Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 440 | Setembro de 2014 | Campo Mourão - Paraná

Três décadas de evolução

Coamo comemora 30 anos em SANTA CATARINA

Ao implantar a filosofia de trabalho junto aos produtores catarinenses, a cooperativa colaborou para o crescimento da economia local, com produtos e serviços que garantiram mais produtividade e renda

Há 30 anos, a Coamo iniciou uma importante etapa em sua trajetória. A chegada em Santa Catarina marcou uma nova era, tanto para os agricultores que passaram a usufruir dos benefícios proporcionados pelo cooperativismo, quanto para a Coamo que expandiu sua área de ação, se consolidando como importante cooperativa agropecuária.

Ao implantar a filosofia de trabalho junto aos produtores catarinenses, a Coamo colaborou para o crescimento da economia local, com produtos e serviços que garantiram mais produtividade e renda para a família rural.

A chegada da Coamo em Santa Catarina foi por meio de incorporação da Cooperal (Cooperativa Agropecuária Abelardense Ltda, de Abelardo Luz), em 1984. No início, a incorporação soou estranho para os agricultores catarinenses. Muitos já tinham ouvido falar da Coamo, mas não conheciam a filosofia de trabalho da cooperativa, e as experiências com outras cooperativas não foram das melhores.

Esses 30 anos de trabalho e de parceria com os agricultores catarinenses mostram que os objetivos apresentados no início das atividades foram, e continuam, sendo cumpridos, como mostra a edição de agosto de 1984, do Jornal Coamo que repercutiu a incorporação da então Cooperal. “Com a incorporação, salienta o presidente da Coamo, deverá ser levada até aquela região toda uma estrutura já existente no Paraná como a comercialização de insumos, venda de máquinas e implementos agrícolas e assistência técnica, o que servirá para dar mais apoio aos agricultores bem como, aumentar a produção da área de ação da cooperativa.”

Exemplos serão apresentados a seguir com cooperados que acompanharam a chegada e a evolução da Coamo em Santa Catarina, e também de associado que está começando a usufruir dos benefícios proporcionados diretamente pelo cooperativismo.

Palavra da diretoria

O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, observa que objetivo da cooperativa era a produção de sementes de soja que, na época, se desenvolvia melhor na região Sul do Paraná e Santa Catarina. “Naturalmente, também disponibilizamos toda estrutura existente na Coamo. A aceitação foi boa e com a implantação do sistema de trabalho já realizado pela Coamo no Paraná, tivemos um sucesso também em Santa Catarina”, comenta.

Gallassini comenta ainda que o cooperativismo tem um papel importante de agente de desenvolvimento em todos os setores e beneficia também as cidades em que está inserido. Ele acrescenta que a Coamo levou para Santa Catarina novas tecnologias que vão desde o plantio, tratos culturais até a colheita e que essas inovações ajudaram a melhorar a produtividade dos agricultores catarinenses e, consequentemente, a qualidade de vida de todos. “Os cooperados catarinenses e a Coamo, como um todo, estão de parabéns por esses 30 anos”, comemora.

A Coamo de todos os dias

Cooperado Nerci Santin ladeado pelo agrônomo Lucas Bonorino Martini e pelo gerente da Coamo em Abelardo Luz Marlon Costa

Estar na Coamo todos os dias, não importa a hora, é uma rotina que sempre fez parte da vida do cooperado Nerci Santin, de Abelardo Luz. “Nem que for só para tomar um cafezinho e rever os amigos”, brinca o produtor que há 30 anos, desde o primeiro dia de funcionamento da cooperativa no munícipio, é associado da Coamo.

Proprietário da fazenda Macuco, de 180 alqueires (430 hectares) que produz soja, milho e pecuária, Santin, como é mais conhecido na região, lembra que no início havia resistência de parte dos produtores rurais com a chegada da Coamo, por conta da cooperativa ser do Paraná e a desconfiança do sistema cooperativista, já que outras organizações do ramo não haviam obtido sucesso no município. Visão que foi rapidamente mudada com o trabalho. “A Coamo trouxe muita coisa boa e não demorou muito para que esse pensamento mudasse”, recorda Santin, reforçando a importância da cooperativa para Abelardo Luz. “Foi um avanço muito grande para os produtores rurais e para a cidade como um todo. Desenvolvemos muito com a cooperativa nesses 30 anos e só temos motivos para comemorar. Sinto-me feliz em ser cooperado”, comemora.

