Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 458 | Maio de 2016 | Campo Mourão - Paraná

DESENVOLVIMENTO

UNIDADES CELEBRAM 30 E 40 ANOS


Luiz Zanete Biff com a filha Augusta. Dos 40 anos da Coamo em Fênix, cooperado participa ativamente em mais de 30

A Coamo comemora em 2016, três datas importantes de instalações de entrepostos na região Centro-Norte do Paraná. São 30 anos da chegada em São João do Ivaí e Nova Tebas, e 40 em Fênix. Ao implantar a filosofia de trabalho junto aos produtores dessas localidades, a cooperativa colaborou para o crescimento da economia local, com produtos e serviços que garantem mais produtividade e renda para a família rural. 

São inúmeras as histórias de cooperados e, também, funcionários da cooperativa que se desenvolveram durante esses anos de trabalho. É o caso do agricultor Luiz Zanete Biff, de Fênix. Dos 40 anos da Unidade, ele participa ativamente de mais de 30. “Vim de Engenheiro Beltrão e quando aqui cheguei, a Coamo já estava funcionando. Nesses anos, acompanhamos uma grande evolução da cooperativa e, também, nossa”, comenta.

Antonio Carlos Luiz, trabalhou na empreiteira que construiu o entreposto de Fênix e, assim que terminou a obra, foi efetivado na Coamo

De acordo com ele, a cooperativa contribuiu de forma significativa no desenvolvimento de toda a região. “Até pouco tempo atrás colhíamos 100 sacas por alqueire e hoje chegamos a 160 de média. Esse aumento é graças ao trabalho da cooperativa que sempre traz novidades”, assinala Biff. 

A evolução no campo, segundo o cooperado, também ocorreu na estrutura da cooperativa. “Temos segurança em trabalhar com a Coamo. Tudo que precisamos encontramos na cooperativa, desde o fornecimento de insumos até um banco [Credicoamo]. Não precisa nem tirar o dinheiro e levar para outro lugar. Sem a cooperativa seria tudo mais difícil”, afirma.

Quem também conhece bem a unidade de Fênix é o funcionário Antonio Carlos Luiz, que trabalha na classificação de produtos. Ele trabalhou na empreiteira que construiu o entreposto e, assim que terminou a obra, foi efetivado na Coamo. “Comecei no dia 1º de setembro de 1976 e continuo até hoje. É um sonho que se tornou realidade. Muitos se assustam quando conto essa história, mas para mim parece que foi ontem. É a minha casa, uma grande família.”

Segundo ele, nesses 40 anos, a Coamo mudou toda a estrutura, sempre melhorando para o bom atendimento aos cooperados e, também, dando mais qualidade de trabalho aos funcionários. “As mudanças foram constantes. No começo, era uma estrutura acanhada se comparada com o que temos hoje. É uma satisfação trabalhar nesta cooperativa, que sempre se preocupa com a atualização dos funcionários.”

Imagem histórica mostra a primeira entrega de trigo na Unidade de Fênix, em 1986

UNIDADE DE FÊNIX

Os primeiros movimentos dos agricultores e lideranças para a instalação de uma unidade em Fênix ocorreu em 1975. Liderados pelo então Prefeito José Novaes Porto, popular “Zezão”, foram apresentados à diretoria dados estatísticos que mostravam a importância de o município receber a Coamo para o cooperativismo contribuir para o desenvolvimento dos agricultores.

O entreposto de Fênix foi aprovado na 10ª Assembleia Geral Extraordinária da Coamo, realizada em 15 de julho de 1975. Naquela Assembleia o então prefeito, em seu pronunciamento, informou que em 1974 a capacidade de produção do município era de 630 mil quilos de rami; 43 mil quilos de hortelã; 210 mil arrobas de algodão; 50 mil sacas de arroz; 10 mil sacas de amendoim; 35 mil sacas de feijão; 480 mil quilos de mamona; 65 mil sacas de milho; 480 mil sacas de trigo; um milhão e oitenta mil sacas de soja e 80 mil sacas de café. Estiveram presentes na Assembleia, aproximadamente 40 associados do município.

A Coamo iniciou as atividades com recebimento de soja e trigo, num total de 246.700 sacas. O município passou a ser referência regional e a movimentação do entreposto cresceu rapidamente, sendo que o último recebimento de soja, milho e trigo somou 1,78 milhão de sacas. A Unidade conta com 328 associados e 51 funcionários.

