Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 483 | Agosto de 2018 | Campo Mourão - Paraná

SAFRA DE VERÃO

Contagem regressiva para a nova safra

DICAS DE PLANTIO

Plantabilidade é um assunto muito importante. Quando o produtor investe no correto plantio tanto da soja como do milho, o resultado é gratificante: uma lavoura bem estabelecida, com espaçamento uniforme entre as plantas, pode render muito mais. Lá adiante, essa conjuntura se traduz em boa colheita.

Por isso, procure evitar as falhas durante o plantio regulando e lubricando bem a plantadeira. Faça uma revisão geral da máquina observando atentamente a limpeza, lubrificação e avaliação da situação dos componentes e troca das peças desgastadas. Quando iniciar o trabalho preste atenção nos fatores ambientais, como o déficit hídrico, a temperatura e a luminosidade. Use sementes tratadas e certificadas, e execute o trabalho respeitando sempre a velocidade máxima do maquinário.

Em caso de dúvidas consulte um engenheiro agrônomo.

Depois de um ano marcado por instabilidade climática, onde sobrou chuva no verão e faltou no inverno, condição que em muitas regiões prejudicou o melhor desempenho das lavouras, os cooperados da Coamo depositam esperanças na nova safra de verão, que em breve será aberta com o plantio do milho e, logo após, com a semeadura da soja.

Irmãos Felipe e Protásio, de Nova Santa Rosa (PR), caminham na palhada do milho que logo dará lugar a soja

Sempre bem planejados, os produtores associados garantiram os insumos no tradicional Plano Safra da cooperativa e, agora, aguardam o momento certo de iniciar o manejo, para na sequência lançar a semente ao solo. É o que vai acontecer em breve no sítio Schneider, dos irmãos Felipe e Protásio, em Nova Santa Rosa (Oeste do Paraná), onde o milho de segunda safra está sendo colhido para dar lugar ao plantio da soja, que começa em setembro. “Começamos nossos preparativos na campanha da Coamo, quando encomendamos os insumos”, explica Felipe, afirmando a necessidade de conduzir a propriedade com profissionalismo, diluindo os riscos naturais da atividade. “Quanto maior o planejamento, menos riscos. Neste ano, esperamos uma seca no verão, no entanto, choveu mais do que se previa e colhemos bem. Já no inverno tivemos uma seca de mais de 40 dias e mesmo assim estamos fechando a produtividade do milho com números razoáveis”, declara o cooperado, que obteve média de 155 sacas de soja e 300 de milho de segunda safra, numa área de 24 alqueires de cultivo.

Irmãos Schneider defendem e realizam correção anual de solo e não abrem mão de uma boa adubação, além de investir em novas tecnologias que agreguem produtividade e renda

Os Schneider defendem e realizam correção anual de solo e não abrem mão de uma boa adubação, além de investir em novas tecnologias que agreguem produtividade e renda. “Todo ano mantemos a área corrigida, sem economizar na adubação e, também, experimentamos novas variedades que vão entrando no mercado”, comenta o produtor, esclarecendo que o importante é cada um fazer a sua parte. “O que sabemos fazer é produzir, por isso, precisamos fazer a nossa parte bem feita. Já o mercado é difícil acertar, mas vamos tentando”, brinca.

O engenheiro agrônomo Giovani Romani, da Coamo em Nova Santa Rosa, declara que o melhor caminho para o sucesso é o planejamento. “O Felipe e o Protásio são bons exemplos. Eles se planejaram, escolhendo as sementes que melhor se adaptam à propriedade, definiram todos os insumos que precisavam de acordo com a realidade deles e, agora, é trabalhar corretamente da porteira para dentro e deixar que o clima faça sua parte. Só assim pode-se almejar o máximo de produtividade na atividade agrícola”, argumenta o agrônomo, exemplificando que, apesar do ano difícil de 2018, o produtor que investiu, adotou tecnologia, escolheu a variedade certa e população adequada, além de fazer aplicações de fungicidas e inseticidas na época correta, conseguiu se sobressair.

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