Dia 15 de abril comemora-se o Dia Nacional de Conservação de Solo. Voltando um pouco no tempo, chegamos no início da década de 70. O surgimento da Coamo; a abertura das primeiras áreas de terras agricultáveis para implantação de lavouras de trigo; trabalho eficiente da assistência técnica visando à conscientização; orientação e introdução de práticas conservacionistas para evitar a erosão, faziam parte do cenário agrícola da época.
A visão de futuro e o trabalho desencadeado pelos técnicos na área de conservação de solos, com a forte preocupação da qualidade do meio ambiente produtivo rural, chamava a atenção das autoridades na época. Tanto que a cidade foi a escolhida para o lançamento do Plano Nacional de Conservação de Solos (PNCS), no dia 04 de setembro de 1976, na Praça Bento Munhoz da Rocha Netto - conhecida como a Praça do Fórum, em Campo Mourão.
No local foi construído e está exposto um monumento alusivo a conservação de solos. O evento contou com as presenças do ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, governador Jaime Canet Júnior, autoridades e milhares de pessoas que acreditavam chegar ao fim a caminhada desenfreada da erosão em todas as terras brasileiras.
Pouco a pouco os produtores foram tomando consciência da responsabilidade e importância da conservação de solos. E ao longo de mais de quatro décadas, os agricultores da região adotaram práticas conservacionistas recomendadas pela assistência técnica e hoje são exemplos para o país com a preocupação com o meio ambiente e com os resultados significativos obtidos com as altas produtividades das suas lavouras. “Mas não foi nada fácil. Foi um trabalho concentrado, com grande esforço e de parceria entre técnicos e agricultores que resultou na adoção das curvas de nível, dos murundus e base larga para combater a erosão e preservar o solo”, lembra o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.
Gallassini explica que na evolução das práticas de conservação de solo, surgiram a calagem, o plantio direto, a rotação de culturas que resultam em melhoria da estrutura física, incorporação de matéria orgânica e combate doenças e pragas, e a adubação corretiva. “Seguramente o plantio direto foi uma das melhoras práticas que aconteceu na nossa agricultura. É um sistema com grandes benefícios, uma realidade inquestionável. Na região da Coamo o plantio direto é praticado em 100% das áreas agricultáveis dos cooperados”, informa.
Vários programas foram lançados pela Coamo, como o de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, em 1999, objetivando o incremento das produtividades dos seus cooperados, comprovando na prática, que em solos onde há equilíbrio dos nutrientes a lavoura rende mais. A Coamo conscientiza seu quadro social da importância do equilíbrio químico e as características físicas do solo.
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