Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 458 | Maio de 2016 | Campo Mourão - Paraná

PLANEJAMENTO

PLANO SAFRA COAMO, A MELHOR OPÇÃO PARA OS ASSOCIADOS


Com insumos de qualidade, associados se preparam para a nova safra de verão

As últimas quatro décadas e meia foram especiais para os cooperados da Coamo. Foram anos de muitas transformações, onde com muito trabalho e apoio da cooperativa contabilizaram bons resultados, por meio de um cooperativismo sério, transparente, com difusão de tecnologias e importantes ferramentas para a implantação das atividades e a gestão dos negócios. 

Entre estes instrumentos está o tradicional Plano Verão da Coamo, o “Plano Safra”, realizado com muito sucesso há 28 anos. E em 2016 não foi diferente, haja vista, o aumento na participação dos associados no volume de negócios. Com antecedência, eles adquiriram os insumos necessários para o plantio de milho e soja da próxima safra 2016/17.

O gerente de Assistência Técnica da Coamo, engenheiro agrônomo Marcelo Sumiya aponta o trabalho contínuo dos engenheiros agrônomos da cooperativa com os produtores no campo e o forte relacionamento, como relevante e determinante para a participação no Plano de Verão da Coamo. “O ano todo os técnicos prestam assistência aos associados, acompanham e orientam na melhoria dos processos com foco no planejamento e gestão, visando a obtenção de melhores médias de produtividades. Assim, eles analisam, por exemplo, como foi a safra passada, os resultados e, principalmente, trocam ideias sobre o que pode ser aprimorado na safra seguinte. Quando chega o Plano Safra da Coamo tudo fica mais fácil, pois a análise preliminar já aconteceu”, explica Sumiya.

De posse de uma previsão inicial dos volumes de insumos e sementes solicitados pelos associados, a Coamo por meio da gerência de Compras vai ao mercado e mantém contato direto com os fornecedores para aquisição dos produtos, mediante análise dos preços e condições que sejam favoráveis ao quadro social.  “O cooperativismo possibilita este benefício para todos os produtores, independente da área de cultivo. Desta maneira, não importa se o produtor tem uma área pequena ou grande, mas sim que tenha acesso a este trabalho com a certeza de que no momento certo poderá retirar o que precisa com segurança no entreposto”, comemora o superintendente Técnico José Varago, reforçando que “trata-se de um trabalho difícil e que leva tempo, já que a nossa responsabilidade é negociar com vários fornecedores e comprar pelo melhor preço e condições com vantagens para os produtores. É uma tradição que vem sendo mantida há quase 30 anos.”


CULTURA DO PLANO SAFRA 

A cada ano surgem novos produtos no mercado e a Coamo está atenta para disponibilizá-los ao quadro social. “A nossa área Técnica oferece aos produtores o que tem de melhor e mais moderno, por exemplo, para o controle de doenças e pragas. Então eles têm acesso a produtos diferenciados mediante um grande portfólio de produtos reconhecidamente de qualidade”, informa o engenheiro agrônomo Aquiles de Oliveira Dias, gerente de Compras da Coamo.

Para o gerente de Distribuição, Mário Luiz Pavaneli, após o pedido que resulta no fechamento do negócio e a aquisição dos produtos, cabe a sua área o armazenamento e a logística com a distribuição dos insumos para atender a demanda de todos nas 70 Unidades, com o firme propósito de entregar os produtos solicitados na época e quantidade certa. “É um grande benefício realizado com a segurança e a solidez da Coamo, haja vista, que o associado pode retirar na cooperativa quando precisar e assim não tem necessidade de armazenar grandes quantidades em sua propriedade”, considera.


COMERCIALIZAÇÃO E CRÉDITO 

Para facilitar o planejamento do quadro social, a Coamo busca as melhores condições no mercado e disponibiliza a aquisição dos insumos mediante efetivação de contratos nas modalidades de comercialização disponíveis. 

