As flores da cooperação

Além da lavoura, uma bela casa e muitas flores podem ser vistas logo ao chegar no sítio Bom Sucesso, em Piquirivaí, distrito de Campo Mourão. Um sonho do casal Nilton e Emília da Silva, realizado após anos de luta na agricultura. Há 36 anos cooperado à Coamo, ‘seo’ Nilton lembra como tudo começou na trajetória como cooperativista. “A história com a Coamo começou bem antes de me cooperar em 1978, pois antes eu era procurador da minha mãe e na época plantávamos algodão”, recorda.

Segundo o cooperado, no início o serviço era braçal e com o apoio do cooperativismo houve uma significativa evolução tecnológica na agricultura. “Quando chegamos, estava iniciando a mecanização na região e acompanhamos toda a evolução desde aquela época, onde as coisas eram difíceis e as produtividades baixas.”

Passados os tempos difíceis e com o trabalho na agricultura ao lado da esposa, Nilton conquistou o que define como uma das grandes riquezas da família. “Estudamos nossos quatro filhos. Talvez dinheiro não possamos deixar para eles, mas deixamos uma coisa que ninguém tira, que é a formação acadêmica”, comemora o casal. 

‘Seo’ Nilton destaca o apoio do cooperativismo em todas as conquistas. “Sem dúvida nenhuma o cooperativismo, sempre fala mais alto e tem um peso grande nesta história, pois sem parcerias, tudo seria mais difícil.” O cooperado ainda ressalta o apoio da esposa, dona Emília, que sempre esteve ao seu lado no trabalho do campo. “Desde o início ela sempre trabalhou comigo na roça. É daquele tipo de mulher que não se vê muito mais hoje em dia, que vai para a roça com o marido. Teve vezes de eu estar de um lado trabalhando e vendo ela raleando algodão sozinha. Sem ela não teria conseguido”, afirma.

FLORES - Dona Emília também lembra a história da família. “Antigamente morávamos em uma casa sem energia elétrica e água encanada, e tínhamos o sonho de ter uma casa melhor e com um lindo jardim, pois eu sempre gostei de flores.  Realizei esse jardim dos sonhos, plantei as gramas, as flores e coloquei as orquídeas nas árvores e agora estamos contentes. As flores fazem muito bem para nós, pois trazem alegria. É a recompensa de todo nosso trabalho e realizamos nosso sonho, graças a Deus”, revela. E Nilton da Silva ainda complementa, “dessa forma, a propriedade fica muito mais bonita. Ela sempre me diz que as flores para ela são vida, então deixa ela viver e que plante muitas flores.”

Para o engenheiro agrônomo do Detec de Campo Mourão, Guilherme da Silva Franscani, ‘seo’ Nilton é um exemplo de cooperado. “Há 36 anos associado à Coamo, ele segue à risca as recomendações técnicas e tem participado ativamente nos eventos da cooperativa. Histórias como a do ‘seo’ Nilton, vemos o quanto o apoio da organização faz a diferença, e essa força dos cooperados, permitem a expansão da cooperativa, algo que consequentemente agrega para todos associados”, enfatiza.