Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 482 | Julho de 2018 | Campo Mourão - Paraná

REUNIÃO DE CAMPO

Conhecimento em campo

José Aroldo Gallassini em reunião com cooperados em Nova Santa Rosa (PR)

A história da Coamo é marcada pela integração entre cooperados e diretoria. Desde a fundação da cooperativa, o presidente da Coamo José Aroldo Gallassini percorre toda a área de ação no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul realizando encontros para levar informações atuais ao quadro social sobre a Coamo e o agronegócio brasileiro. As reuniões ocorrem duas vezes no ano, e as do segundo semestre foram entre os dias 24 de junho e 04 de julho. Ao todo foram 29 reunindo cerca de oito mil cooperados e familiares.

Também foram apresentadas informações importantes sobre a Credicoamo Crédito Rural Cooperativa e da Via Sollus Corretora de Seguros. As reuniões contaram ainda com a participação do diretor-secretário Ricardo Accioly Calderari, gerente de Assistência Técnica, Marcelo Sumiya, e do assessor de Cooperativismo, Guilherme Sávio.

O presidente da Coamo considera as Reuniões de Campo como uma importante ferramenta de auxílio para tomada de decisões na condução da atividade dos cooperados. “Durante as reuniões, falamos da comercialização da safra colhida nesse ano e dos contratos da safra futura, estoques mundiais e tendências de preços de maneira que o associado tenha bastante informação”, comenta. Ele acrescenta que a participação do quadro social foi expressiva em todas as reuniões. “É um trabalho importante onde fazemos uma retrospectiva do primeiro semestre e as perspectivas para o segundo, abordando tendências de mercado, situação geral do Brasil e da Coamo. É uma oportunidade para estarmos juntos com os cooperados em suas comunidades", assinala.

Abelardo Luz e Ouro Verde (SC) Amambai (MS)

Boa Esperança e Janiópolis (PR)  Bragantina, Tupãssi e Brasilândia do Sul (PR)

Caarapó (MS) Campo Mourão, Luiziana e Corumbataí do Sul (PR)

Coronel Vivida e Honório Serpa (PR) Dourados e Itaporã (MS)

Engenheiro Beltrão e Quinta do Sol (PR) Faxinal, Marilândia do Sul e Cruzmaltina (PR)

Goioerê, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, Moreira Sales e Mariluz (PR) Guarapuava, Candói, Cantagalo, Pinhão e Goioxim (PR)

Ivaiporã (PR) Mangueirinha (PR)

Juranda e Altamira do Paraná (PR)  Manoel Ribas, Cândido de Abreu e Reserva (PR)

Laguna Carapã (MS) Maracaju (MS)

Mamborê (PR) Palmas (PR)

Peabiru e Araruna (PR) São João do Ivaí, Fênix e Barbosa Ferraz (PR)

Pitanga, Boa Ventura de São Roque, Palmital e Santa Maria do Oeste (PR) Sidrolândia (MS)

Roncador, Iretama e Nova Tebas (PR) Toledo, Dez de Maio, Vila Nova, São Pedro do Iguaçu e Ouro Verde do Oeste (PR)

São Domingos e Ipuaçu (SC) Xanxerê (SC)

MARCIANO FANTINEL,

Abelardo Luz (SC)

Participo das reuniões para ver o mercado e os estoques dos produtos. São informações que ajudam a conduzir a atividade, ainda mais num momento como esse que estamos vivendo, de várias incertezas no campo econômico e político.

MARIA HELENA DA SILVA RAFAELI,

Pitanga (PR)

A Coamo sempre nos ajuda e o que tenho hoje é graças a cooperativa. Em reuniões como essas recebemos informações importantes do que plantar e de como vender a produção e conduzir as atividades no dia a dia.

DIEGO ALBERTO GOTTEMS,

Mangueirinha (PR)

Esperamos pelas reuniões para ver como será o mercado futuro e se programar para as próximas safras. Quanto mais informação melhor, e as que recebemos da diretoria são seguras e ajudam na tomada de decisão.                                               

ADÉLIO CARLOS WIEBBELLING,

Nova Santa Rosa (PR)

Qualquer dúvida que temos, podemos tirar com as reuniões. Quem participa melhora a produção e a comercialização. A diretoria da Coamo está sempre presente e repassando informações importantes.

CLÓVIS ROBERTO DALPOSSO,

Ouro Verde do Oeste (PR)

Ficamos por dentro do mercado e das perspectivas de produção. São assuntos que ajudam a tomar a decisão, seja no plantio ou na comercialização. A diretoria por perto nos traz segurança e informações necessárias para a condução das atividades.                                      

JAIRO GROSS,

Dourados (MS)

Acompanhar o mercado e os estoques brasileiro e mundial é a melhor maneira para comercializar a produção. Com as informações, podemos programar a venda com os melhores preços e ter uma melhor média. Esse é um dos objetivos apresentados pela diretoria da Coamo.

