Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 473 | Setembro de 2017 | Campo Mourão - Paraná

SAFRA DE VERÃO

COMEÇO DE UM NOVO CICLO

Cooperado Eides Guedes com o filho Juan durante abertura do plantio de soja em Juranda

Cooperados da Coamo deram largada a um dos mais importantes atos do ano, o plantio da nova safra de soja. Com a semente depositada do solo, inicia um novo ciclo de muito trabalho e dedicação. Ansiedade e expectativa eram as palavras chaves para muitos agricultores que esperavam pela chuva, que chegou no final de setembro. Para alguns veio em boa hora, para outros um pouco atrasada. O resultado só poderá ser visto durante a colheita. Até lá o agricultor terá que torcer para que o clima continue favorável, sem deixar de fazer a parte dele, com os tratos culturais necessários e recomendados pela assistência Técnica da Coamo.

A propriedade do cooperado Eides Guedes, em Janiópolis (Centro-Oeste do Paraná) recebeu no dia 24 de setembro 70 milímetros de chuva. Dois dias depois ele já estava com as três plantadeiras no campo. São 207 alqueires para serem plantados, sendo que 40% da área recebeu as variedades de ciclo mais tardio. “A chuva deixou o solo em uma condição ideal. Tivemos que esperar até um pouco a mais do previsto, pois estava bastante úmido. O plantio não está atrasado, já que damos início sempre na última semana de setembro”, comenta.

De acordo com o engenheiro agrônomo Ulysses Marcellos Rocha Netto, do departamento Técnico da Coamo (Detec) em Janiópolis, a ansiedade pelo início do plantio era grande, porém faltava umidade no solo

Cena de otimismo com a nova safra se repete na propriedade do cooperado Adilson Furlan, em Juranda

"O importante é fazer a nossa parte”, destaca a cooperada Izabel Cristina Panceri, em Campo Mourão

Agrônomo Paulo Boeing acompanha regulagem da máquina com a cooperada Izabel Panceri

Agrônomo Getúlio Espindola, do Detec da Coamo em Juranda, ressalta a importância de um bom plantio, sem precipitação por parte dos cooperados

O cooperado sabe que o plantio representa mais da metade do sucesso de uma safra. Por isso, segue todas as recomendações e capricha para que tudo saia conforme o planejado. “Acredito que 60% da lavoura está neste momento. Tudo começa com um bom manejo e adubação do solo, semente de qualidade e bastante atenção no trabalho”, diz Guedes.

A média de produtividade, segundo o cooperado, tem oscilado de 170 a 200 sacas por alqueire, sendo que na última safra ultrapassou as 200 sacas. “Investimos sempre para melhorar, mas se manter nessas médias já está de bom tamanho. Tenho orgulho em fazer parte desse setor tão importante que é a agropecuária. Temos sido os responsáveis por alavancar a economia do Brasil e por produzir alimentos para o mundo. Esse é um bom motivo para começarmos a safra com otimismo”, assinala o associado.

De acordo com o engenheiro agrônomo Ulysses Marcellos Rocha Netto, do departamento Técnico da Coamo (Detec) em Janiópolis, a ansiedade pelo início do plantio era grande, porém faltava umidade no solo. “Tivemos essa chuva do dia 24 de setembro, mas não foi uniforme. Em algumas regiões, como a do cooperador Eides Guedes, foi boa, porém em outras regiões choveu pouco. O plantio deve ser feito sempre em condição ideal. Por isso, nem todos puderam dar a largada no mesmo período.”

A mesma cena de otimismo com a nova safra se repete na propriedade do cooperado Adilson Furlan, em Juranda (Centro-Oeste do Paraná). “É mais um ciclo que se inicia. É um momento de expectativa para que seja uma ótima produção”, comenta. A área dele já estava há mais de 30 dias sem chuva e fez com que o plantio atrasasse em pelo menos uma semana. “Choveu 30 milímetros por aqui o que possibilitou a largada do plantio nesta área [de 35 alqueires]. Esperamos por mais chuva, já que plantamos em outra propriedade [de 40 alqueires] em um município vizinho e que não foi beneficiado com essa chuva”, diz. Ele conta que no total serão pelo menos 30 dias de trabalho, com planejamento de semear a safra de maneira escalonada, incluindo variedades de ciclo precoce e mais tardio.

Segundo o cooperado, se tivesse chovido no momento certo, as plantas já estariam emergindo. “O importante, agora, é caprichar e fazer um plantio bem feito, seguindo todas as recomendações. Pensando um pouco lá na frente, acreditamos que não teremos problema com o milho [segunda safra]. A soja é o carro chefe, mas não podemos deixar a safrinha de lado, é uma lavoura importante para nós”, destaca Furlan.

O engenheiro agrônomo Getúlio Adriano Espindola Filho, do Detec da Coamo em Juranda, ressalta a importância de um bom plantio, sem precipitação por parte dos cooperados. “Existe uma ansiedade, o que é normal já que todos querem colocar a semente no solo. O que não pode é fazer o trabalho sem condições ideais. É preciso seguir as recomendações técnicas, cuidar da velocidade da plantadeira e profundidade do plantio. Fazer um início bem feito é o sucesso para uma boa safra.”

