Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 459 | Junho de 2016 | Campo Mourão - Paraná

COOPERATIVISMO

QUALIDADE E EVOLUÇÃO NO CAMPO

Hideo Hoshino com os filhos Celso, Hélio e Carlos. Cooperativismo é um dos princípios da família de Engenheiro Beltrão

Cooperativista nata e com participação ativa nos eventos realizados pela Coamo, a família Hoshino, de Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), vê na cooperativa uma parceira para todos os momentos. ‘Seo’ Hideo é o patriarca e é daqueles que não fica um dia sem ir na Coamo, nem que seja apenas para tomar um cafezinho ou bater papo com os colegas agricultores ou funcionários do entreposto. 

Ele trabalha junto com os três filhos – Celso, Hélio e Carlos- em uma área de 70 alqueires. A história dos Hoshino com a cooperativa iniciou em 1984, quando ‘seo’ Hideo se associou à Coamo por acreditar que o cooperativismo poderia ajudar a resolver os problemas da família na época, principalmente em relação ao alto custo com a entrega da produção e falta de incentivos para produzir. 

Para ele, a parceria com a Coamo é a base de sucesso da família. “Nos primeiros anos a nossa produção era de 70 sacas de soja e 50 sacas de trigo por alqueire. Hoje temos boas médias e com melhoria na renda”, ressalta o cooperado. Ele atribui os baixos resultados da época à falta de acesso da família às tecnologias existentes no mercado e o próprio desequilíbrio químico, físico e biológico do solo. Já a melhoria na produtividade é devido ao trabalho da assistência técnica e adoção de tecnologias e práticas recomendadas pela Coamo. “O cooperativismo significa tudo para a nossa família. Sem esse trabalho seria tudo mais difícil. Por isso, somos sempre fiéis e seguimos a filosofia de todos puxarem para o mesmo lado. Essa receita tem dado certo”, assinala ‘seo’ Hideo. 

Quando chegou a Engenheiro Beltrão, a família se estabeleceu em uma área de 40 alqueires. Isso aconteceu em 1976, quando a região estava no início do desenvolvimento. “Não escolhemos Engenheiro Beltrão por acaso. Viemos atrás do plantio mecanizado e do cultivo de soja e trigo”, recorda o patriarca. 

Quando os Hoshino chegaram em Engenheiro Beltrão, a Coamo já estava estabelecida no município. No entanto, a parceria com a cooperativa não foi imediata. “Tínhamos um certo receio com o sistema porque chegamos a perder uma safra quando uma cooperativa, da qual meu pai era sócio em Jataizinho, entrou em processo de dissolução”, aponta Hideo. Mas, a família enfrentava um alto custo com a entrega da produção em outras regiões. “Foi então que sentimos a necessidade da parceria com a Coamo, que sempre esteve ao nosso lado, desde que chegamos aqui”, conta o cooperado. 

Hélio é o filho mais velho do ‘seo’ Hideo e segue a mesma filosofia do pai. “Tudo o que o cooperativismo oferece aplicamos na nossa atividade e na nossa família. É um sistema de agregação de valor que tem dado certo”, comenta, e acrescenta que os serviços oferecidos pela Coamo têm ajudado a melhorar a produtividade e renda da família.

ALEGRIA DE SER VALORIZADO


Cooperado Juvêncio José da Silva, de Juranda, é um entusiasta do cooperativismo. Na imagem com o filho Silas durante visita ao Parque Industrial da Coamo, em Campo Mourão

Do alto dos seus quase 82 anos e há mais de 40 anos na região de Juranda (Centro-Oeste do Paraná), o produtor Juvêncio José da Silva é um entusiasta do cooperativismo. Ele cultiva uma área de 15 alqueires e colhe uma média de 160 sacas de soja e 320 sacas de milho safrinha. ‘Seo’ Juvêncio está sempre presente nos eventos da Coamo e diz que isso tem ajudado a aprender mais e aumentar a produção.  “Cresci muito com a Coamo em tecnologia e resultados. Mesmo tendo uma área pequena, aprendo sempre para produzir mais”, comenta. 

