Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 468 | Abril de 2017 | Campo Mourão - Paraná

EVENTO TÉCNICO

IVAILÂNDIA REALIZA PRIMEIRO SIMPÓSIO AGROTECNOLÓGICO

Levar informações que contribuam para o aumento do nível tecnológico e das produtividades das lavouras e, consequentemente, da renda do cooperado. Com estes objetivos a Coamo promoveu no dia 19 de abril na unidade de Ivailândia (distrito de Engenheiro Beltrão) o 1º Simpósio Agrotecnológico, abordando temas como: Tecnologia de Aplicação; Gestão Rural (Visão Estratégica e Agronegócio) e Nutrição de Plantas e Fertilidade do Solo.

Com a participação de dezenas de parceiros [empresas de agroquímicos e máquinas] o evento reuniu cerca de 150 produtores interessados em agregar conhecimento para o melhor desenvolvimento dentro da atividade agrícola e pecuária. “Identificamos que temos muito trabalho a fazer na nossa região no tocante a adubação e um dos temas abordados aqui está relacionado à nutrição de plantas. Também queremos incentivar para os cooperados melhorar a atividade e a produtividade. Temos alcançado altas produtividades nesta região, mas queremos melhorar a partir de uma boa correção do solo”, destaca o engenheiro agrônomo André Fernandes de Lima, do departamento de Assistência Técnica da Coamo em Engenheiro Beltrão.

Antonio Carlos Mazzei, gerente da unidade palestrou no evento falando sobre visão estratégica e o agronegócio. Segundo ele, os preços das commodities já não estão tão altos quanto no passado bem recente e exige que os produtores enxerguem a agricultura de forma estratégica não deixando de investir o que é necessário para obter boas produtividades e rentabilidade adequada à atividade. “É uma questão de gestão. Às vezes pensando na dificuldade o produtor acaba tomando decisões equivocadas e isso o mercado não perdoa, principalmente na agropecuária onde o ciclo é longo e se você errar vai demorar para corrigir esse erro. Então é importante que o cooperado tenha as melhores informações para tomar a melhor decisão possível”, salienta.

PRODUÇÃO MOVIDA PELA FERTILIDADE

Composta por solos variados e em parte degradados pela exploração da cana, a região precisa passar necessariamente por um processo de reestruturação para recuperação do sistema produtivo. Um objetivo que só será atingido a partir da conscientização dos produtores ao lançarem mão de técnicas agronômicas que contribuam de forma direta para isso, como a nutrição de plantas e do próprio solo, por exemplo.

Pensando nisso o professor doutor em Nutrição de Plantas, Marcelo Batista, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi convidado para palestrar no evento. “A fertilidade do solo é dinâmica, não é estática". Ou seja, toda vez que você produzir bem quer dizer que você extraiu muito do solo e precisa repor. Então o monitoramento desse solo com base de nutrientes e a reposição é importante. Como essa região era formada por uma cultura perene [cana] e agora está mais ocupada por culturas anuais [soja e milho] é preciso ter mais atenção com a questão da fertilidade, uma vez que milho e soja são mais responsivos à fertilizantes”, alerta Batista, informando que ser eficiente não é só escolher o adubo certo, mas também acertar na dose e no manejo corretos. “Duas coisas determinam produção, cultivar e híbrido e fertilidade. Os demais insumos mantêm produtividade”, orienta o pesquisador.

Marcelo Batista, da UEM, abordou o tema: “A fertilidade do solo é dinâmica, não é estática"

ABERTOS AO CONHECIMENTO

Ávidos por informação e envolvidos diretamente nas atividades de campo, a maioria dos participantes do Simpósio foi composta por pequenos e médios produtores, e alguns maiores e mais tecnificados como o pioneiro Wolfgang Graf, cooperado da Coamo na região de Ivailândia. “Estamos em uma região que tinha bastante cana e hoje está sendo ocupada pela soja. Por isso precisamos de adubação correta para corrigir o solo. Queremos atingir produtividades altas, pois existe no mercado variedades de alto potencial. Essa é uma oportunidade ímpar para aprendermos mais sobre tudo isso”, ressalta Graf.

Opinião similar tem o cooperado José Mauro Giorgetti, que possui propriedade em Malu, na região de Terra Boa, município vizinho a Engenheiro Beltrão. Para ele, participar do evento é garantia de assimilar conhecimento para o dia a dia. “Foi muito importante. Volto para casa com algo a mais porque agora vou aplicar o que aprendi na minha propriedade. Encontrei muita tecnologia tanto nos estandes como nas palestras. Saio pronto para fazer a diferença”, garante.

Na mesma linha de raciocínio segue José Pedro Aguiar, que também buscou no evento uma melhor preparação para a tomada de decisão. “Um evento como esse sempre nos ajuda bastante. A partir das informações que colhemos aqui conseguimos corrigir os nossos erros e melhorar nossa atividade. Sempre aprendemos algo que agrega”, diz.

José Aguiar: "melhor preparação para tomar decisão"

José Giorgetti: "garantia de conhecimento para o dia a dia."

Wolfgang Graf: "oportunidade ímpar para aprender mais."

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