Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 515 | Julho de 2021 | Campo Mourão - Paraná

TECNOLOGIA NO CAMPO

EVOLUÇÃO DIGITAL

Cooperado Jair Gilberto Rosolem, Engenheiro Beltrão (PR), acompanhou todo o avanço no campo e utiliza o que há de mais moderno em ferramentas digitais integradas e conectadas por meio de softwares, sistemas e equipamentos.

Há décadas, a tecnologia vem contribuindo e modificando os processos nos mais diversos setores. E a agropecuária não ficou de fora. As ferramentas digitais fazem parte do dia a dia no campo, auxiliando todo o ciclo que envolve o sistema produtivo. As informações digitais produzidas pelas novas ferramentas fornecem ao cooperado, dados precisos sobre a produção em tempo real e ajudam na tomada de decisão.

O cooperado Jair Gilberto Rosolem é agricultor tradicional no distrito de Figueira do Oeste, município de Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná). Ele acompanhou todo o avanço no campo e atualmente utiliza o que há de mais moderno em ferramentas digitais integradas e conectadas por meio de softwares, sistemas e equipamentos. Ele diz que as tecnologias agregam mais valor à atividade agrícola, aumentando a produção e reduzindo o custo. “As aplicações de defensivos, por exemplo, são mais assertivas, colocando o produto onde realmente precisa. As lavouras ficam mais uniformes e mesmo quando têm adversidade climática, há um resultado melhor.”

Com as novas tecnologias, o cooperado acompanha desde o plantio às aplicações e colheita, de forma integrada. Ele conta que isso facilita o planejamento. “Temos todas as informações no momento que desejamos. As ferramentas mostram onde está produzindo mais e o que está faltando para que a lavoura obtenha a máxima produtividade.”

Ele recorda que o cenário no campo é bem diferente em comparação há alguns anos. “Se pararmos para pensar, é uma situação que até assusta. Tudo evoluiu muito rápido. É muita tecnologia e informação com precisão, que nos dá a certeza de estarmos fazendo o melhor para o momento”, diz Rosolem.

Um dos desafios é saber como utilizar os dados fornecidos pelas ferramentas. Segundo o cooperado, para resolver essa questão, é necessário ter assistência capacitada e funcionários comprometidos, que entendam todo o processo operacional. “Buscamos aperfeiçoar todos os envolvidos na atividade da melhor maneira possível.”

Com as novas tecnologias, Jair Rosolem, acompanha desde o plantio às aplicações e colheita, de forma integrada

Com assistência técnica e contribuição operacional, cooperado vem alcançando bons resultados

Os investimentos em maquinários e tecnologias de ponta são constantes na propriedade do cooperado. Ele revela que todos os maquinários comportam as plataformas de monitoramento e acompanhamento das atividades. Rosolem observa que o investimento vale a pena e cita como exemplo a troca de uma plantadeira, que não contava com a tecnologia, por outra mais moderna. “Acompanhando os dados de uma safra de milho segunda safra, notamos que os talhões tinham diferença na produtividade. As plantas semeadas com a máquina sem tecnologia produziram até dez sacas por hectares a menos. Diante disso, trocamos a plantadeira por uma mais moderna e, hoje, vemos as lavouras mais uniformes, já que a distribuição de sementes é realizada de acordo com as informações da fertilidade do solo”, revela Rosolem.

A Coamo mantém parcerias com empresas com o objetivo de oferecer as tecnologias mais modernas aos cooperados. Essa integração no campo auxilia na conquista de mais produtividade, redução de custos, agilidade, segurança, otimização dos recursos e menor impacto ao meio ambiente, com desenvolvimento sustentável do agronegócio.

Eduardo Mitio Nishida, cooperado em Nova Santa Rosa (Oeste do Paraná), possui em sua propriedade tratores, pulverizador e colheitadeira com piloto automático, monitores de acompanhamento de plantio e colheita, além de um bom sistema de conectividade. Ele, também, utiliza o climate FieldView e um sistema de monitoramento climático. A propriedade do cooperado está localizada no município de Terra Roxa.

Ele conta que os primeiros investimentos foram em agricultura de precisão e maquinários com piloto automático e GPS. Isso há mais de dez anos. Já as máquinas mais recentes contam com uma plataforma de monitoramento das atividades, de onde ele acompanha em tempo real todas as operações, seja no plantio, em pulverizações ou na colheita.

