Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 457 | Abril de 2016 | Campo Mourão - Paraná

SISTEMA PRODUTIVO

RENTABILIDADE ASSOCIADA AO PLANEJAMENTO

EXPERIMENTO NA FAZENDA DA COAMO MOSTRA RESULTADOS DE PRODUÇÃO E RENTABILIDADE COM A SOJA E O MILHO SAFRINHA

O sistema de produção soja x milho safrinha, é de grande importância para os cooperados da Coamo e ocupa a maior parte das áreas de produção da cooperativa. A soja é semeada em épocas mais antecipadas e as cultivares são de ciclo mais curto, tanto para soja como para o milho plantado na sequência. Estes critérios visam principalmente manejar as pragas e as doenças de ambas as culturas de forma a reduzir danos, além de minimizar os efeitos de eventuais temperaturas baixas de inverno na cultura do milho. 

Surgem então, alguns questionamentos: é viável este sistema? Qual a melhor combinação entre soja e milho para as diferentes épocas de semeadura e ciclos das cultivares? É preferível plantar somente a soja na melhor época visando obter o máximo de seu rendimento? Para responder a estes questionamentos, foi instalado na Fazenda Experimental da Coamo o ensaio “Viabilidade econômica do Sistema de Produção Soja e Milho Safrinha para diferentes épocas de semeadura e cultivares”.

Foram utilizados três cultivares de soja (superprecoce, precoce e média) e dois híbridos de milho (superprecoce e precoce), totalizando 12 combinações, com quatro repetições. As parcelas de soja foram subdivididas para receber milho nas sub-parcelas. O solo do local é um Latossolo Vermelho Distroférrico com 75% de argila, numa altitude de 610 metros. O trabalho foi conduzido e avaliado por três safras consecutivas.

De acordo com o engenheiro agrônomo Joaquim Mariano Costa, chefe da Fazenda Experimental da Coamo, é comum o produtor priorizar cultivares de milho de ciclo superprecoce visando minimizar danos por temperaturas baixas no inverno. Porém,  segundo ele, em algumas combinações, o período estabelecido após a colheita da soja até a implantação do milho safrinha, com segurança às baixas temperaturas (até 20 de fevereiro), pode chegar a 22 dias. "Nesta situação, é possível realizar as primeiras semeaduras com cultivares de milho precoce (mais sadios e com potencial produtivo superiores) e na sequência, mais próximo da data limite para a semeadura, alternar para o superprecoce, que embora limitado pelo potencial produtivo e por doenças, oferece maior garantia de colheita, uma vez, que é protegido dos danos das baixas temperaturas devido a maturação mais rápida", observa

Outro ponto citado pelo agrônomo é o fato de o produtor antecipar ao máximo a semeadura da soja e utilizar cultivares de ciclo superprecoce visando ganhar alguns dias para plantar o milho mais no cedo. "A expectativa é que se consiga a colheita mais cedo da soja. Contudo, na prática, não há uma correlação direta entre antecipar semeadura e colher mais cedo, especialmente para a cultivar de ciclo super precoce. Semeaduras mais antecipados sob temperaturas baixas podem causar distúrbios fisiológicos na soja, prolongando o ciclo e frustrando em parte este propósito”, comenta Costa.

RENDIMENTO E RENTABILIDADE

ACOMPANHE NAS PÁGINAS A SEGUIR OS GRÁFICOS COM OS RESULTADOS OBTIDOS EM TRÊS SAFRAS 

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