ALVARO MACHADO DA LUZ,

Campo Mourão (PR)

Participo de todas as reuniões e temos um raio X da comercialização e do custo de produção. Com as informações repassadas pela diretoria, conseguimos tomar a decisão mais acertada para reduzir os custos e aumentar a renda.                                    

ADAELSON JOSÉ BOSCO,

Ivaiporã (PR)

A diretoria da Coamo nos traz informações importantes seja sobre o cenário político, econômico e da cooperativa. Se a Coamo vai bem, os cooperados vão bem e isso vem acontecendo desde o início da cooperativa.        

Custo como ferramenta para comercialização

Um dos assuntos tratados pela diretoria da Coamo nas Reuniões de Campo e que sempre chama a atenção dos cooperados é a comercialização dos produtos agrícolas.

De acordo com o diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, os cooperados estão absorvendo bem as recomendações e com isso alcançando boas médias na comercialização. “Apresentamos informações importantes sobre o custo de produção das principais lavouras. Isso faz com que os cooperados avaliem bem as condições e o cenário atual. Vendendo a produção em diversas vezes, com base no custo de produção, o cooperado faz uma média melhor. Não podemos ser especuladores de preços porque às vezes podemos perder dinheiro. Temos percebido que cada vez mais nossos cooperados estão entendendo a recomendação de acompanhar o mercado e fazer vendas escalonadas”, destaca.

Trigo e suas influências

A redução na colheita da safra 2017 e a quebra da produção argentina, aliadas à alta do dólar, criaram um ambiente de preços sustentados durante o primeiro semestre de 2018. Completa este cenário, a baixa qualidade do trigo argentino. Melhores preços motivaram aumento de 10% na área plantada no Paraná.

Atrasos no plantio da safra 2018 retardarão a colheita levando à sustentação de preço por um período mais longo que o normal. A formação do preço está condicionada pela paridade de importação do trigo argentino que, apesar da qualidade inferior, ainda atende a necessidade dos moinhos.

A safra nova da Argentina, que vem para o mercado no final de novembro, traz preços de US$50 por toneladas mais baixos, o que representa R$ 11 por saca. Isso jogará os preços para baixo também aqui no Brasil.

Milho no mercado interno e externo

Após a colheita recorde da segunda safra em 2017, os preços vieram para níveis abaixo do mínimo, disparou a PGPM (Política de Garantia de Preços Mínimos) com leilões de Pepro, que acabaram por incentivar as exportações a ponto de deixar os estoques de passagem no início de 2018 em níveis insuficientes para atender a demanda interna. Houve novamente a necessidade de importação de milho e os preços elevaram-se em todo o território nacional. Atrasos na colheita da soja 2017/18 impediram que os produtores plantassem o milho safrinha no melhor de sua janela e colaboraram para uma redução ainda maior de área. Estiagem prolongada durante os meses de abril e maio complementam este cenário de sustentação de preços. No entanto, mesmo com a quebra da 2ª safra em 2018, há excedente exportável e isso está pressionando os preços, que saem da paridade de importação para a paridade de exportação.

Os estoques mundiais caíram pela segunda safra consecutiva, de 228 para 193 e depois para 155 milhões de toneladas na projeção para o final da safra 2018/19, reflexo dos preços baixos que levaram os produtores a reduzir a área plantada. A safra 18/19 ainda não foi colhida no Hemisfério Norte, mas o clima tem colaborado e aponta para rendimentos bons.

Há também uma política de redução dos estoques na China, com leilões de venda dos estoques públicos. Há problemas de qualidade no milho estocado e parte será destinado a produção de etanol. O pano de fundo disso tudo é a melhor eficiência na produção de suínos, com melhoria substancial da conversão alimentar, com a modernização do sistema produtivo em substituição à criação de fundo de quintal. Outro fator que deixa os chineses mais tranquilos é a estabilização do consumo de carnes no País. Eles já consomem mais de 100 Kg per capita, se computado também o consumo de pescado.

Soja em bom momento

EUA e Brasil vieram de safras boas em 2017/18, mas a Argentina sofreu com uma seca severa que reduziu sua produção em 20 milhões de toneladas. Os preços domésticos reagiram em função dessa quebra. Logo em seguida, a guerra comercial entre EUA e China, com ameaças de imposição de tarifas sobre as exportações americanas de produtos agrícolas, trouxe altas expressivas nos prêmios de exportação da soja brasileira. O câmbio também foi decisivo nessa alta, com a forte desvalorização do real decorrente da alta de juros nos EUA e incertezas políticas e eleitorais aqui no Brasil.

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.