Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 515 | Julho de 2021 | Campo Mourão - Paraná

REUNIÃO DE CAMPO

INFORMAÇÃO PARA TODOS

Airton Galinari, José Aroldo Gallassini, Alcir José Goldoni e Aquiles de Oliveira Dias

Assim como ocorreu no início do ano, a Reunião de Campo do segundo semestre foi realizada no formato virtual, transmitida pelo canal da Coamo no YouTube. O presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e Credicoamo, José Aroldo Gallassini, coordenou a reunião que contou com a participação dos presidentes Executivos da Coamo, Airton Galinari, da Credicoamo, Alcir Goldoni e do diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo, Aquiles de Oliveira Dias.

Os cooperados tiveram a oportunidade de ficar por dentro do que está acontecendo na Coamo e na Credicoamo, além do cenário da agricultura nacional e mundial. Também esteve na pauta, o cooperativismo, Plano Safra 2021 com custos de produção envolvendo insumos e operações, agricultura digital, investimentos e obras, alimentos, Credicoamo e Via Sollus.

Gallassini abordou a situação econômica do Brasil, que tem uma projeção de 6,31% de inflação para 2021, taxa Selic de 6,75% e PIB de 5,27%. O dó lar oscilou de R$ 4,89 a R$ 5,87, entre janeiro e julho deste ano. “Diferente de outros setores, o agronegócio continua muito bem. Tivemos grandes safras e bons preços, principalmente, em função do mercado internacional” analisa.

De acordo com Gallassini, a situação geral das duas cooperativas é positiva. Isso é comprovado pela baixa inadimplência na Coamo, 0,093%, e na Credicoamo, 0,088%.

Comercialização

Durante a reunião, Gallassini apresentou informações sobre os principais produtos recebidos pela Coamo. Ele lembra que o trigo é um produto de risco e o Brasil, um pequeno produtor do cereal. A previsão é que o país produza 8,48 milhões de toneladas. A Argentina deverá produzir 20,50 milhões de toneladas, Estados Unidos 47,51 e a China 136 milhões de toneladas. Somando todos os países, há uma produção de 792,40 milhões de toneladas. “Incentivamos o plantio de trigo como opção de diversificação e rotação de culturas. Poderíamos buscar, pelo menos, 12 milhões de toneladas, que é o consumo do Brasil, sem a necessidade de importar. Porém, a decisão é do cooperado”, assinala.

O milho é a cultura mais produzida no mundo. A previsão é de que o Brasil produza 118 milhões de toneladas, a China 268 e os Estados Unidos 385,21 milhões de toneladas. A produção mundial é de 1.194,80 milhões de toneladas. Gallassini destaca que a produção de milho no Brasil está concentrada na segunda safra. “Houve atraso no plantio do milho, falta de chuva no desenvolvimento, geada e até chuva de pedra em algumas regiões. É um preço exagerado em comparação ao custo de produção e sabemos que não devem permanecer por muito tempo devido as questões de mercado. Nossa base para comercialização deve ser o custo de produção. Mas, como sempre, a decisão é do cooperado.”

A soja é a principal cultura. Todos os países juntos deverão produzir 385,55 milhões de toneladas na próxima safra. A previsão no Brasil é de 144 milhões de toneladas, Estados Unidos 119,88 e a China 19 milhões de toneladas. “A soja é um produto importante para a Coamo, tanto para a industrialização quanto para a exportação. Os cooperados ainda têm 29,4 milhões de sacas de safras passadas armazenadas na cooperativa”, diz.

Ele observa que o comportamento do cooperado está bem diferente em comparação aos anos anteriores. “Em 2020, devido à alta dos preços, o cooperado vendeu 37 milhões de sacas de soja em contratos. Já para a próxima safra, até agora, são quatro milhões de sacas. É importante que o cooperado faça contrato pensando no custo de produção.”

Recebimento da produção

Na Coamo, o recebimento ficou prejudicado em comparação ao ano passado devido ao clima. A soja totalizou 85.408.95 sacas e o milho verão 4.726.514. Para o milho segunda safra há uma previsão, já revisada, de 31.047.975 sacas e 10.000.000 de trigo. Todos os produtos totalizam 131.332.909 sacas, contra 152 mil no ano anterior.

Contratos: "Se o cooperado fizer, tem que cumprir"

José Aroldo Gallassini, presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e Credicoamo

Na reunião passada, foi enfatizado aos cooperados a importância de cumprir os contratos realizados para a safra 2020/21. De acordo com Gallassini, dos cooperados que fizeram contrato apenas sete não quiseram cumprir, somando 53.356 sacas de soja. “Estamos negociando com esses cooperados. Quem cumpriu ou não fez contratos não pode pagar pelos outros. Queremos o melhor para todos”, diz.

