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Em Engenheiro Beltrão, as mulheres se reuniram para uma palestra sobre organização financeira para a propriedade rural com Pedro Salanek |
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Claudete Vitti |
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Francieli Hoshino |
A força da mulher do campo é valorizada pela Coamo. Tanto é verdadeira essa afirmação que a cooperativa realiza diversas ações para que o público feminino esteja sempre integrado aos assuntos e novidades do agronegócio. Para somar a este trabalho, a Coamo mantém em várias unidades da área de ação Núcleos Femininos. Com encontros frequentes, cooperadas, esposas e filhas de cooperados têm a oportunidade de protagonizar mais transformações no universo cooperativista. A Coamo oferece todo o apoio necessário, organizando as reuniões para que elas possam ter um espaço aberto para o diálogo com a sua cooperativa levantando temas que desejam se aprofundar, conhecer ou, até mesmo, implantar.
Um desses encontros foi realizado em Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná). As mulheres se reuniram para uma palestra sobre organização financeira para a propriedade rural com Pedro Salanek, administrador de empresas com características de atuação na área financeira e estratégica. Na segunda etapa o coordenador da área de Inovação e Tecnologia para a Agropecuária da Coamo, Fabrício Bueno Correa, apresentou o programa Gestor Rural.
Salanek tem uma longa trajetória na área de finanças. Ele diz que os números ajudam a tomar decisões tanto na vida pessoal quanto nos negócios. “Sem números não há referência. É importante pensar a propriedade como uma empresa e os planejamentos financeiros”, observa.
O administrador ressalta a necessidade de pensar na saúde financeira da propriedade e da família. “Boa parte das propriedades rurais tem como característica a administração familiar. Diante disso, é preciso separar as contas da casa com as dos negócios. A dica é estabelecer uma retirada mensal para as despesas da casa. Essa separação é fundamental.” Outra dica de Salanek é desenvolver um cuidado especial com a parte comportamental. “É importante formar um pensamento financeiro adequado baseado em três pilares: inteligência financeira, com planejamento e antecipação do que pode acontecer em outro momento; disciplina, para seguir o que foi planejado; e a tão sonhada independência financeira, para gerar ganhos no presente e consumir com mais tranquilamente no futuro.”
Francieli Hoshino é uma das integrantes do Núcleo Feminino em Engenheiro Beltrão. Ela observa que encontros como esses ajudam a ampliar os horizontes e ajustar os detalhes para a gestão financeira. “É um assunto importante para o lar e a vida empresarial. Saber administrar o que ganha é primordial em qualquer atividade”, diz.
Claudete Vitti é produtora rural e cuida de toda a gestão da propriedade. Para ela, participar de uma palestra sobre organização financeira contribui para o bom andamento dos trabalhos. “A parte financeira da propriedade tem um peso muito grande para o resultado da minha atividade. É fundamental estarmos atentos no campo das finanças para que possamos gerenciar a nossa propriedade com o máximo de eficiência, ainda mais no mundo de hoje que é bastante consumista.”
Antonio Carlos Mazzei, gerente da Coamo em Engenheiro Beltrão, revela que foi o segundo encontro do Núcleo Feminino local. Segundo ele, cada vez mais, a cooperativa está inserindo as famílias no cooperativismo e nas ações realizadas no dia a dia. “Temos um grupo de mulheres interessadas e participativas na Coamo. Elas estão utilizando o conhecimento adquirido nos encontros para aprimorar as atividades na propriedade. Isso mostra que estamos no caminho certo, levando informações de qualidade para que elas possam utilizar no dia a dia.”
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Em Juranda, o assunto com as mulheres foi segurança preventiva na propriedade rural. O tema foi ministrado pela investigadora da Polícia Civil, Rosana Botelho |
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Fátima Latchuk |
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Sônia Hirmer de Souza Toniato |
Em Juranda, o assunto com as mulheres foi segurança preventiva na propriedade rural. O tema foi ministrado pela investigadora da Polícia Civil, Rosana Botelho. Mais de 120 mulheres participaram do encontro, que apresentou ao público informações de segurança na propriedade rural como agir diante de algumas situações, qual polícia procurar e como se prevenir em roubos e furtos.
Rosana ressalta que o campo já não é mais tão seguro como antigamente e, por isso, há a necessidade de promover junto ao cidadão que vive na área rural assuntos e temas relacionado a violência e criminalidade que acontecem nesses espaços. “Importante mostrar como os crimes acontecem, melhor forma de prevenção e, principalmente, como o cidadão pode se aproximar da polícia. Precisamos, mais do que nunca, que a população e a polícia esteja próximo e quem vive no campo, tem muito a contribuir no combate às ações criminosas que ocorrem nesses espaços.”
A investigadora deu várias dicas de como se prevenir no campo. “As famílias que vivem na área rural precisam ficar mais atentas. Os criminosos têm os mais variados perfis e agem dos modos mais diferentes e na propriedade rural não é diferente da cidade. Normalmente, os criminosos conhecem o cenário e a rotina do local onde vão agir. Eles têm informações que dão condições de tornar aquele local um alvo. É preciso ficar atento às pessoas que circulam na propriedade, quem entra e quem sai. Alguns podem visitar para pedir emprego ou se passar por vendedor. É preciso estar atento a essa movimentação que acontece fora da rotina e mesmo aquilo que está dentro dia a dia merece atenção.”
As cooperadas, filhas e esposas de cooperados aprovaram esse encontro, devido a importância do assunto. Fátima Latchuk mora na zona rural e afirma que levará informações e fará mudanças. “Já adotamos várias práticas de segurança na propriedade, mas com a palestra vamos reforçar as ações. Tínhamos o costume de quando as pessoas chegavam já chamávamos para sentar e tomar um café. É um detalhe que já será retirado.”
Sônia Hirmer de Souza Toniato revela que já teve a propriedade assaltada por duas vezes e que depois disso instalou vários equipamentos de segurança. “Ainda assim temos muito o que melhorar. A segurança na propriedade é um assunto pertinente para evoluímos na prevenção. Muitas vezes pensamos que os crimes só acontecem em locais maiores, mas vemos que pode ocorrer em qual lugar.”
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