Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 463 | Outubro de 2016 | Campo Mourão - Paraná

MULHER COOPERATIVISTA

IMPULSO DA COOPERAÇÃO

Dinora Bergamaschi, de Laguna Carapã (MS), é mulher de fibra que incorporou o verdadeiro sentido da filosofia do cooperativismo e nunca deixou que as dificuldades a desanimasse

Em todo o mundo as pessoas caminham cada vez mais na direção das ações colaborativas, ou se preferir, cooperativas. E o cooperativismo, que é um sistema, comprovadamente, eficaz e tem potencial para transformar vidas, comunidades e gerar emprego e renda, certamente está no topo da lista das boas ideias já criadas pelo homem.

Organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizarem serviços e assumir responsabilidades, as cooperativas são instituições democráticas que promovem a educação e a formação dos seus membros, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento sustentável do sistema.

O cooperativismo é a forma mais desenvolvida do associativismo, e no Brasil, a filosofia é aplicada com paixão, dedicação e competência. Um bom exemplo disso está na Coamo, uma cooperativa que cresceu amparada pela força do trabalho dos 28 mil cooperados, dos mais de sete mil funcionários e diretoria.

Cooperados como Dinora Bergamaschi, de Laguna Carapã (Sudoeste do Mato Grosso do Sul). Mulher de fibra que incorporou o verdadeiro sentido da expressão e nunca deixou que as dificuldades a desanimasse. Há 20 anos na agricultura, ela lembra do início, onde não tinha conhecimento algum sobre o novo empreendimento que estava assumindo. Mesmo após alguns anos na lida, os negócios do campo de fato se fortaleceram quando a Coamo chegou na região, em 2004.

As lições do cooperativismo foram a mola propulsora para que a cooperada desce um salto em produtividade e incremento de renda. “Toda essa conquista atribuo a assistência técnica da Coamo. Não existe caminho melhor para crescer. Estou sempre buscando novas tecnologias, pois não pretendo aumentar área, mas sim a produção e, neste sentido, o apoio da cooperativa é fundamental.”

Olhando para trás, Dinora respira aliviada. “Estou numa situação favorável. Aprendi muito com o tempo e, agora é só continuar. O começo é difícil, tem muito sacrifício, trabalho e incertezas. Mas, com o suporte do cooperativismo, tudo se encaminha”, considera.

Quanto a filosofia praticada pelo cooperativismo, a associada reitera que se trata do melhor caminho. “Quando a Coamo chegou já estava trabalhando, mas somente com essa parceria consegui superar os desafios. Passei a ter acesso a tudo que preciso. Sem contar que eu sei que a cooperativa tem como objetivo maior o nosso progresso.”

Parceria do começo ao fim, Dinora, que em uma área de 123 alqueires, planta soja no verão e milho na segunda safra, produz bem e com tranquilidade. Trata-se da certeza de que tem ao seu lado os braços da cooperação. “Se você está dentro de uma cooperativa, você não precisa buscar outras alternativas. Temos uma empresa a céu aberto que depende muito do clima, mas que mesmo assim está crescendo, gerando emprego e renda para muitas famílias, e isso devemos ao cooperativismo.”

Lições do cooperativismo foram a mola propulsora para que Dinora Bergamashi desce um salto em produtividade

NA BOLEIA DA VIDA

Marlise e Jenifer Gish, mãe e filha, cooperadas em Nova Santa Rosa (PR), sabem onde querem chegar

Em se tratando de produção rural Marlise Beatriz Grams Gish, cooperada da Coamo em Nova Santa Rosa (Oeste do Paraná), sempre esteve na velocidade certa. Sem andar na contra mão, ela faz de tudo quando o assunto é a lida do campo. Inclusive, abraça o volante do caminhão na hora de transportar a safra para a cooperativa. Um desafio que começou após ficar viúva e com dois filhos ainda pequenos, o que a obrigou a assumir, literalmente, a direção do "possante" e dos negócios,  além de ser mãe, pai e agricultora. Profissão que já exercia com o marido, mas que exigiu muito mais diante da nova situação familiar.  Enfrentando sol e chuva, ela nunca saiu da rota, na busca de garantir o futuro dos filhos.

