Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 447 | Maio de 2015 | Campo Mourão - Paraná

Especial Café

SABOR BRASILEIRO NO CAMPO DOS COOPERADOS

De fala mansa e olhar firme, o sorriso nos lábios sai facilmente quando Valdo Mangolin, cooperado de Corumbataí do Sul (Centro-Oeste do Paraná), começa a falar de café. “É uma tradição da família e gosto muito do café. Não tem lavoura melhor”, comenta. A tradição com o café começou em 1969, quando ele ganhou a área do pai.

Boa parte dos 76 anos vividos por ele foram destinados para o cultivo de café. Pioneiro no município ele já passou por duas geadas fortes, uma em 1975 – considerada a mais forte e que eliminou várias lavouras – e outra em 1993. Mas, nem isso o desanimou de continuar com a atividade. Atualmente, são cultivados cerca de 30 mil pés de cafés em uma área de oito alqueires.

A colheita na propriedade do cooperado está a todo vapor e a previsão é colher entre 600 e 700 sacas. “Já tivemos anos melhores em que chegamos a 1.200 sacas, mas não podemos reclamar”, diz.

De acordo com Mangolin, o que não tem agradado muito é o preço praticado nos últimos anos. Na opinião dele, poderia estar melhor. “Essa questão não depende de nós e o que podemos fazer estamos fazendo, que é investir na lavoura e continuar produzindo.”

Outra questão que preocupa é a falta de mão de obra e os custos para a colheita. “São valores altos e isso diminui bastante a nossa renda. Para compensar o café deveria estar pelo menos 30% mais caro”. Até o final de maio, o quilo do produto em coco, padrão 6, bebida dura girava em torno de R$ 6,00.  

Neste ano, a colheita começou mais cedo. Tradicionalmente, segundo o cooperado, os trabalhos iniciam entre junho e julho. “O clima está mais quente o que influenciou diretamente no desenvolvimento do café. Os grãos também não estão com a qualidade que estamos acostumados. Tem desde maduro, verde e outros secos.”

Toda a produção é entregue na Coamo, uma tradição mantida desde o início pelo cooperado e que é motivo de orgulho. “É gratificante saber que o café servido diariamente na mesa das famílias sai do nosso terreirão. Isso nos motiva a continuar com a atividade.”  

MUNICÍPIO É TRADICIONAL PRODUTOR DE CAFÉ

Formado por uma topografia acidentada, Corumbataí do Sul tem grande tradição no cultivo de café. Contudo, nos últimos anos houve queda de área, motivada principalmente, por geadas, que eliminaram lavouras, por questões de mercado e, também, devido a falta de mão de obra na colheita.

“Ainda temos tradicionais cafeicultores, como é o caso do cooperado Valdo Mangolin. São agricultores que tem o café como principal fonte de renda e fazem bons investimentos nas lavouras”, destaca o engenheiro agrônomo Lucas Ricardo Vanzzo, do Departamento Técnico da Coamo em Corumbataí do Sul.

ORIGEM E QUALIDADE

COAMO INDUSTRIALIZA PRODUÇÃO DOS COOPERADOS DESDE 2009 LEVANDO DIVERSOS TIPOS DE CAFÉS AO MERCADO CONSUMIDOR

Começar o dia com o pé direito para muita gente, é começar tomando uma xícara de café. Sem falar do sabor que para quem aprecia, já nem se discute mais, o aroma também atrai pessoas do mundo inteiro. Aquele cheirinho de café que acabou de ficar pronto é de fato um convite para um momento agradável. Pode ser para um café da manhã em família ou para uma confraternização entre amigos no final do dia. A verdade é que o café conquista a cada ano milhares de novos consumidores.

Na área de ação da Coamo também tem diversos cooperados que produzem esse grão, como é o caso do ‘seo’ Valdo Mangolin de Corumbataí do Sul. Essa produção é industrializada no Parque Industrial da cooperativa, localizado em Campo Mourão, onde são produzidos cafés de qualidade com as marcas Coamo Premium, Coamo Tradicional, Sollus e Dualis, abrangendo diversas categorias de café, especial, tradicional e extra-forte. A Torrefação tem capacidade para produzir 320 toneladas/mês de café torrado e moído, atendendo embalagens almofadas e a vácuo.   

Agregando valor ao que vem do campo, a produção começou com a inauguração em setembro de 2009, da torrefação de café da Coamo. Alinhada à industrialização, a cooperativa investe na qualidade do sistema de produção. Industrialização que amplia a renda dos cooperados e gera mais qualidade de vida no campo. Assim, o grão de café produzido pelo associado também contribui para a produção dos cafés Coamo. “Da torrefação de café saem produtos para atender as demandas do mercado consumidor”, considera o gerente Industrial de Alimentos, Wellington Brianezi Cavazzani.

Outro ponto forte das indústrias da Coamo, é o controle de qualidade. “Os produtos da linha alimentícia são preparados a partir de um rigoroso controle. Sem contar, que nossos cafés possuem o selo de pureza da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC)”, garante o gerente Industrial de Alimentos.

CAFÉ UMA BEBIDA NATURAL E SAUDÁVEL

São produzidos cafés de qualidade com as marcas Coamo Tradicional, Dualis, Coamo Premium e Sollus

O café é, há mais de mil anos, uma das bebidas mais apreciadas e consumidas em todo o mundo. Nada como uma boa xícara de café seja ao acordar ou após uma refeição. Adoçado, amargo, com leite... à gosto de cada um! O cafezinho dá disposição pela manhã, tira aquela sonolência que às vezes surge depois do almoço, além disso, pesquisas realizadas no Brasil, Estados Unidos, Europa e Japão revelam que o café pode fazer muito bem à saúde humana e que seu consumo diário e moderado (3 a 4 xícaras/dia) contribui na prevenção de várias doenças, como a diabetes do adulto, o câncer de cólon, fígado e mama, doença de Parkinson entre outras.

A maioria das pessoas que toma café diariamente ignora quais são as substâncias que estão presentes no café e pensa que a bebida contém apenas ou, principalmente, cafeína. Grande engano! O café contém uma grande variedade de macro e micro nutrientes, é uma da bebida natural, saudável e uma das mais populares do mundo, e por isso vale a pena considerar a contribuição de seus nutrientes a nossa dieta e bem-estar.

MERCADO DE CAFÉ NACIONAL

O café é indiscutivelmente uma preferência nacional. É a segunda bebida mais consumida no Brasil, perdendo apenas para a água, segundo dados de um levantamento recente da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café). Depois de uma retração de -1,23% em 2013, a indústria agora comemora um crescimento de 1,24%. E corre para atender um consumidor de gosto cada vez mais refinado e exigente.

O café tem presença quase universal nos lares brasileiros. 98,2% dos lares tem pelo menos uma pessoa que bebe café. São na verdade 2,8 pessoas, em média, bebendo café nestas casas cujo tamanho médio é de 3,4 pessoas.

QUALIDADE DE VIDA

Os benefícios do café para a saúde são divulgados, frequentemente, em diversas pesquisas realizadas pelo mundo. Mas, além de fazer bem ao coração, diabetes, hipertensão, dentre tantas outras doenças, esta bebida é uma aliada ao convívio social. Antigamente, as pessoas se reuniam em rodas para fumarcigarro ou tomar alguma bebida alcoólica, hábitos prejudiciais à saúde. Porém, com a disseminação
do café e surgimento de diversas cafeterias, o cenário está mudando e é, cada vez mais, comum ver pessoas reunidas tomando aquele cafezinho.
É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.