Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 463 | Outubro de 2016 | Campo Mourão - Paraná

SAFRA DE VERÃO

SAFRA PROMISSORA

Edinelson com o Domingos Mercial e o agrônomo Edson Carlos dos Santos, em Rancho Alegre do Oeste. Otimismo é o que não falta com a nova safra

Na propriedade da família Mercial, em Rancho Alegre do Oeste (Centro-Oeste do Paraná), as plantadeiras já estão guardadas. Por onde se olha, o que mais se vê são plantas emergidas e o verde tomando conta do campo. É uma nova safra que nasce, e com ela a esperança de que todo o trabalho dedicado em menos de três meses entre preparação, plantio e colheita saia dentro do planejado.

De acordo com Edinelson, que trabalha em parceria com o pai Domingos Mercial, o clima está contribuindo para o bom desenvolvimento da safra, plantada a partir de 20 de setembro. São 123 alqueires destinados para a oleaginosa. “O plantio foi rápido. Assim que estava autorizado, as máquinas foram para o campo e em dez dias 80% da área estava semeada. O restante veio depois, no início de outubro”, revela.

Ele conta que a rapidez no plantio faz parte do planejamento, já que será plantado milho safrinha após a retirada da soja. “Precisamos fazer duas safras por ano e para ter eficiência temos que acelerar o plantio de verão. Contudo, dentro das recomendações técnicas”, observa Edinelson. Segundo ele, a antecipação e aceleração no plantio não tem prejudicado a safra de verão. Prova disso é que as médias de produtividade de soja tem sido de 170 a 180 sacas por alqueire. “Plantamos a soja em setembro e em janeiro entramos com o milho e essa tem sido uma boa janela”, acrescenta.

Os cooperados não abrem mão de utilizar boa tecnologia, e nesta safra não foi diferente. “Fazemos um bom investimento e estamos tendo um resultado positivo. A lavoura ainda está em desenvolvimento, mas se mostra com grande potencial. A expectativa é em como o clima irá se comportar até a colheita. Nossa parte estamos fazendo. Agora, é só fazer os tratos culturais necessários e aguardar”, assinala Edinelson.

Segundo o engenheiro agrônomo Edson Carlos dos Santos, do departamento Técnico da Coamo em Rancho Alegre do Oeste, as lavouras estão com bom desenvolvimento. “A soja teve um bom arranque e o clima tem favorecido com chuvas regulares e boa temperatura. Isso faz com que a nossa expectativa seja a melhor possível”, comenta.

O agrônomo observa que as lavouras implantadas em conjunto com a assistência técnica da Coamo tem recebido alto nível tecnológico e bom manejo. “Os cooperados gostam de novidade e buscam o que há de melhor no mercado e a cooperativa tem papel fundamental no aumento de produtividade da região, trazendo o que melhor existe no mercado.”

Em Goioerê, os irmãos Araújo acompanham com esperança o desenvolvimento das plantas. O momento é de continuar caprichando para que a lavoura possa retribuir todo o investimento realizado nos 200 alqueires de soja. “Fizemos um bom plantio. O clima tem nos ajudado até o momento”, diz ‘seo’ Valdeni que trabalha em parceria com os irmãos Vanildo e Vomes, no Sítio São João, na comunidade Água Bela.

Na propriedade do cooperado Milton Gementi, de Janiópolis, a expectativa é das melhores

O cooperado conta que as últimas safras têm sido de boas produtividades. “Temos colhido entre 150 e 160 sacas por alqueire, o que é uma boa média. Tudo é claro, em função do clima já que a nossa parte estamos fazendo”, diz.

Segundo o engenheiro agrônomo Odair Johanns, encarregado do Detec da Coamo em Goioerê, o zoneamento para a maioria dos cooperados teve início no dia 21 de setembro e os agricultores não perderam tem po e colocaram as plantadeiras em ação. “No início do desenvolvimento, as chuvas contribuíram, mas as temperaturas foram baixas. Fato que a partir do início de outubro mudou com a chegada de dias mais quentes. Só esperamos que a chuva continue de forma regular para contribuir com o desempenho das plantas”, assinala.