HISTÓRIA DE SUCESSO EM SÃO JOÃO DO IVAÍ

AO IMPLANTAR A FILOSOFIA DE TRABALHO , COOPERATIVA COLABOROU PARA O CRESCIMENTO DA ECONOMIA LOCAL, GARANTINDO MAIS PRODUTIVIDADE E RENDA PARA A FAMÍLIA RURAL



Cooperado Joaquim Batista de Souza, de São João do Ivaí, com os filhos Paulo, Renato e Renan

O cooperado Joaquim Batista de Souza, de São João do Ivaí, também não esconde a satisfação de fazer parte da família Coamo. Associado desde a instalação no município, a cooperativa teve papel fundamental no desenvolvimento da agricultura na região. “A nossa história com a Coamo começou antes mesmo da chegada em São João do Ivaí, já que meu pai era associado em Fênix”, conta Souza, que tem três filhos também associados. 

Jairo Rodrigues, trabalha como moegueiro em São João do Ivaí, e faz parte de um grupo de 36 funcionários que iniciou com a cooperativa no município

A família trabalha com 36 alqueires e viveu a passagem do algodão para a soja. “Entregávamos algodão na Coamo e hoje levamos soja e milho. Houve uma grande evolução e esperamos melhorar ainda mais”, frisa o cooperado. A última vez que ele plantou algodão foi em 2004.   

Segundo ele, a segurança proporcionada pela Coamo faz com que os cooperados invistam na atividade, pois sabem que terão toda assistência para produzir e comercializar a produção. “A Coamo é um espelho, uma escola. Cada prêmio que recebe, reflete em nós. Temos que copiar as coisas boas.”  

Jairo Rodrigues, trabalha como moegueiro em São João do Ivaí, e faz parte de um grupo de 36 funcionários que iniciou com a cooperativa no município. Apenas ele continua na unidade. “É muito gratificante fazer parte dessa família. Sempre tivemos uma equipe empenhada e dedicada em melhor atender os cooperados”, diz. Sempre participante das atividades da Coamo, Rodrigues lembra que ajudou a plantar árvores e a melhorar o ambiente de trabalho. “Não tem uma árvore que não passou pela minha mão ou da nossa equipe. A maior satisfação é ver as pessoas usufruindo de tudo isso.”


UNIDADE DE SÃO JOÃO DO IVAÍ

Imagem do início das atividades da Coamo em São João do Ivaí

Na década de 80, agricultores de São João do Ivaí passavam por problemas financeiros, principalmente os produtores de algodão, cujas dificuldades financeiras os levavam a movimentos revoltosos em protestos contra a política de crédito agrícola, fechando estradas e agência do Banco do Brasil.

Diante da situação, a diretoria da Coamo entendeu as razões de tais manifestos, embora o município não fizesse parte da área de ação da Coamo. Estudos realizados pela cooperativa mostrava que a origem das dificuldades estava, basicamente, calcada na falta de uma tecnologia moderna no cultivo da terra, fator decisivo para alta produtividade, como também nos baixos preços praticados pelos atravessadores

Foi concluído pela cooperativa que se dessem oportunidade de levar ao município um sistema cooperativista forte e embasado na assistência técnica agronômica de qualidade e num sistema de comercialização eficaz que levasse ao produtor um preço justo e remuneratório de sua produção, por certo conseguiria apaziguar os ânimos e satisfazer os anseios dos produtores da região.

Assim, em 1986, em processo licitatório, a Coamo arrematou um armazém de propriedade do BRDE (que fora da COCAP), ocupado pela então Copiva e, ato contínuo arrendou as instalações daquela cooperativa. 

A chegada da Coamo no município foi muito bem recebida pelos produtores que se associaram em massa, fazendo com que em agosto de 1988, para bem atender o então quadro social, a cooperativa comprasse a algodoeira da antiga Indústria e Comércio Assaimenka S/A e arrendasse as instalações das Indústrias Reunidas Cariri S/A.