Marlise é do tipo de mulher que não se acovarda diante das dificuldades e encara o trabalho como lazer. Sempre sorrindo, ela conduz todas as atividades da propriedade, que é exemplo de diversificação. “Trabalhamos com lavoura, suinocultura e piscicultura. Faço de tudo, desde as negociações até operar maquinário. Não tenho medo de aprender algo novo, o que for preciso, eu faço. Quanto a dirigir o caminhão, para ser sincera, acho mais fácil do que ir para a cozinha”, brinca. 

O momento é de tranquilidade em relação a sucessão familiar, mas esse fato preocupou a cooperada, que lá atrás pensava se quando os filhos crescessem valorizariam essas conquistas. “Com o passar dos anos tudo que fiz foi ganhando mais força. Não imaginava que marcaria tanto a vida dos meus filhos, ao ponto de incentivá-los a seguir os meus passos. Vejo que tudo valeu a pena, pois os dois estão dando continuidade e isso me orgulha. Produzir alimentos é uma satisfação. Podemos falar com orgulho: isso nós produzimos.” 

De fato é inquestionável o fato de que o exemplo de dona Marlise incentivou os filhos. Jenifer Karine Gish, a filha mais velha, conta que o seu objetivo é trilhar os passos da mãe. “Quero auxiliá-la e seguir o mesmo caminho, aprender e adquirir toda essa experiência que minha mãe tem para tocar os negócios”, revela a também cooperada, que, inclusive, se formou em agronomia para se aperfeiçoar na área em que a família trabalha. Jenifer também não nega o sangue e mostra que de fato é filha de Marlise. “Se precisar também puxo a safra, puxamos com os dois caminhões. As duas na boleia e ninguém segura”, garante.

Quanto ao trabalho realizado na propriedade, a filha revela que exige muito de todos. Segundo Jenifer, o segredo para obter bons resultados é diversificar. “Nos últimos anos não tivemos muitas intempéries climáticas, o que nos rendeu boas safras. Porém, a diversificação é importante e devemos trabalhar assim, pois se uma cultura não está sendo tão lucrativa a outra compensa. É uma prática que torna a propriedade rural ainda mais rentável”, analisa.

Além de toda a força dessas duas mulheres do campo, mãe e filha reforçam a importância de fazer parte do sistema cooperativista para superar as dificuldades da atividade. “É um orgulho fazer  parte do cooperativismo e temos um apoio significativo da Coamo. Trabalhamos 101% com a cooperativa, que ajuda a impulsionar nossos resultados. Se não sabemos, só temos que ter o telefone de quem sabe para resolver, e diversas vezes tivemos e ainda temos dúvidas, e com o apoio que recebemos fica simples”, destaca Marlise.

Além de toda a força dessas duas mulheres do campo, mãe e filha reforçam a importância de fazer parte do sistema cooperativista para superar as dificuldades da atividade. Na foto Marlise e Jenifer com ao agrônomo Giovani Sérgio Romani e Jhonatan (filho de Marlise)

LADO A LADO

Lilia Hoscheid, de Dois Irmãos, distrito de Toledo (PR) ama o que faz e no sítio da família, é muito dedicada ao trabalho

Quando decidiram dizer sim, o casal Lilia e Silécio Hoscheid, optantes da Coamo no distrito de Dois Irmãos, na região de Toledo (Oeste do Paraná), já sabiam que somente conseguiriam realizar sonhos, se trabalhassem juntos, um apoiando o outro. E foi justamente assim que a equipe de reportagem da Revista Coamo os encontrou ao chegar na propriedade. Os dois estavam terminando a rotina de ordenha das vacas. Ao todo são 42 em lactação.

O sítio dos Hoscheid é bem diversificado, o que exige ainda mais parceria na realização das atividades. Além de explorarem a pecuária de leite, eles trabalham com suinocultura e 19 alqueires de lavoura, onde plantam soja no verão e milho no inverno.  E para dar conta de tudo, a parceria da esposa é bem vinda para ‘seo’ Silécio. “É um orgulho ter uma esposa tão dinâmica. Com nossa união e luta, conseguimos construir uma linda família. Temos três filhos e com o fruto do nosso trabalho formamos todos.”

