Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 482 | Julho de 2018 | Campo Mourão - Paraná

TECNOLOGIA NO CAMPO

Resposta da ADUBAÇÃO para o milho segunda safra

Para o cooperado Claudemir Antonio Picolo, de Engenheiro Beltrão (PR) ficou uma lição para este ano: a importância de uma boa adubação para as lavouras de milho

O ano não foi bom para o milho segunda safra na área de ação da Coamo. Houve atraso no plantio, faltou chuva e ainda teve casos em que as lavouras foram afetadas por vendavais. A colheita está em andamento, mostrando produtividades em todos os patamares. Contudo, para o cooperado Claudemir Antonio Picolo, de Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), ficou uma lição: a importância de uma boa adubação para as lavouras de milho.

O cooperado planta um total de 180 alqueires no distrito de Figueira do Oeste e escolheu uma área de 18 alqueires para um experimento. Em dez alqueires realizou uma adubação mais "pesada", seguindo as recomendações da assistência Técnica da Coamo, enquanto deixou oito alqueires como testemunha. De acordo com ele, a diferença era visível desde quando as plantas começaram a emergir até a colheita, quando foi comprovada a importância da adubação com uma produção de 20 sacas a mais por alqueire em comparação a área que não recebeu o mesmo tratamento. Na área com adubação de 1000 quilos por alqueire a produtividade foi de 290 sacas enquanto que na parte com adubação padrão do cooperado ficou em 270 sacas por alqueires.

Picolo utilizou adubação de mil quilos por alqueires e 500 de nitrogênio. A ideia era aplicar mais 400 quilos de potássio, mas devido a estiagem não foi possível. “As plantas com a adubação emergiram primeiro, com mais vigor e resistiram bem mais a falta de chuva e ao ataque de doenças e pragas. Quando o clima não contribui, como ocorreu neste ano, é que vemos a diferença. E se tivéssemos chuva regular, a produtividade seria ainda maior”, pondera. Ele cita que a lavoura também resistiu mais aos ventos, em comparação a testemunha e áreas de vizinhos. “Houve sim uma grande diferença. Outro ponto importante é que a adubação utilizada na segunda safra beneficia o sistema como um todo, e esperamos uma melhor resposta na safra de soja.”

O engenheiro agrônomo José Jean de Almeida, da Coamo em Engenheiro Beltrão, explica que o departamento Técnico da cooperativa está realizando um trabalho para elevar a produção de milho segunda safra na região e que a área do cooperado Claudemir Antonio Picolo respondeu bem aos investimentos. “Ele é um cooperado adepto a novas tecnologias e seguiu a nossa recomendação de fazer uma adubação diferenciada. Ficamos 45 dias sem chuva durante o desenvolvimento da lavoura, e mesmo assim houve uma boa resposta. Devido ao clima, não chegamos as 400 sacas por alqueire que esperávamos, mas ficou bem acima da área em que não recebeu o mesmo tratamento, confirmando que vale a pena o investimento.”

Almeida revela que na área que recebeu a adubação, houve um ataque severo de percevejo logo após a emergência das plantas. O fato não ocorreu na área deixada como testemunha, que fica no fundo do lote. “O ataque aconteceu porque a área adubada fica na cabeceira e a lavoura vizinha de soja havia sofrido alta infestação de percevejo no verão. O ataque da praga causou perda de 15% na produtividade média. A boa adubação fez com que as plantas se recuperassem bem e que as perdas fossem minimizadas. Sem o investimento, com certeza, a produtividade teria sido maior”, assinala.

Agrônomo José Jean de Almeida acompanha o cooperado  Claudemir Antonio Picolo: bom resultado do milho
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