RC: Quais os benefícios do plantio direto?
Calderari: Após cinco décadas, o plantio direto continua safra após safra sendo comemorado por todos nós agricultores. Entre os benefícios, estão a tranquilidade e agilidade no plantio, reserva de umidade no solo, menor custo de produção, segurança, germinação uniforme, desenvolvimento das plantas em um mesmo padrão, tolerância ao veranico e, sobretudo, o cuidado, a conservação e preservação dos solos. Além de conservar e proteger o ambiente produtivo, a prática do PD sempre com rotação de culturas e formação de muita palha, aumenta a matéria orgânica no solo. Melhora a estrutura, a qualidade e a produtividade do solo por meio de substância orgânica, reduz a erosão, melhora a qualidade da água. O uso do PD foi determinante para que fosse ampliado o potencial de matéria orgânica no solo, por isso é que o sistema é a maior revolução da agricultura e do meio ambiente.
RC: Qual a importância da rotação de culturas no processo produtivo?
Calderari: Um sistema produtivo bem equilibrado necessita de bastante palhada. Por isso, a importância de se fazer a rotação de culturas, tanto no verão quanto no inverno. A palhada ajuda a segurar a chuva na área do plantio, infiltrando a água no solo e evitando que escorra. Para que isso ocorra de forma eficaz precisa, também, de curvas de nível, uma prática antiga, mas que muitos agricultores estão deixando de fazer.
RC: O senhor entende que o Brasil é referência, exemplo no cuidado e preservação da natureza?
Calderari: Com certeza, o Brasil é um exemplo na preservação da natureza. É o mais ambientalista e um exemplo para o mundo. Temos que ter lavoura para as próximas gerações e preservar muito bem o solo.
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