O associado participou no dia 31 de maio do Programa de Integração dos Cooperados e conheceu o funcionamento das indústrias da cooperativa em Campo Mourão. Ele diz que ficou impressionado com o novo moinho de trigo. “Ouvimos o Dr. Aroldo falar na abertura, fico feliz em ver ele em todos os eventos. Depois fomos visitar as fábricas, fiquei maravilhado com o moderno moinho de trigo. Voltei para casa com a certeza de que é muito bom ser cooperado da Coamo e a gente tem mais é que ter orgulho de pertencer a uma cooperativa séria, bem administrada que trabalha e oferece segurança para o nosso sucesso”, afirma o cooperado. 

DE PEÃO A EMPRESÁRIO RURAL

José Carlos Malaquias com a família, em Bragantina (Oeste do Paraná)

Com o filho Fabiano, José Malaquias administra e planta em uma propriedade de 94 alqueires

“Tenho orgulho em ter construído a minha história nos últimos 33 anos aqui nesta terra, por isso sou feliz e tenho alegria também em ser cooperado da Coamo e empresário rural.” A afirmação é do produtor José Carlos Malaquias, associado da Coamo em Bragantina (Oeste do Paraná). Com o filho Fabiano, ele administra e planta em uma propriedade de 94 alqueires, dos quais 51 próprios. “Cheguei aqui há mais de 30 anos e tudo que tenho foi graças a produção neste solo. Aqui casei, tive filhos e neto, e tem mais um a caminho. Era peão, mas há 23 anos, quando o meu patrão foi plantar em Mato Grosso arrendei as terras dele e tudo mudou na minha vida, pois passei a ser dono do meu próprio negócio”, conta, orgulhoso de ter participado da 3ª turma do Programa Coamo de Jovens Líderes Cooperativista, projeto que o filho Fabiano também fez parte e concluiu com a 19ª turma no ano passado. 

Segundo o pai José Carlos, muita coisa mudou nesses mais de 30 anos. Desde a chegada da Coamo na região, no início de 1995, os produtores tiveram um braço forte para produzir com repasse de informação e tecnologia. “Tenho certeza que evolui muito. Aprendi a pensar diferente e como empresário rural. Com o cooperativismo praticado pela Coamo passei a ganhar mais, tenho apoio, estabilidade, crédito, financiamento para a lavoura e se gurança. Então, a gente fica tranquilo e confiante”, afirma. 

Na propriedade de José Malaquias, entre máquinas e implementos modernos há espaço para o “velho” trator CBT, ano 1986

Na propriedade entre máquinas e implementos modernos há espaço para o “velho” trator CBT, ano 1986. “Foi o meu primeiro trator, ainda utilizo no dia a dia. Depois vieram outros mais modernos e eficientes.”

Avaliando sua trajetória, José Carlos Malaquias sente-se feliz em ver que tudo o que fez foi da maneira correta, sempre com muita dedicação e persistência. “Com apoio do meu filho estamos sempre abertos a ideias. Sinceramente, não sonhava com tudo isso que tenho e sou. Agradeço a Deus e todos que me apoiaram nessa caminhada. Os sonhos foram se realizando e acontecendo naturalmente. Por isso, só tenho que agradecer e digo de coração aberto: sou muito feliz.”




7 PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO 

Os sete princípios do cooperativismo são as linhas orientadoras por meio das quais as cooperativas levam os seus valores à prática. Foram aprovados e utilizados na época em que foi fundada a primeira cooperativa do mundo, na Inglaterra, em 1844. 

1º Adesão voluntária e livre - são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros. 

2º Gestão democrática - são organizações democráticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. 

3º Participação econômica dos membros - os membros contribuem equitativamente para o capital das suas cooperativas e controlam-no democraticamente. 

4º Autonomia e independência - são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. 

5º Educação, formação e informação - promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. 

6º Intercooperação - servem de forma mais eficaz aos seus membros e dão mais - força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. 