‘Dona’ Lilia é a típica mulher do campo. Ama o que faz e no sítio da família é muito dedicada ao trabalho, mas também encontra tempo para o descanso. “Cuido da ordenha, trato das bezerras, da casa e também tenho meu momento de lazer, que traz mais qualidade de vida para nós. Para isso, tenho vários animais de estimação, avestruz, papagaio, pavão, codorna, gato e cachorro. Tem de tudo”, conta.

Cooperativista ela também não abre mão de participar dos eventos da Coamo. “Participei de todos os cursos sociais realizados pela cooperativa. Essa é outra forma de se obter mais qualidade de vida. Eu me envolvo, faço amizades e aprendo sempre algo bom.”

Sem dúvidas, trata-se de uma família que tem a cultura cooperativista enraizada em seus costumes. Afinal de contas, tudo é planejado em união e as boas colheitas geram resultados para o crescimento de todos. “Cada um faz a sua parte, com um apoiando o outro, chegamos além das expectativas. Estamos muito felizes.  Acredito que fomos muito abençoados. Os filhos estudaram, estão se encaminhando na vida e procuramos passar para eles esse exemplo de trabalhar, se dedicar, procurar seu espaço e fazer o que gosta. Não é só dinheiro que importa, é fazer a coisa com prazer. É exatamente como vivemos aqui”, destaca a produtora rural. 

‘Seo’ Silécio ainda lembra que a trajetória da família no campo não teria dado certo se não tivesse todo apoio de uma grande mulher e do sistema cooperativista. “Passamos por dificuldades com seca, preços e outras intempéries climáticas. Porém, sempre demos a volta por cima, justamente devido a essa união que cultivamos em nosso dia a dia. Não poderia ter escolhido esposa melhor. Acertei na escolha dela e do cooperativismo, que tem sido nosso suporte”, ressalta o cooperado sorridente.

Casal Lilia e Silécio Hoscheid conquistaram harmonia no trabalho e na família

ATUAÇÃO VALOROSA

José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, diz que a participação feminina tem crescido e agregado para o desenvolvimento do sistema cooperativista

Segundo José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, a participação feminina tem crescido e agregado para o desenvolvimento do sistema cooperativista. "A atuação das mulheres é crescente no cooperativismo e elas ocupam seu espaço com trabalho, eficiência e dedicação. As cooperativas que promovem a inserção da mulher costumam ter diferenciais que vão além da questão econômica: a participação ativa da mulher está diretamente associada a participação de toda família cooperada. A personalidade feminina agrega e melhora a presença dos demais familiares no dia a dia da cooperativa. Onde existe uma participação forte da mulher, há mais cooperação, maior participação da família na sociedade, mais sensibilidade e, sobretudo, mais solidariedade.”

Diante deste cenário, o Sistema Ocepar, por meio do Sescoop/PR, tem na mulher um dos principais focos do trabalho de desenvolvimento do quadro social. “Em 2015, foram realizados 6.500 eventos de aperfeiçoamento técnico e profissional, com 179 mil participantes, sendo que as mulheres representaram 46% desse total. Estamos avançando,  mas é preciso ampliar ainda mais a presença feminina no cooperativismo do Paraná e reconhecemos as iniciativas de cooperativas que, como a Coamo, investem de forma constante no aprimoramento e valorização da mulher. Temos orgulho da atuação feminina na grande família cooperativista paranaense”, ressalta Ricken.

EVENTOS PARA ELAS

José Aroldo Gallassini é um incentivador da participação feminina no cooperativismo

Na Coamo, a participação feminina também é muito valorizada. São diversos os eventos promovidos com o objetivo de integrar e valorizar esse público no sistema cooperativista. Segundo o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini por meio de programas especiais, realizados em parceria com o Sescoop/ PR e Senar/PR, a realidade de muitas mulheres do campo tem mudado para melhor. “Realizamos todos os anos eventos consagrados e esperados pelo nosso público feminino, como o FamíliaCoop, Mulher Atual, Cursos Sociais, Encontro da Mulher Cooperativista, entre outros realizados nas unidades. Nesses encontros buscamos reforçar a importância da participação da mulher.”

