Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 459 | Junho de 2016 | Campo Mourão - Paraná

AGRICULTURA

TRIGO COMO OPÇÃO PARA O INVERNO

Cooperado Devalcir Machado Pressinato, de Luiziana investiu um pouco mais na cultura em comparação ao ano passado e espera colher uma média de 150 sacas por alqueire

PARANÁ DEVE COLHER 3,47 MILHÕES DE TONELADAS DE TRIGO

No Paraná, o plantio do trigo começou pela região Norte do Estado, depois Oeste e terminou na região Sul. Até meados de julho, o plantio de 1,15 milhão de hectares deve estar concluído. A expectativa é colher 3,47 milhões de toneladas. A safra de grãos no inverno no Paraná ocupa cerca de quatro milhões de hectares, sendo 56% com cultivo de milho, 29% com trigo e o restante dividido entre outras culturas. 

O Brasil deve produzir este ano 5,8 milhões de toneladas de trigo, praticamente metade do nosso consumo. O Paraná é o maior produtor de trigo do País e sua produção abastece basicamente a indústria moageira estadual, que é muito forte. Outra parte vai para São Paulo.

Triticultor tradicional em Luiziana (Centro-Oeste do Paraná), a família Pressinato aposta na cultura como opção de renda para o inverno e também para o sistema produtivo, pensando na rotação de culturas. A lavoura segue em pleno desenvolvimento e o momento é de caprichar nos tratos culturais, já que a planta exige cuidados essenciais.  

O cooperado Devalcir Machado Pressinato investiu um pouco mais na cultura em comparação ao ano passado e espera colher uma média de 150 sacas por alqueire. O plantio na área de 105 alqueires iniciou no dia 20 de maio e a colheita está prevista para o final de setembro. “Até o momento, o clima tem ajudado para o bom desenvolvimento da lavoura. Esperamos que continue assim até o final do ciclo”, destaca. As médias do cooperado oscilaram entre 130 e 150 sacas por alqueire nas últimas safras.

Além da parte financeira, Pressinato destaca os benefícios que a lavoura de trigo oferece para a safra de verão. De acordo com o associado, o cereal se encaixa perfeitamente no sistema de rotação de culturas adotado na propriedade. “Quanto mais variedades de plantas para rotacionar melhor e o trigo traz vários benefícios para o sistema”, pondera.  

O engenheiro agrônomo Hugo Lorran de Melo Rocha, do Departamento Técnico da Coamo em Luiziana, reitera a importância do trigo para o município que, devido a altitude de algumas áreas, inviabiliza o cultivo de outras culturas, como o milho safrinha, por exemplo. “Temos triticultores tradicionais que investem bastante na cultura. Se pensarmos no sistema, o trigo traz inúmeros benefícios como uma boa palhada para o plantio direto e controle de pragas e doenças. Tem ainda a questão de proporcionar uma renda a mais durante o ano. Em resumo, tem a renda imediata, que seria a colheita do cereal, e também os benefícios da reciclagem de nutriente para a cultura de verão que tem incremento de produtividade e, consequentemente, mais ganho”, assinala.  

De acordo com o mais recente relatório da gerência de Assistência Técnica da Coamo, na área de ação da cooperativa, neste ano, foram semeados 319,4 mil hectares contra 394,4 mil hectares em 2015. No Paraná a área é de 1,14 milhão de hectares, sendo que no ano passado foi de 1,33 milhão de hectares.  No Brasil, foram semeados 2,11 milhões de hectares contra 2,44 milhões em 2015.


Devalcir Pressinato, acompanha desenvolvimento da lavoura com o agrônomo Hugo Lorran de Melo Rocha, do Detec da Coamo em Luiziana

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.