Ele conta que, de forma geral, os cooperados têm investido, cada vez mais, nas lavouras, utilizando correção de solo, adubação em cobertura e sementes de boa qualidade. “A semente da Coamo tem contribuído e muito para o sucesso das safras, principalmente a tratada industrialmente. O agricultor que busca insumos de qualidade encontra na Coamo e isso tem se mostrado a cada ano”, assinala Johanns.

Na propriedade do cooperado Milton Gementi, que fica bem ao lado da Unidade da Coamo em Janiópolis, também no Centro-Oeste do Paraná, a expectativa  é das melhores e os resultados são alicerçados pelo manejo adotado neste momento de implantação da semente. No total, são 54 alqueires com a soja. Ele conta que todo o investimento é pensando em uma boa safra. “Por enquanto, só estamos na expectativa. Os resultados só podem ser computados no final da colheita e até lá temos muito chão”, pondera.

Em Goioerê, os irmãos Araújo acompanham com esperança o desenvolvimento das plantas. O momento é de continuar caprichando para que a lavoura possa retribuir todo o investimento realizado nos 200 alqueires de soja. O agrônomo Odair Johanns faz o acompanhamento técnico da lavoura

SAFRA PARANAENSE

O clima no Paraná, em condições normais neste início de primavera, está favorecendo o plantio e o desenvolvimento da safra de verão 2016/17. A expectativa da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é que o Estado colha 23,1 milhões de toneladas - cerca de 14% acima do que foi colhido no mesmo período do ano passado, quando as lavouras renderam um total de 20,23 milhões de toneladas de grãos.

Para o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, o plantio da safra 2016/017 está se consolidando dentro das expectativas.  “As sementes estão sendo lançadas, vamos torcer para tirar uma boa safra do campo. Preparo e competência os produtores paranaenses possuem e, atrelados a boa oferta de insumos, sementes, defensivos, assistência técnica e boas práticas agrícolas de manejo e conservação de solo e água, poderão dar excelentes resultados em condições normais de clima”, afirma Ortigara.

Segundo levantamento do Deral correspondente ao mês de setembro, a área de soja no Paraná terá uma ligeira queda de 1% em decorrência do avanço do plantio de milho. Este ano será plantado um total de 5,24 milhões de hectares, cerca de 40 mil hectares a menos que o ano passado. A expectativa de produção está 11% maior, passando de 16,5 milhões de toneladas na safra passada para 18,3 milhões de toneladas na safra 16/17.

A área com milho da primeira safra deve ser de 487 mil hectares - 18% acima da área ocupada com a cultura na safra passada, que somou 414 mil hectares. O aumento e as boas expectativas com o clima apontam para uma produção de 4,3 milhões de toneladas - 29% a mais que o volume colhido no ano passado que atingiu 3,3 milhões de toneladas.


MATO GROSSO DO SUL

Estima-se aumento de 2,4% da área plantada em Mato Grosso do Sul, passando de 2,46 milhões de hectares na safra 2015/16, para 2,52 milhões de hectares. Além disso, também é projetado acréscimo de 2,4% na produção do grão, passando de de 7,601 milhões de toneladas na safra anterior, para 7,787 milhões de toneladas na safra 2016/2017. Já a produtividade deverá se manter estável, em 51,5 sc/ha.

Os dados são do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), ferramenta desenvolvida pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS).


SANTA CATARINA

Em Santa Catarina, a área plantada de soja aumenta na safra 2016/17, porém em um ritmo menor do que nos últimos anos. A área destinada ao plantio vinha crescendo cerca de 8% ao ano no Estado, e na próxima safra o aumento será de 1,65%. Ao todo serão 646 mil hectares plantados.

O aumento da produtividade deverá resultar em uma produção 6% maior do que na safra anterior, 2,2 milhões de toneladas.

Motivados pelo aumento no preço do milho, os produtores catarinenses voltaram a investir na cultura e pela primeira vez em 15 anos, a área plantada cresce no Estado. A estimativa inicial é que o aumento seja de 1,57%, ou seja, serão 5.778 hectares a mais de milho grão plantado em Santa Catarina, que podem resultar em uma produção de 2,9 milhões de toneladas na safra 2016/17. Os dados são da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina.

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