Outro importante instrumento é a contratação de financiamentos dos insumos com taxas compatíveis na Credicoamo, a cooperativa de crédito dos cooperados da Coamo. “Os cooperados que financiarem sua safra até 30 de junho terão taxas mais baixas se comparadas com as lançadas recentemente pelo Governo Federal no Plano Safra. Este é um importante benefício que a Credicoamo oferece aos associados”, informa Dilmar Antonio Peri, gerente de Produção da Credicoamo.


MELHOR NEGÓCIO 

Os números do Plano Safra da Coamo são comemorados pela diretoria. O presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini, destaca a importância deste trabalho em prol dos associados. “Seguramente, o Plano safra é a melhor opção de negócios para os nossos produtores. Nossa equipe de profissionais trabalha durante alguns meses para oferecer a eles as melhores condições. Esta estrutura o associado não teria sozinho, mas juntos todos os associados se tornam fortes e com apoio da sua cooperativa Coamo, podem adquirir os insumos que precisam, fechar contratos e contratar financiamentos na sua cooperativa de crédito. É um trabalho grande, que tem a chancela e a segurança da Coamo, por isso os associados podem ficar tranquilos e só se preocupar em retirar os produtos na época certa e plantar sua safra no momento recomendado”, afirma Gallassini.

 

COOPERADOS DESTACAM FACILIDADES DO PLANO SAFRA

Lourdes Brignoni com o agrônomo Guilherme da Silva Francicani

O cooperado Martin Simeon Vanzer, de Maracaju (MS), está satisfeito com o Plano Safra da Coamo. Com uma área de 1.800 hectares está conseguindo bons resultados. Atento as melhorias para o incremento dos seus negócios, Vanzer quer aumentar a média das produtividades. Em anos bons a colheita da produção de soja ficou na casa das 140 sacas por alqueire. 

Martin Simeon Vanzer com o agrônomo Eduardo Xavier do Nascimento

Em relação ao Plano Safra deste ano, o associado diz que é um ótimo benefício. “A gente tem na Coamo produtos de primeira linha e qualidade, com preços de mercado e a tranquilidade para retirar os insumos com segurança. É uma questão de fazer um bom planejamento,  temos para isso boas ferramentas para fazer contratos, travar agora ou para a frente. Antes era um jogo mais bruto, mais duro. Hoje temos mais instrumentos e tudo fica mais fácil, avaliando o momento e analisando o preço em dólar e ter uma ideia de preço. Tudo o que a Coamo faz vem ao encontro do que precisamos.”

Outro bom exemplo é dona Lourdes Brignoni da Silva, filha do ‘seo’ Alcides Brignoni, com quem trabalhava há 15 anos – Ele faleceu há um ano e era um dos pioneiros no cooperativismo da Coamo. “Aprendi com meu pai planejar tudo, ter os pés no chão e fazer dentro das possibilidades e das nossas condições, já que o futuro é incerto. O Plano Safra é muito bom, porque antecipadamente podemos saber quanto vamos gastar e investir, e ter tranquilidade para tocar o nosso negócio.”

GOVERNO ANUNCIA R$ 202,9 BI

O governo federal vai disponibilizar R$ 202,9 bilhões por meio do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2016/2017, que entra em vigor no dia primeiro de julho deste ano e se estende até 30 de junho de 2017. O valor é 8% superior ao destinado na safra passada. De acordo com o governo, haverá ainda 20% a mais de recursos disponíveis para custeio e comercialização a juros controlados, somando R$ 115,8 bilhões. Outros R$ 53 bilhões poderão ser acessados a juros livres. 

Os juros sofreram aumento de 0,75%, com taxas que variam de 8,5% a 12,75% ao ano. Assim, o Procap-Agro (Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias) passa a ter juros de 8,5% e 12% ao ano e o Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária) de 9,5% ao ano. Em outras linhas de interesse das cooperativas, como no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) as taxas anuais passaram para 8,5%. 