Segundo Santin, o trabalho desenvolvido pela Coamo na região contribuiu para o crescimento de toda agricultura abelardense, elevando as produtividades de todas as culturas. “Com a Coamo por perto os colonos da época passaram a abrir mais terras e cultivar mais áreas. Tudo graças a tecnologia que a Coamo trouxe para a região. Acreditamos no trabalho dela e ela nos garantiu essa evolução”, agradece.

Para Santin se a Coamo não tivesse cruzado o caminho dos produtores de Abelardo Luz na década de 80, a história poderia ser bem diferente. “Acho que estaríamos num desespero total. Se hoje eu planto e colho com bons resultados é graças a Coamo”, afirma.

Na opinião do engenheiro agrônomo Lucas Bonorino Martini, que no dia a dia acompanha o trabalho desenvolvido na Fazenda Macuco, a cooperativa contribuiu diretamente para o fortalecimento da atividade agropecuária na região. Conforme ele, foi por meio da Coamo que os produtores se estabeleceram no campo. “Nosso trabalho tem o mesmo foco desde a pequena até as grandes propriedades. Trabalhamos para fazer a diferença no campo e ajudar o cooperado a evoluir junto com a cooperativa”, argumenta Martin, esclarecendo que os próximos 30 anos certamente serão melhores que os primeiros. “Não temos dúvida que vamos muito mais além porque temos potencial para muito mais”, afirma o agrônomo.

Marcando gerações

Fidélix Tedesco, de Ouro Verde, tem duas situações que marcaram o início na agricultura: uma foi a compra de uma colheitadeira e outra o ingresso na Coamo, em 1986, dois anos após a chegada da cooperativa em Santa Catarina. Até então, ele trabalhava com pecuária e serraria. “Nunca tinha me associado a uma cooperativa porque tinha medo. Na Coamo eu entrei porque ouvi falar muito bem e estou até hoje”, observa. De acordo com ele, foi a cooperativa que o ensinou a trabalhar com agricultura.

Fidélix Tedesco, de Ouro Verde, com a colheitadeira adquirida logo que começou na agricultura e se associou à Coamo. Máquina ainda é utilizada para a colheita

Morador em Ouro Verde há quase 50 anos, ele conhece bem a realidade dos agricultores da região antes e depois da Coamo. “Assim como eu, muitos agricultores conhecerem o verdadeiro cooperativismo por meio da Coamo. Antigamente não existia assistência técnica e os produtores não tinham segurança para entregar a produção. Na Coamo é diferente, entregamos tudo e dormimos tranquilos. Temos muito o que comemorar nesses 30 anos de trabalho e de evolução da Coamo que ajudou a desenvolver o município e a região como um todo”, observa.

SAÚDE – Um dos pontos destacados pelo cooperado é a preocupação da Coamo com a qualidade de vida e, consequentemente, com a saúde dos associados. Ele conta que por meio de uma parceria da cooperativa fez um plano de saúde que o ajudou em um momento de dificuldade. “Passei por problemas de saúde e precisei fazer uma cirurgia. Não gastei um centavo do bolso e fui muito bem tratado. Sou muito grato a Coamo nesse sentido também”, comenta Tedesco.

Testemunha da evolução

Agrômomo Almir José Schaedler conhece bem a realidade da região, os desafios encontrados pelos agricultores catarinenses e a evolução nos últimos anos

Dos 30 anos da Coamo em Santa Catarina, o engenheiro agrônomo Almir José Schaedler, o conhecido “Gaúcho”, trabalhou em 21. Ele passou por outras duas Unidades, Ipuaçu e Ouro Verde, antes de chegar a Abelardo Luz, onde está atualmente, e conhece bem a realidade da região, os desafios encontrados pelos agricultores catarinenses e a evolução nos últimos anos. “Os agricultores que colhiam 84 sacas de soja por alqueire (35 por hectares) nem comentavam porque achavam que poderiam ser chamados de mentirosos. Hoje eles colhem acima de 170 por alqueire (70 por hectares) e se não buscarem novos investimentos podem ficar para trás”, destaca. Segundo ele, as produtividades de milho saltaram de 218 sacas por alqueire (90 por hectare) para 484 sacas (200 por hectare).

O agrônomo credita essa evolução aos trabalhos de conscientização realizados pela Coamo, que sempre busca repassar informações e tecnologias para aprimorar as atividades agrícolas. “A Coamo conta com profissionais treinados que fazem com que as informações cheguem de forma clara e rápida. Com isso, temos agricultores cada vez mais tecnificados e preparados para enfrentar os desafios da agropecuária”, destaca.

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