Referência no cooperativismo, Gallassini ainda salienta que o sistema valoriza a integração da família. “Nosso objetivo é trazer mais qualidade de vida ao campo, agregando valor à produção e, consequentemente, gerando mais emprego e renda. Sabemos que nesse contexto toda a família precisa estar unida, e a mulher tem papel fundamental neste trabalho.” O presidente da Coamo sabe do que está falando. "A participação mais atuante do quadro feminino na cooperativa permitiu que elas se sentissem mais valorizadas e integradas às ações."

NO CAMPO, A MULHER É ATUAL

Programa Mulher Atual é uma das ferramentas de inclusão que vem cumprindo o papel de estimular a participação do público feminino na vida da cooperativa

O sistema cooperativista contribuí de forma significativa para o crescimento pessoal e profissional das pessoas, uma vez que no mundo cooperativo, a meta é atender às necessidades do grupo e garantir o bem-estar de cada integrante.

O programa Mulher Atual, por exemplo, realizado numa parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), é uma das ferramentas de inclusão que vem cumprindo muito bem o papel de estimular a participação do público feminino na vida da cooperativa, nos negócios da família e no sistema como um todo. 

A cooperada, Valéria Mansano Olipa, de Mamborê (Centro-Oeste do Paraná) participou do curso e destaca o quanto foi proveitoso e adequado aos seus objetivos futuros. “Quero seguir o ramo da agricultura que é o do meu pai e foi ótimo o curso para essas minhas metas de vida. Eu aprendi que não é atrás de um grande homem que existe uma grande mulher e sim ao lado, e assim pretendo trabalhar. Além disso, aprendi que atividades como costura ou bordado que faço, posso agregar valor e fazer disso algo lucrativo também”, explica.

Maria Lúcia Carvalho, esposa de cooperado também de Mamborê, esteve nos encontros do Mulher Atual e revela que foi uma experiência única. “Foi maravilhoso participar deste curso. Em primeiro lugar pela convivência com as outras participantes e também pelo fato de termos a oportunidade de nos conhecermos como mulher, nos valorizando ainda mais e olhando mais para si. É uma experiência que levarei por toda a vida, e conclui o curso renovada.”

Parceria, elogiada também pelo supervisor do Senar na região de Campo Mourão-PR, Josiel Nascimento. “Essa parceria tem atendido muito bem essa demanda, que desperta as mulheres a participarem mais da gestão da propriedade junto com o marido e a família, na cooperativa e no cooperativismo. Só temos tido resultados satisfatórios e uma grande participação”, garante.

APRENDIZADO PARA TODA A VIDA

Se a interação e a união são chaves para o sucesso do cooperativismo, a família é a base das conquistas dos cooperados. Neste sentido, a Coamo promove atividades de valorização com programações voltadas para cooperadas, esposas e filhas dos associados. São eventos por meio de cursos ligados às áreas de culinária, higiene e saúde, aproveitamento de alimentos, artesanatos, entre outros.

Somente de janeiro a outubro, a cooperativa promoveu mais de 280 cursos, com participação de 4,5 mil mulheres, beneficiando diretamente milhares de famílias em toda a área de ação. A cada novo curso uma oportunidade de interação e integração da família cooperada. São momentos de descontração e de conhecimento. 

Um desses encontros foi em Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná). Rosimeire Oliveira Fagnani conta que as participantes aguardavam com expectativa pelo curso. “É a oportunidade de nos aproximarmos mais. São eventos que ajudam a melhorar a qualidade de vida e o autoestima. Recebemos várias dicas e temos a oportunidade de tirar todas as dúvidas. Neste curso mesmo, aprendemos a preparar risoto e a minha família está ansiosa para provar. É um prato que não faltará no Natal”, comenta.

Cada novo curso uma oportunidade de interação e integração da família cooperada

Lucia Sonnsin Ferreira é uma das mais motivadas para os cursos. É ela quem corre atrás e ajuda na organização. “É um momento de confraternização e de aprendizado. Fazemos sempre novas descobertas. É a oportunidade das mulheres se conhecerem melhor e ter um dia de lazer, já que muitas delas ficam a maioria do tempo em casa, ajudando nas atividades do dia a dia. Aqui elas aprendem coisas novas que podem fazer para a família. A gente ganha muito com esses cursos.”

