Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 528 | Setembro de 2022 | Campo Mourão - Paraná

SAFRA DE VERÃO

UMA NOVA SAFRA SE DESENHA

ÁREA DE SOJA

em hectares – Conab e Secretárias de Estado

42,4 milhões

Brasil

5,7 milhões

Paraná

3,5 milhões

Mato Grosso do Sul

727,6 mil

Santa Catarina

Setembro é um mês importante no calendário agrícola. É quando começa o plantio da soja, uma das culturas mais importantes nas propriedades rurais. Com entusiasmo e esperança renovada, os cooperados não perderam tempo e abriram a nova safra de um clima favorecido pelas chuvas. Os irmãos Rafael e Rodrigo Romagnoli dos Santos, de Juranda (Centro-Oeste do Paraná), aproveitaram a janela e colocaram as máquinas no campo. Inclusive, para essa safra estrearam uma nova plantadeira adquirida na Coamo. Eles fazem questão de estar à frente do trabalho operacional, pois sabem que uma boa safra depende de um bom plantio.

A semeadura ocorreu agora, mas a safra já vinha sendo preparada há alguns meses. Primeiro com a definição das tecnologias que seriam implantadas, a aquisição dos insumos, revisão das máquinas e manejo da área para receber as sementes. As chuvas no final de agosto e início de setembro contribuíram para a preparação e deixaram o solo em condições boas para o plantio. A semeadura começou logo que se encerrou o vazio sanitário para a soja no Paraná.

No Estado, a área estimada é de 5,7 milhões de hectares de soja, segundo dados da Secretária da Agricultura do Paraná. No Mato Grosso do Sul, a área com soja é de 3,5 milhões de hectares e, em Santa Catarina, 727,6 mil hectares. No Brasil, a área estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de 42,4 milhões de hectares. A perspectiva do órgão aponta um cenário recorde na produção, sendo projetada em 150,36 milhões de toneladas. A produtividade do ciclo 2022/23 deve apresentar recuperação em relação a atual safra após os problemas climáticos registrados nos estados do Sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul.

Na propriedade dos irmãos Romagnoli a expectativa é uma produção acima da alcançada na safra passada. Rafael conta que estão fazendo a parte deles plantando com técnica e utilizando tecnologia que possibilite boa produção. “Depois, é só contar com a ajuda do clima e fazer os tratos culturais para que as plantas possam se desenvolver bem. A expectativa é a melhor possível com essa nova safra.” Segundo ele, os investimentos vêm sendo constantes para alcançar esse objetivo. “Percebemos neste ano um acréscimo nos custos, mas a tecnologia empregada deverá compensar os investimentos e proporcionar uma boa renda.”

O plantio começou no dia 17 de setembro. Nesse dia foi semeada parte da área, já que o clima ainda estava frio e poderia dificultar o desenvolvimento das plantas. O trabalho se estendeu até a primeira quinzena de outubro. “Ainda é uma janela boa para a segunda safra de milho que será semeada após a retirada da soja”, conta e recorda que o milho segunda safra teve uma boa produção neste ano, mesmo com os problemas causados pela cigarrinha. Foram produzidas 215 sacas por alqueire do cereal.

Rafael observa que o resultado da soja na safra passada foi de 136 sacas de média por alqueire. “Ainda tivemos uma boa produtividade se levar em consideração o clima irregular. Já para esse ano esperamos colher 200 sacas por alqueire. Os investimentos estão sendo para alcançar esse resultado”, prevê.

O engenheiro agrônomo, Carlos Vinicius Precinotto, da Coamo em Juranda, ressalta que o início do plantio da soja está sendo em condição de clima favorável. Ele explica que as chuvas permitiram a semeadura um pouco mais cedo, logo na abertura do zoneamento agrícola, que na região é 11 de setembro. “As primeiras áreas semeadas foram com variedades de ciclo mais longo dentro de um planejamento para o milho segunda safra, que tem sua importância para a economia dos cooperados. Já a segunda etapa do plantio foi com cultivares de ciclo mais curto”, comenta.

Ele reitera que o plantio nesta safra está sendo realizado na melhor condição climática dos últimos cinco anos. “O início dos trabalhos foi com volume acumulado de 100 milímetros. Situação bem diferente de anos anteriores, quando os cooperados plantavam ‘no pó’. Felizmente, esse ano estão conseguindo plantar com uma boa umidade do solo”, assinala Precinotto.

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.