A Coamo participou ativa e decisivamente na evolução e transformação do setor agropecuário do município. De uma capacidade de armazenagem de 223.000 sacas em 1986, passou para 1,66 milhão de sacas. Da mesma forma a evolução no recebimento dos produtos foi fantástica, passando de 338 mil sacas em 1986 para 2,32 milhões de sacas em 2015. A Unidade conta com 657 associados e 90 funcionários.
proporcionada

COOPERATIVISMO DE RESULTADO EM NOVA TEBAS


Associado à Coamo há 40 anos, Afonso Gregório foi um dos incentivadores para a construção da unidade de Nova Tebas

Ninguém pode falar com mais propriedade da chegada da Coamo em Nova Tebas do que o cooperado Afonso Gregório, que antes mesmo da instalação da unidade, já percorria um longo caminho para entregar a produção em Campo Mourão (Centro-Oeste Paraná). “Naquela época nem asfalto tinha. Eram 90 quilômetros de estrada. Quando não era poeira era barro demais”, lembra Gregório, que hoje tem a cooperativa praticamente na porta de casa. “Tenho uma área que fica a 100 metros daqui”, comemora.

Associado à Coamo há 40 anos, ‘seo’ Afonso foi um dos incentivadores para a construção da unidade de Nova Tebas. Ele conta que além de comodidade para a entrega da produção e a retirada de produtos, a cooperativa levou desenvolvimento. “Crescemos juntos com a Coamo. Sou sócio desde o início da década de 80 em Campo Mourão, e quando a cooperativa chegou aqui ficou tudo mais fácil. Cheguei a pegar fila com 280 caminhões na frente e esperar mais de dois dias para entregar. Hoje, com todo o suporte que a Coamo nos dá é tudo muito cômodo”, conta o cooperado. 

Para Gregório, a Coamo é mais que uma cooperativa, é parte da família do produtor rural.  “Para nós, essa cooperativa é um exemplo em todos os sentidos. Levamos a disciplina dela até para dentro de casa, porque aqui as pessoas são respeitadas. Nos sentimos parte dessa grande família”, diz. 

Conforme o produtor, houve um grande avanço tecnológico desde a chegada da Coamo no município. Ele lembra que a cooperativa recebia algodão, e com a entrada de outras culturas como milho e soja, passou a receber grãos. “Colhíamos de 70 a 90 sacas de soja em média. Agora, nossa média é de pelo menos 160 sacas por alqueire, com picos de até 200 sacas em alguns casos”, declara Gregório, atribuindo o desenvolvimento à assistência técnica preconizada pela Coamo. “Tínhamos o hábito somente de tirar da terra e não repor. A Coamo nos ajudou mudar essa mentalidade e estamos mais conscientes de como manejar a terra. Não imagino mais tudo isso aqui sem a presença da Coamo. Certamente sofreríamos muito”, comenta


UNIDADE DE NOVA TEBAS

Quando em 1986 a Coamo decidiu instalar um Posto de Recebimento de algodão da Coamo em Nova Tebas teve como objetivo o atendimento no recebimento de produtos agrícolas de uma gama de pequenos produtores, como também apoiá-los com uma orientação técnica tanto agronômica como veterinária, com fornecimento de insumos agrícolas e pecuários.

Nesses 30 anos de atividades da Coamo em Nova Tebas, é possível presenciar o grande desenvolvimento deste município, tanto na área rural como urbana. Das culturas predominantes de café e algodão daquela época, nota-se nestes últimos anos o crescimento da área agrícola com implantação das culturas de soja e milho, com excelentes resultados em termos de produtividade. 

A Coamo também cresceu em Nova Tebas, acompanhando o desenvolvimento do município. De um simples posto de recebimento de algodão, onde havia apenas um escritório administrativo com 69 metros quadrados e um galpão pré-moldado de 1.120 metros quadrados, hoje tem uma unidade moderna e ágil no atendimento do quadro social. 

A capacidade de armazenagem atual é de 300 mil sacas de 60 quilos. De 2015 a 2017 serão investidos um total de R$ 12,8 milhões, em construções de silos, equipamentos operacionais e na construção de um moderno escritório administrativo que permitiu a ampliação da farmácia veterinária e passou a fornecer os insumos com entrega na própria unidade. 

O primeiro recebimento de produto foi referente a safra 1985/1986, quando a Coamo recebeu 183.900 arrobas de algodão. Foram recebidas 917 sacas de milho da safra 85/86 e 3.026 sacas de soja da safra 97/98. Em 2014/2015 foram recebidas 352.000 sacas de soja.

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