De acordo com o cooperado, todas as operações realizadas na propriedade passam pelo acompanhamento de ferramentas digitais. “Com os dados, acompanhamos a quantidade de semente no solo e a velocidade de plantio. Nas pulverizações, temos o tipo de produto utilizado, além da data e hora que está sendo aplicado. Tudo isso em tempo real.”

Nishida explica que as informações geradas pelas ferramentas empregadas nos maquinários são armazenadas em nuvens, o que facilita compilar os dados e gerar os mapas para análise. “Temos informações mais precisas, passíveis de um acompanhamento mais criterioso. Com isso, podemos ver a produtividade em cada talhão e definir novos investimentos.”

Eduardo Mitio Nishida, cooperado em Nova Santa Rosa (PR): Todas as operações realizadas na propriedade passam pelo acompanhamento de ferramentas digitais.

Principal ganho, segundo o cooperado, é em agilidade na tomada de decisões

Nishida observa que as ferramentas digitais permitem acompanhar, em tempo real e de onde estiver, como cada maquinário está sendo operado. “Esses dados são integrados entre as máquinas. Por exemplo, enquanto a colheitadeira colhe a soja, a plantadeira já vai do lado plantando o milho. Há uma integração entre os maquinários, deixando a operação mais segura.”

O principal ganho, segundo o cooperado, é em agilidade na tomada de decisões.

“As janelas de plantio estão mais curtas. A agricultura digital não é mais uma tendência, e sim uma realidade, um caminho sem volta. A expectativa é acompanhar toda a evolução, conforme forem surgindo novas tecnologias. Já existem máquinas autônomas, que fazem o serviço sem o operador. Acredito que em breve isso será uma realidade mais próxima de nós.”

O cooperado observa que as novas ferramentas mudaram o dia a dia no campo. “Quando realizávamos o plantio, por exemplo, era comum uma pessoa em cima da plantadeira para ver se realmente estava caindo a semente e o adubo. Hoje, acompanhamos tudo de dentro da cabine do trator, ou até mesmo da nossa casa ou do escritório. Temos essa informação na palma da mão.”

Mateus Sapata Alcarria, cooperado em Luiziana (Centro- -Oeste do Paraná), conduz uma área de 380 alqueires junto com o pai Hélio Francisco Alcarria e o irmão Fabio Sapata Alcarria. Na área são cultivados soja e milho no verão, milho segunda safra e trigo, no inverno. Eles possuem o plano da plataforma digital Climate Fieldview. Os monitoramentos são feitos no pulverizador, plantadeira e colheitadeira. Assim, conseguem fazer o acompanhamento desde a dessecação, passando pelo plantio, aplicações em pós-emergência e colheita. Também são acompanhados pelo Fieldview, os testes com cultivares/híbridos e produtos diferentes.

Ele conta que a busca pelas ferramentas digitais é de acordo com a necessidade e viabilidade. “Tentamos unir o conhecimento com o operacional de uma forma gradativa, seguindo as tecnologias. Estamos nos adaptando conforme a necessidade. Nosso carro-chefe tem sido o Climate Fieldview. Estamos conseguindo melhorar o trabalho, tornado mais fácil e assertivo.”

Segundo o cooperado, a ferramenta digital tem ajudado no planejamento. Com os dados é possível mensurar as aplicações efetuadas, as chuvas no período, qual o produto utilizado e os experimentos. “Estamos alcançando um bom resultado com a digitalização na agricultura.”

Ele diz que as ações são realizadas com base nas informações disponibilizadas pelas ferramentas, mas sem deixar a teoria e a experiência de fora. “Não podemos deixar de lado o conhecimento adquirido pela família ao longo dos anos com a atividade agrícola. As ferramentas ajudam a melhorar o sistema. É só unificar as informações”, pondera Alcarria.

O trabalho com as ferramentas digitais iniciou com a pulverização dos defensivos agrícolas e aos poucos a família foi introduzindo novidades. O segundo investimento foi no monitoramento do plantio. “Com a ferramenta ficamos sabendo a data do início e do fim do plantio, a variedade utilizada e a partir dos dados e do resultado com a colheita, definimos os próximos passos.”

Na visão do cooperado, a digitalização no campo é um caminho sem volta, e novas oportunidades surgirão conforme a necessidade for aparecendo. “Estamos ainda no início. Tem um ditado que diz que não precisa ser o primeiro, mas também não pode ser o último a começar a fazer alguma coisa”, diz.

Mateus Sapata Alcarria, de Luiziana (PR), diz que a busca pelas ferramentas digitais é de acordo com a necessidade e viabilidade. Trabalho em parceria com assistência técnica da Coamo
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