Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 539 | Setembro de 2023 | Campo Mourão - Paraná

COOPERATIVISMO

MULHERES QUE TRANSFORMAM

Mais de cinco mil mulheres participaram de uma série de encontros em Campo Mourão, Toledo e Mangueirinha, no PR, e São Domingos, em SC

com a presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo. 

Dani Amaral falou sobre desenvolvimento humano e lembrou as mulheres da força que cada uma tem, apresentando a sua história de superação para conectar as participantes. “Eu gosto de falar a partir da minha experiência de vida. Perdi os dois braços com quatro anos de idade, mas eu entendi que não era o que aconteceu que tinha o poder de determinar quem eu seria. Eu acho que isso conecta muito com as pessoas, porque muitas vezes passamos por algum problema e pensamos que aquilo em específico vai transformar toda a nossa vida. E não é exatamente isso. É como a gente reage àquilo que acontece”, conta a palestrante.

Mulheres cooperativistas caminham e evoluem juntas. Com esse espírito, elas estão se reunindo em várias regionais da Coamo, para se inspirarem e transformarem o ambiente em que vivem. Mais de cinco mil mulheres cooperativistas do Paraná e Santa Catarina participaram de uma série de encontros, com o tema “Mulheres que transformam”. 

Elas deixaram seus afazeres diários para um encontro inesquecível. Sorriram, choraram, se abraçaram, dançaram e aproveitaram cada momento. De todas as faixas etárias, as mulheres foram transformadas, num encontro de muita interação e alerta para temas fundamentais. Em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), e em Toledo (Oeste do Paraná), o evento contou com uma palestra motivacional com Dani Amaral, e outra sobre liderança e gestão no agronegócio,



Maria Iraclézia de Araújo falou sobre liderança e gestão no agronegócio

Dani Amaral, fez uma palestra motivacional partilhando suas experiências

Maria Iraclézia focou em liderança no agronegócio. De acordo com ela, a mulher precisa entender que a vida de cada uma tem uma trajetória, e é necessário transformá-la de acordo com as oportunidades. “Se você tem habilidades para liderar, você precisa se capacitar e entender que a mulher precisa ocupar os espaços que estão a sua disposição, e acima de tudo com a capacidade por meio do conhecimento, e compartilhar suas atividades profissionais, especialmente aquelas voltadas para o agronegócio.” 

Tatiane Martins Romagnole, cooperada em Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná), avalia que a participação da mulher na cooperativa cresceu ainda mais. “Fazer um evento desse, torna a mulher mais protagonista dentro da propriedade rural, na família e na cooperativa. Eu e meu esposo conduzimos as atividades na propriedade, seja na parte operacional ou de gestão, e esses eventos agregam ainda mais para o meu desenvolvimento.” 

Em Toledo, a cooperada Gabriela Zottis afirma que o encontro inspira a mulher a ser empreendedora e sair da retaguarda. “A mulher acaba fi cando nos bastidores muitas vezes. Mas, é muito gratificante assistir essas palestras e receber esse incentivo para estar mais à frente e se valorizar dentro do agronegócio.”

Em São Domingos (Oeste de Santa Catarina), e em Mangueirinha (Sudoeste do Paraná), a policial civil, Rosana Botelho, chamou a atenção para a violência e criminalidade no campo. E a palestrante Mari Bernini deu um toque mais descontraído e colocou todo mundo para dançar.

Tatiane Martins Romagnole, de Boa Esperança (PR)

Gabriela Zottis, de Toledo (PR)

Mari Bernini deu um toque mais descontraído e colocou todo mundo para dançar

O tema “Segurança na propriedade rural” foi cuidadosamente escolhido para que as participantes lembrassem da importância da segurança preventiva e da exposição de dados pessoais. Para Rosana, o tema abordado teve uma perspectiva de cidadania associada à segurança pública, tratando de diversos crimes, dentre eles os patrimoniais que acontecem nas propriedades rurais. “A palestra teve o intuito de alertar que a violência, que até então estava concentrada nas áreas urbanas, também ocorre na área rural. A mulher, enquanto protagonista desse sistema, pode fazer a diferença, seja na vida dela, na vida da família, na defesa da propriedade e da comunidade. Então, o tema levou essas mulheres a uma refl exão sobre esse contexto em que elas estão inseridas”, conclui.

Quando se fala em motivação, a influenciadora digital Mari Bernini deu um verdadeiro show e tornou a tarde mais dinâmica e divertida, fazendo a mulherada se soltar. De acordo com ela, a oportunidade foi incrível e muito aproveitada pelas participantes. “Poucas vezes na nossa vida, principalmente depois do casamento, temos oportunidades como essa, de sair para se divertir, para falar sobre a vida real, sobre o casamento, sobre os fi lhos, de uma forma bem-humorada. É excelente que a Coamo consiga atingir tantas mulheres assim.”

A esposa de cooperado, Marlene Lodi, de São Domingos, participa todos os anos dos encontros das mulheres cooperativistas e elogiou as palestras “É muito bom porque a gente tem oportunidade de ter mais conhecimento. As palestras foram incríveis e os temas muito relevantes para o momento. A gente percebe que sempre tem o que aprender.” 

Marlene Lodi, de São Domingos (SC)

Verônica Valiat Raut, de Mangueirinha (PR)

Rosana Botelho chamou a atenção para a violência e criminalidade no campo

Em Mangueirinha, a participante Verônica Valiat Raut considerou os temas muito importantes e a tarde muito agradável. “Nós estávamos em mais de 500 mulheres numa tarde de autoconhecimento. Todas levaram uma grande experiência do que foi dito e podem colocar em prática. Valeu a pena sair de casa, dos meus afazeres para participar desse evento.” 

O gerente do entreposto em São Domingos, Zenobio Francisco Festa afirma que o objetivo dos encontros é integrar e aproximar as mulheres cooperativistas da Coamo, promovendo uma tarde de conhecimento e relacionamento entre elas. “Esses eventos aproximam o quadro social da cooperativa. A participação delas é muito boa. As mulheres são inseridas junto aos negócios da cooperativa e faz com que elas conheçam o que a gente tem para oferecer”, conta. 

De acordo com o assessor de Cooperativismo da Coamo, José Ricardo Pedron Romani, com apoio do Sescoop, os encontros ainda serão realizados em outras regionais, para ativar o protagonismo em muitas outras mulheres cooperativistas. “O propósito é justamente abranger o maior número de participantes possível. Em torno de quatro mil mulheres participarão desses encontros, onde o objetivo é levar assuntos relevantes da propriedade rural e um momento de entretenimento para aproximar a mulher da sua cooperativa.”

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