A alegria e a motivação são vistos claramente no semblante de cada participante. Basta um pouco de conversa para que elas falem da satisfação de participarem dos cursos. “Vale a pena ver o resultado. É sempre motivo de orgulho aprender cada vez mais. É um dia de sairmos da rotina e de encontrar todas as mulheres da comunidade”, comenta dona Rosa Perego Albertini.

Tem também as participantes que aproveitam os cursos sociais para aprender e depois vender os produtos, como é o caso de Elisandra Servantes Pereira. Ela faz bolos e doces e consegue um dinheiro extra para ajudar na casa. “Tudo que aprendo nos cursos é muito bem aproveitado. É a chance de fazer algo novo e lucrar com isso”, destaca.

No sistema cooperativista paranaense, o número de cooperadas cresceu de 2011 para 2015, 21,4%. Na Coamo, no mesmo período o crescimento foi de 30%. Isso mostra o empoderamento feminino no mundo atual.

QUILÔMETROS DE COOPERAÇÃO

Judite Eliana Beltramin, de Maracaju (MS), e Ivânia Novello, de Xanxerê (SC) tem em comum o cooperativismo como instrumento para mudar a realidade e a forma de trabalho de cada uma em sua região

Judite Eliana Beltramin, de Maracaju (Sudoeste do Mato Grosso do Sul), e Ivânia Novello, de Xanxerê (Oeste de Santa Catarina). Sabe o que elas têm em comum? Cerca de mil quilômetros separam as duas, mas o que as aproxima é o cooperativismo que tem mudado a realidade e a forma de trabalho de cada uma em sua região. As duas vieram dos extremos da área de ação da Coamo para participar do FamíliaCoop “Programa de Integração da Família Cooperativista”, e se encontraram em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná).

O FamíliaCoop é a concretização do símbolo do cooperativismo, unindo cooperativistas de diversas regiões para a difusão da filosofia. O emblema do sistema, é um círculo abraçando dois pinheiros, que indica a união do movimento, a imortalidade de seus princípios, a fecundidade de seus ideais e a vitalidade de seus adeptos. Tudo isto marcado pela trajetória ascendente dos pinheiros que se projetam para o alto, procurando subir cada vez mais. “Vemos novas maneiras de lidar no dia a dia do campo e o quanto o cooperativismo faz a diferença em tantos outros lugares”, destaca Ivânia.

Judite Eliana Beltramin, em posição geográfica oposta à de Ivânia, mas na mesma direção da cooperação, destaca a importância da união cooperativista. “A Coamo integra pessoas de todas as regiões. Fiz amizade com mulheres de diversas regiões. Quando vivenciamos esse momento, nos motivamos a continuar nosso trabalho. É uma unidade que soma valores. No meu Estado com a Coamo, o cooperativismo só tem ganhado mais força.”

O pinheiro que antigamente era tido como um símbolo da imortalidade e da fertilidade, pela sua sobrevivência em terras menos férteis e pela facilidade na sua multiplicação, prova o quanto é merecedor desse título. Assim, como Judite e Ivânia, e tantas outras mulheres que todo ano participam do FamíliaCoop, é por meio da cooperação que têm conquistado resultados cada vez melhores.

Segundo Ivânia, esses eventos as colocam a par do agronegócio. “Se você não acompanha e não se atualiza está fora do mercado. A cooperativa tem essa preocupação de nos manter atualizadas. Para nós mulheres é gratificante. Nos sentimos valorizadas e preparadas para o trabalho.”

Para Judite, não restam dúvidas de que vale a pena deixar sua terra para participar do FamíliaCoop. “Participando de eventos como o FamíliaCoop percebemos o crescimento que se obtém por meio da união. No caso deste evento foi destacada a participação valorosa da mulher no trabalho no campo, em todas as etapas do plantio à comercialização. Isso garante crescimento sustentável para cooperados e cooperativa”, ressalta.

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