Em termos de recursos, estão programados R$ 2,2 bilhões ao Procap-Agro, R$ 2,4 bilhões para o Prodecoop, R$ 1,4 bilhão para o PCA e R$ 4,2 bilhões ao Pronamp. Já o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) terá recursos no valor de R$ 2,9 bilhões a juros de 8% e 8,5%. 


MUDANÇAS

A partir desta safra, o PAP traz algumas mudanças. Na pecuária de corte, a aquisição de animais para recria e engorda deixa de ser considerada investimento e passa para a modalidade de custeio. O Programa de Modernização à Irrigação (Moderinfra) prevê incentivos à aquisição de painéis solares e caldeiras para geração de energia autônoma em cultivos irrigados. Para o café, o novo plano aumentou o limite para financiamento de estruturas de secagem e beneficiamento.

Outra novidade é que o Ministério da Agricultura negociou com os bancos a emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para os produtores a juros controlados. Nos planos anteriores, não havia essa opção. Os juros eram livres e, consequentemente, menos atrativos ao setor produtivo. Além disso, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), emitidos por empresas que desejam atrair investidores, poderão ser corrigidos em moeda estrangeira desde que lastreados na mesma condição.

OCEPAR AVALIA PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO DO GOVERNO

Após o anúncio do PAP 2016/17, a Gerência Técnica e Econômica do Sistema Ocepar (Getec) fez uma análise das medidas 


PONTOS FAVORÁVEIS

Foram considerados como pontos favoráveis do plano: o aumento do volume global de recursos em 8%; o aumento do limite de crédito para custeio agrícola por tomador, de R$ 1,2 milhão para R$ 1,32 milhão e o aumento de 5,5% no volume de recursos para os médios produtores, para R$ 19,94 bilhões. A Getec destacou ainda o crescimento de 52% no montante de recursos do Prodecoop, passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,43 bilhões; e de 14% no caso do Procap-Agro, que aumentou de R$ 1,99 para R$ 2,27 bilhões. “Outro ponto positivo é que as medidas foram anunciadas em tempo oportuno, com um mês de antecedência em relação à última safra, o que possibilitará aos produtores planejar melhor a implantação de suas lavouras”, disse o gerente técnico e econômico da entidade, Flávio Turra.


PONTOS NEGATIVOS

Por outro lado, a Ocepar também apontou os itens considerados desfavoráveis do PAP 2016/17, como o aumento geral nas taxas de juros; a redução dos recursos de investimentos em 11%, de R$ 38,3 para R$ 34,05 bilhões; a redução dos recursos em diversos programas de investimento, como PCA e Moderfrota; a redução do prazo de financiamento do Pronamp investimento, de 12 para 8 anos, a não divulgação dos preços mínimos de garantia e o montante insuficiente de recursos para a subvenção ao prêmio do seguro rural.
Maio

GOVERNO PRORROGA CAR POR MAIS UM ANO

Uma Medida Provisória publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira, 5 de maio, prorrogou o prazo final para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e para adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) para 5 de maio de 2017. De acordo com a MP nº 724, a medida vale apenas para propriedades com até quatro módulos fiscais, o que no Paraná equivale a cerca de 72 hectares. Propriedades maiores do que quatro módulos fiscais ficam de fora.

Em outra frente, foi aprovada no último dia 4 de maio, na Câmara dos Deputados, a Medida Provisória nº 707/2015 que prorroga o prazo para entrega do CAR até dezembro de 2017 para todas as propriedades. A medida segue agora para o Senado, caso seja aprovada depende ainda da sanção do presidente da república para que entre em vigor.

Desta forma, as propriedades com área maior do que quatro módulos fiscais só poderão ser inscritas no CAR após a aprovação da MP nº 707 pelo Senado, a sanção pelo presidente e a publicação no Diário Oficial da União.

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