Parceiros na vida, na profissão e no cooperativismo

Entre idas e vindas, a história do cooperado Anderson Caleffi , se cruza em vários momentos com a Coamo. Paranaense de São João do Ivaí, município próximo à sede da cooperativa em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), ele nasceu no meio rural, mas muito cedo, por volta dos 13 anos, saiu de casa para estudar. Só retornou 15 anos depois, já formado em farmácia, profissão que exerceu até resolver retomar as raízes da agricultura, incentivado pelo pai, que sofreu um acidente e ficou impossibilitado de conduzir os negócios com a mesma disposição de antes. “Trabalhei até a adolescência com meu pai. Depois de ficar anos fora voltei com outra cabeça e consegui modificar o sistema que ele praticava. Mas, chegou um período que não tinha mais para onde crescer, pois com a 

tecnologia, o patrimônio aumentou. Resolvi, então, investir em uma nova região. Foi aí que vim parar no Mato Grosso do Sul”, conta Anderson, que quando chegou em Dourados (Sudoeste de Mato Grosso do Sul), iniciou cultivando soja e fazia cobertura com aveia. Há cerca de três anos incrementou o sistema com o milho e, agora, também investe na cultura do trigo. 

Não por acaso, a fazenda adquirida na localidade conhecida como Placa Abadiu, leva o nome de Conquista, remetendo aos esforços e objetivos alcançados pelo cooperado e a esposa e parceira de vida como ele diz, Ângela Perandré Caleffi . Uma também farmacêutica de formação, que assim como o marido,

deixou o avental branco e a paixão pela área da saúde, para se transformar em uma mulher do agro. “Não é fácil. É um ramo totalmente diferente para mim. Mas, desde a primeira vez que ele me trouxe aqui eu amei e percebi que era isso que eu queria para mim”, revela Ângela, que participa ativamente do dia a dia da propriedade e das atividades da cooperativa. “Fiz o curso Mulher Atual recentemente e foi muito bom, aprendi muito. Tudo que o Anderson precisa, estou aqui para ajudar. Do plantio à colheita até a manutenção das máquinas tento contribuir dentro da melhor forma possível. Abracei essa causa e estou buscando conhecimento na Coamo para melhorar”, afirma.

Defensor do cooperativismo e, sobretudo, da Coamo, o produtor expõe o sentimento de gratidão pelos frutos colhidos com a parceria, desde os tempos que vivia no Paraná. “A Coamo é essência para mim. Eu praticamente nasci dentro da Coamo. Foi o alicerce para minha família e o grande incentivo para eu comprar essas terras aqui no Mato Grosso do Sul,

porque ela estava chegando aqui na região quando vim para cá atras de novas áreas. Inclusive, eu procurava uma região onde a Coamo já estivesse. E lá se vão oito anos que estou plantando aqui junto com a Coamo, onde sou 100% sempre”, comemora o bem-humorado Anderson, quase sempre com um sorriso no rosto. 

O depoimento do casal serve como combustível para o atendimento da equipe da Coamo. O engenheiro-agrônomo, Flávio Emílio Pizzigatti, da Coamo em Dourados, destaca a persistência e utilização de tecnologia adotada por eles, e que faz toda a diferença para o sucesso da atividade. “Eles desenvolvem aqui quatro sistemas. Exploram soja, milho, trigo e cobertura com aveia e um mix de cobertura verde, que vem contribuindo muito para chegar aos objetivos com a cultura da soja, que sustenta todo o sistema. Para nós é um privilégio atender um produtor de mente aberta, que aceita todas as tecnologias, sempre em busca de altas produtividades”, declara Pizzigatti.