Em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), a família Panceri também aproveitou a chuva para começar o plantio. O início foi no dia 25 de setembro, alguns dias depois do planejado, mas nada que tire o otimismo e boa expectativa. Nesta safra tem até uma meta para ser batida: colher 170 sacas de média por alqueire. “Nossa melhor média foi de 165 sacas. Já tivemos áreas que ultrapassaram as 200 sacas, mas em pontos isolados. Acreditamos que o resultado será o melhor de todos os anos. Toda família está envolvida e acreditamos que tudo vai dar certo. O importante é fazer a nossa parte”, destaca a cooperada Izabel Cristina Panceri.

A semente foi colocada na terra a partir do final de setembro, contudo, o trabalho para a safra começou há alguns meses. Um dos investimentos foi em correção do solo, visando maior produtividade. “Foi uma safra bem planejada em parceria com a assistência Técnica da Coamo e a expectativa é muito grande”, frisa a cooperada. No total, serão cultivados 313 alqueires, sendo 60 com milho e o restante com soja. “O milho é pensando na rotação de culturas e melhorar o sistema produtivo da propriedade”, acrescenta Izabel.

Conforme o engenheiro agrônomo Paulo Henrique Boeing Noronha Dias, do Detec da Coamo em Campo Mourão, o resultado esperado para essa safra que se inicia é o melhor possível na propriedade da família Panceri. “Foi tudo muito bem planejado e está sendo executado com bastante capricho. A expectativa de todos é grande”, observa o agrônomo. Ele explica que dentro do planejamento, serão plantados os primeiros 120 alqueires de soja, depois os 60 de milho e retornando para a oleaginosa. “Com isso, otimizamos a parte operacional da propriedade e escalonamos o plantio, sem apertar a colheita lá na frente.”

PARANÁ AMPLIA ÁREA DE SOJA EM 3%

Principal produto plantado no Paraná durante o verão, a soja deverá ter área ampliada em 3% - ou 165,5 mil hectares. Passa de 5,2 milhões de hectares na safra anterior, para 5,4 milhões de hectares. Isso corresponde 91% da área plantada com grãos de verão. A produção esperada, em condições normais de clima, é de 19,5 milhões de toneladas - 2% menor em relação 2016/2017. Essa queda ocorre porque as condições de clima na safra anterior foram excepcionais e jogou a produtividade em patamar elevado.

De acordo com o Deral, órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), a opção do produtor é plantar mais soja porque o grão ainda oferece bons preços em comparação às outras culturas.

O plantio de milho deverá ter forte retração, devendo ser plantada a menor safra da história nesse período do ano. A perda vai migrar para o plantio de soja. A área plantada deve recuar 33% em relação à safra anterior, caindo de 513.627 hectares para 344.520 hectares. Com isso, a produção será reduzida em 37% - passando de 4,9 milhões para 3 milhões de toneladas – uma redução de mais de 1,9 milhão de toneladas.

FONTE: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab)

PROJEÇÃO DE 8,3 MI DE TONELADAS DE SOJA EM MS

Conforme as projeções obtidas com dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS) – programa de monitoramento de lavouras da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar em parceria com a Aprosoja/MS – e do MEA/MS (Mapeamento da Economia Agrícola de MS) em Mato Grosso do Sul poderá haver redução de produtividade em relação à safra 2016/2017, que foi de 8,5 milhões de toneladas.

O levantamento mostra que para o ciclo 2017/2018, o volume projetado é de 8,3 milhões de toneladas, ou seja, redução de 2,1% na produção. No entanto, em dez anos, o volume de soja produzido nas lavouras do Estado saltou de 4,8 milhões de toneladas para 8,5 milhões de toneladas, crescimento de 74%.

Em relação à produtividade, a projeção para o próximo ciclo é de redução de 3,74%, passando de 56,1 sc/h, para 54 sc/ha. Por outro lado, o número continua positivo quando considerados os últimos dez anos, quando esse índice subiu 19,8%, de 46,83 sacas por hectare para 56,1 sacas por hectare.

FONTE: Secretaria de Agricultura do Mato Grosso do Sul

SC PROJETA SAFRA MENOR DE MILHO E COLHEITA RECORDE DE SOJA

A soja invade o meio rural catarinense e avança nas áreas antes destinadas ao plantio de milho. O crescimento das lavouras de soja chega a uma média de 6% ao ano e na safra 2017/18 deve chegar a 706 mil hectares plantados. Os números foram apresentados pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e fazem parte das estimativas iniciais de safra elaboradas pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Os agricultores catarinenses devem destinar 318 mil hectares ao plantio de milho grão – 12% a menos do que na última safa. Por conta disso, a produção também ficará menor, em torno de 2,6 milhões de toneladas – 16,5% menor do que na safra 2016/17.

A soja ganha cada vez mais espaço em Santa Catarina. Em média a área destinada ao grão aumenta 6% todos os anos e já chega a 706 mil hectares na safra 2017/18. A produção também deve ser ampliada e chegar a 2,5 milhões de toneladas – ficando bem perto da produção de milho – e superando o recorde atingido na última safra. Hoje em Santa Catarina as maiores áreas destinadas ao plantio de soja estão em Campos Novos, Abelardo Luz e Mafra.

FONTE: Secretaria de Agricultura de Santa Catarina

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