcadas.

Rosane Wilhelms Siebert, que já contou um pouco da sua história, acrescenta que está animada com os encontros. “Assim como a dama é peça importante do jogo de xadrez, as mulheres também são na cooperativa e na família.  As mulheres precisam ser ouvidas, pois sabem muito e muitas vezes se escondem. Quando temos abertura vemos quanto as mulheres são sábias.  Parabenizo a Coamo, pela chance que tem dado à nós mulheres.  No que depender de nós, faremos a cooperativa crescer ainda mais.”

Integrantes do Núcleo Feminino em Toledo (PR)

Quem também está na expectativa para a realização de mais encontros é a cooperada Lidia Scheuer de Dez de Maio (Oeste do Paraná). “A mulher precisa se envolver nos assuntos da cooperativa, pois se uma hora o marido chegar a faltar, é preciso conseguir gerir tudo também. Eu adoto essa forma de gestão na minha propriedade e vejo que tem dado bons resultados e, agora, com o Encontro de Núcleos Femininos poderei melhorar ainda mais no meu trabalho”, considera.

Para Adriana Ludwig de Abelardo Luz (Oeste de Santa Catarina), essa iniciativa da Coamo foi válida e importante para as mulheres. “Me senti valorizada quando soube que a Coamo iniciaria os Encontros de Núcleos, sem contar, que a partir dos eventos que já participei, vi que os encontros virão para agregar aos valores e trabalhos nossos do dia a dia.  Precisamos estar por dentro de tudo que está relacionado à nossa cooperativa.”

Vera Lucia Scherer de Toledo (Oeste do Paraná), é cooperada atuante e participativa nos assuntos da sua propriedade, esposa e filha de cooperados, acredita no cooperativismo. “A cooperação é a solução para uma série de problemas que temos em nossa área, e a Coamo abre uma série de possibilidades técnicas, social e cultural. A participação nos núcleos femininos é mais uma porta que se abre para a nossa representatividade, fortalecendo ainda mais o cooperativismo. Com um núcleo familiar presente, as coisas funcionam melhor.”

Grupo reunido em Abelardo Luz (SC) Apresentação sobre a importância do cooperativismo em Mangueirinha (PR)
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