Conforme Gallassini, o cooperado deve pensar bem antes de fazer qualquer tipo de contrato, pois na Coamo terá que cumprir. “Pedimos para o cooperado que não gostar de contratos, que não faça. O valor dos produtos pode baixar como também subir”, ressalta. Ainda segundo o presidente, outra questão de contrato é quando há perda na produção. “Se não conseguir colher o que foi contratado, a Coamo cobrará porque a cooperativa tem acordo com empresas externas e terá que cumprir. “Não é o perfil dos nossos cooperados não cumprir contratos. A maioria cumpre, mas precisamos sempre avisar sobre essas questões.”

De olho no futuro

Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo

Segundo o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, a Reunião de Campo no formato virtual chegou para ficar. “Essa foi uma adaptação necessária devido a pandemia. Mesmo, quando acabar esse momento, vamos continuar com essa opção de mobilidade.” 

Durante a transmissão, Galinari destacou a representatividade dos alimentos industrializados pela Coamo e os investimentos neste segmento. “Esse modelo permite que uma cooperativa se destaque do modelo comum. Já industrializamos soja, o trigo e o café, e estamos iniciando a industrialização do milho. Também estamos investindo e modernizando os processos das outras indústrias.”

Além dos investimentos industriais, o presidente Executivo, elencou outras melhorias, em toda a área de ação da Coamo. “Estamos finalizando as obras em nosso terminal portuário em Paranaguá e teremos duas novas unidades no Mato Grosso do Sul, uma em Ponta Porã e outra em Rio Brilhante.”


Cooperar em família

A Coamo realiza diversas ações ao longo do ano para difundir a filosofia do cooperativismo. Dessa forma, de acordo com o diretor de Suprimentos e Assistência Técnica, Aquiles Dias, em todas as reuniões são destacadas informações sobre o cooperativismo. “Temos diversos programas para atender a família cooperativista como um todo, para criar esse espírito da cooperação.”

Durante a pandemia, a Coamo interagiu com 41 mil pessoas, por meio de diversos programas que levam informação, educação e tecnologia.

Melhor relação de troca

Aquiles de Oliveira Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo

Aquiles Dias ainda avaliou o Plano Safra. “É um bom plano. O governo está com dificuldades, mas trouxe um plano de R$ 251 bilhões disponibilizados aos produtores de todos o Brasil. Tem um pequeno acréscimo na taxa de juros, mas ainda assim ficou atrativo.”

Outro assunto abordado pelo diretor foi sobre os custos de produção. “Apresentamos quanto custa para implantar as culturas de soja, milho e trigo. Isso inclui a compra de todos os insumos, tratos culturais, custo do seguro, assistência técnica e frete para levar a produção até a Coamo. Esse ano podemos afirmar, com certeza, que é a melhor relação de custo. Isso significa que precisa de menos sacas para pagar o custo de produção”, enfatiza.

Domicílio financeiro

Alcir José Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo

O crescimento alcançado na Credicoamo é fruto da melhoria no atendimento e da satisfação dos associados, funcionários e parceiros. Para o presidente Executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni, a Reunião de Campo tem o objetivo de levar informação do dia a dia da cooperativa para os associados. “Apesar do associado estar todos os dias nas agências, nós da diretoria não conseguimos ter esse contato direto. Então, temos a oportunidade de nos apresentar, de falar da nossa visão de futuro e planejamento estratégico, dos serviços executados e o que está sendo feito, para que ele possa entender que a Credicoamo é o seu braço financeiro.”

De acordo com Goldoni, o associado está entendendo o plano de trabalho da cooperativa. Para ele, o resultado pode ser visto no crescimento expressivo nos últimos 12 meses. Em junho de 2020, a Credicoamo possuía um ativo de R$ 3,44 bilhões. No mesmo período de 2021, o valor do ativo estava em R$ 4,09 bilhões, representando um crescimento de 19,01% em um ano. “Fizemos convênios e parcerias, inserimos novas modalidades de aplicações financeiras, criamos financiamentos e a poupança rural. Todas as ações com um objetivo: transformar a Credicoamo no domicílio financeiro do nosso associado e fazer com que ele se sinta realizado. Por isso nosso novo slogan, ‘Juntos com você, sempre!’, confirmando que atendemos de forma diferenciada, com humanidade e modernidade.”

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