Assim como se desenvolve o cooperativismo, filosofia em que é essencial a prática da parceria e apoio mútuo, tem sido a atuação no trabalho e na vida do casal Cláudio e Sônia Beretta, produtores rurais e associados à Coamo em Sidrolândia, no Sudoeste do Mato Grosso do Sul.
Veterinários por formação, eles se conheceram na faculdade, concluíram o curso em 1982 e um ano depois se casaram. Naturais do Estado de São Paulo, chegaram na região há 38 anos, onde trabalharam com a pecuária, e depois inseriram a agricultura, dividindo funções e responsabilidades que ao longo dos anos lhes trouxeram muitos desafios, dificuldades, conquistas e, sobretudo, ensinamentos. Experiências que ficarão para a vida toda. Não só para eles, como também para as próximas gerações da família.
Neste longo período, decisões importantes nortearam a vida e os negócios do casal, hoje amparados por uma forte parceria com a Coamo. “Quando os filhos eram pequenos ela se dedicou a cuidar deles. Mas, eles cresceram, já são formados e voltamos a nos dedicar juntos nos negócios da família, sendo assistidos pela cooperativa que nos oferece todo o apoio”, declara Cláudio Beretta, que na divisão de tarefas está ligado à condução das áreas de lavoura, onde planta soja no verão, e milho de segunda safra no inverno.
Cultivando cerca de 3.200 hectares em sistema de grupo familiar, praticamente 100% da área é ocupada pelas lavouras. “Exceto nas áreas marginais, mais arenosas e com menos tempo de agricultura, onde por enquanto plantamos soja no verão e no inverno somente fazemos cobertura”, explica o cooperado. “Nos preocupamos muito com a correção de solo e estamos a cada ano conseguindo resultados melhores”, diz.
Na percepção da assistência técnica, o cooperado Cláudio Beretta é um dos muitos da região de Sidrolândia com perfil empreendedor, que valoriza o agro e o que a cooperativa oferece de melhor. “Eles [Cláudio e Sônia] utilizam nossa estrutura da melhor forma, enxergam a Coamo como a melhor opção e reconhecem isso, pois já tiveram uma melhora nos resultados desde o início da parceria”, salienta o engenheiro-agrônomo Laércio Stabille Júnior, da Coamo em Sidrolândia.
Empresário rural de visão estratégica, Cláudio sabe bem o quanto representa para a sua atividade o amparo que recebe da cooperativa. “É uma parceria muito bem-vinda que significa muito para nós. Temos confiança, garantia de recebimento e uma classificação bastante séria, que não pensa somente no lado da cooperativa, mas também no produtor. Temos muitas vantagens e qualidade de produtos oferecidos”, afirma o associado, que pede: “Espero que a Coamo continue assim, que nossos filhos e as futuras gerações possam usufruir dessa seriedade e filosofia praticada.”
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Cláudio e Sônia utilizam a estrutura da Coamo da melhor forma, têm a cooperativa como a melhor opção e reconhecem a parceria |
um toque feminino no campo
A fazenda Santa Isabel, onde está localizada a sede e quase toda estrutura utilizada pela família, é daqueles lugares que logo de cara chamam a atenção de quem chega. Espaço que impressiona pela organização e beleza, onde se vê que cada detalhe foi pensado com cuidado. Particularidades, que certamente tiveram a contribuição, da também cooperada Sônia Beretta, a dedicada esposa de Cláudio.
Mulher de personalidade, Sônia revela que a profissão de veterinária foi escolhida ainda quando criança. Nas idas e vindas da vida, durante um bom tempo a fazenda era explorada apenas pela agricultura, até que ela resolveu novamente introduzir a pecuária nas atividades da propriedade, optando por bovinos de corte em sistema de confinamento. “Como não tínhamos área para tirar a lavoura e colocar pecuária, resolvemos confinar”, conta. “Eu já tinha o grão, era só montar a estrutura para o confinamento. Fizemos confinamento para engorda em um lugar e recria em outra área. E já estamos com a nossa capacidade de mil cabeças lotada, com bons resultados. Graças a Deus”, completa a cooperada, que no passado recente foi a maior produtora de ovinos do Estado. “Tive de parar, não estava mais dando conta e faltava estrutura para recepção da produção”, explica.
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Atentos às novas tecnologias, o casal não renuncia a tecnificação, seja na agricultura ou na pecuária. “O que procuramos é fazer coisas produtivas, que não tenham desperdícios e sejam organizadas. Para mim, a principal fonte de desperdício é a desorganização. Para isso precisamos produzir o máximo com o mínimo, sendo cada vez mais eficientes”, enfatiza Sônia, lembrando que a atual fase de mercado não é das melhores, mas nem por isso desanima. “Estamos fazendo a nossa parte. Estamos conseguindo tirar animais daqui de 20 a 22 arrobas com menos de dois anos”, comenta.
O foco na gestão e planejamento é um dos pontos fortes do sucesso dos Beretta, conforme o médico veterinário da Coamo Diones Adelino da Silva, que acompanha o desenvolvimento da pecuária na fazenda. “Eles estão a longos anos na atividade e conhecem bem este trabalho. O diferencial deles é buscar informação, pois fazem o simples, muito bem-feito. Percebe-se pela atenção aos detalhes, desde a construção da estrutura para o confinamento dos animais, até a construção desta pequena fábrica de ração para o plantel que eles possuem aqui”, destaca Diones, que vai além. “Eles são referência em tudo que fazem. O seu Cláudio é mais razão e foco nas metas e resultados, e a dona Sônia tem um pouco disso e muita paixão pelo que faz, por isso se completam”, define.
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Laércio Stabille Júnior, engenheiro agrônomo da Coamo, destaca o trabalho de parceria que envolve toda a atividade agrícola |
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Diones Adelino da Silva, médico veterinário da Coamo, ressalta que o casal é referência para a agropecuária na região |
Seguindo os princípios da cooperação, a valorização é um dos fatores levados em conta no modelo de gestão da família. Assim, eles protegem seus agregados, incentivando-os a buscar melhores resultados. “O que podemos fazer da porteira para dentro, nós tentamos, da melhor forma. Temos uma equipe muito boa e procuramos valorizar o trabalho deles, inclusive com retorno financeiro, participando dos lucros. Tem dado certo e eu estou feliz”, comemora.
“Acho fantástico essa inclusão feminina num setor até então dominado pelos homens. As mulheres adoram o agro, já não é mais uma atividade só do homem. A mulher tem paixão por aquilo que faz, sensibilidade e muito mais. A gente trabalha um pouco com o coração também, e não só com a razão. Também estamos gerando riqueza”, finaliza ela sorrindo, celebrando o momento de realização.
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Cláudio e Sônia com a filha Bruna, o genro Jeferson e os netos Pedro e Artur |
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Sônia com os funcionários Jaime e Roseli. Parceria diária na alimentação e manejo dos animais |
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