7º Interesse pela comunidade - trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas aprovadas pelos membros.



SAIBA MAIS SOBRE O COOPERATIVISMO E OS BENEFÍCIOS DO SISTEMA

Cooperativa 

Agente de desenvolvimento

  • Compromisso com os cooperados
  • Assistência técnica e creditícia
  • Tecnologia, Pesquisa e Difusão
  • Aumento de Produtividade, diversificação e aumento de renda da produtividade
  • Redução de Custos
  • Distribuição de Renda
  • Melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente;
  • Desenvolvimento cultural do cooperado e familia cooperada

GERAÇÃO DE RENDA E PRODUTIVIDADE

Razões do sucesso da Coamo

  • O apoio, participação e envolvimento dos cooperados na cooperativa
  • Forte política de capitalização desde o início
  • Harmonia e grande união (cooperados / diretoria / funcionários): trabalho para bem comum
  • Estabilidade administrativa: continuação das políticas de administração com planejamento estratégico a longo prazo
  • Política de investimento em treinamentos para melhor atendimento dos cooperados
  • Mudanças constantes para acompanhar o progresso
  • Busca permanente de redução de custos, melhores preços, sem perda da qualidade

Os mais de 28 mil associados juntamente com mais de sete mil funcionários da Coamo, com sede em Campo Mourão e 119 unidades espalhadas em 69 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, celebram o Dia do Cooperativismo com orgulho. Eles integram um sistema que proporciona o bem comum e inúmeros benefícios, por meio de uma parceria sólida e vitoriosa visando o desenvolvimento da agricultura e pecuária, e a produção de alimentos para o Brasil e o mundo. 

“O cooperativismo é um movimento e antes de tudo uma filosofia de vida. É um instrumento eficaz que une pessoas e promove o desenvolvimento econômico e bem-estar social, tendo como referencial a participação democrática, solidariedade, independência e autonomia”, explica o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, idealizador e presidente da Coamo.  

Gallassini chegou em maio de 1968 na região de Campo Mourão como agrônomo recém-formado pela Universidade Federal do Paraná em Curitiba e extensionista da Acarpa, hoje Emater, e coordenou o trabalho de organização dos produtores que culminou com o surgimento da Coamo.  “O cooperativismo é um movimento fundamentado nas pessoas e não no capital, e visa atender as necessidades de um grupo de associados e não do lucro, com o propósito de buscar a prosperidade de todos e não individual.”

Segundo Gallassini a história de quase 46 anos da Coamo registra um avanço e prosperidade dos produtores associados. Na opinião dele, os cooperados são privilegiados e estão fazendo a diferença na atividade agrícola com incremento de produtividade, renda e qualidade de vida. "Em vários campos, seja no técnico, educacional ou social, um grande número de pessoas são capacitadas de forma gradual e contínua por meio de centenas de eventos de difusão tecnológica e cooperativista. Este trabalho colabora diretamente para a melhoria da qualidade de vida e a felicidade da família cooperada no meio ambiente produtivo rural." 

Reuniões de Campo aproximam cooperados com a diretoria

O cooperativismo vem promovendo o bem comum e os bons resultados para a melhoria sócio-econômica da família cooperada. A Coamo beneficia diretamente mais de 120 mil pessoas entre cooperados e familiares, e funcionários da cooperativa que, com dedicação e profissionalismo, prestam serviços de qualidade para o desenvolvimento integral do quadro social.  

“Parabéns aos cooperativistas, em especial aos cooperados da Coamo e Credicoamo. É preciso comemorar o sucesso deste movimento aliado a eficiência e os bons propósitos de um cooperativismo sério e eficaz. Celebramos e partilhamos esses bons resultados do cooperativismo com a família Coamo. Ficamos felizes em ver a satisfação dos cooperados. Eles sabem que fazem parte de cooperativas bem estruturadas e administradas, com foco em oferecer produtos e serviços para o desenvolvimento dos seus associados”, considera Gallassini.

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