Para ampliar a infraestrutura, agilizar o recebimento da produção dos associados e incrementar a verticalização das atividades com o objetivo de agregar valor a produção recebida, a Coamo Agroindustrial Cooperativa efetuará investimentos de mais de R$ 1 bilhão nos próximos quatro anos.  

O pacote de investimentos aprovado pelo quadro social no dia 23 de março, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada em Campo Mourão, com a presença de centenas de associados dos Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, prevê a criação de novos entrepostos e indústrias, e modernização da estrutura administrativa e operacional de dezenas de unidades. Também participaram da Assembleia os secretários de Estado do Mato Grosso do Sul, Marcio Campos Monteiro (Fazenda) e Jaime Elias Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), além de uma comitiva com oito vereadores de Dourados (MS). 

Para melhorar suas operações, a Coamo realizará modernizações, adequações e ampliações da capacidade de recebimento, transporte, beneficiamento e secagem de produtos, distribuição de insumos e escritórios administrativos em 28 entrepostos nos três Estados da sua área de ação. “O objetivo da Coamo é prestar serviços de qualidade e garantir o desenvolvimento técnico, educacional e social aos associados. Estamos investindo constantemente na ampliação da nossa estrutura para agilizar o recebimento da produção dos associados, acompanhando a evolução das suas atividades agropecuárias que vêm acontecendo sob todos os aspectos”, comenta José Aroldo Gallassini, diretor-presidente da cooperativa. Segundo ele, os investimentos aprovados na AGE serão realizados no prazo de quatro anos de acordo com a capacidade operacional de execução das obras e adequação ao fluxo de caixa da cooperativa.

“Realizamos uma importante Assembleia, tratando de assuntos relevantes para a continuidade das atividades da Coamo, tendo como horizonte a consolidação, cada vez maior, da nossa cooperativa no cenário empresarial brasileiro e seu contínuo crescimento no agronegócio do país, cujos objetivos culminam com um maior e melhor atendimento das atividades de nosso quadro social”, observa Gallassini

Entre as obras autorizadas para os próximos anos estão a construção de uma unidade industrial de processamento de soja com capacidade para 3.000 toneladas/dia e uma refinaria de óleo de soja com capacidade para 720 toneladas/dia, no município de Dourados.

A obra foi definida após estudos de viabilidade econômica que prevê incentivos fiscais oferecidos pelo Governo do Mato Grosso do Sul, levando em consideração também o posicionamento estratégico em relação a localização dos entrepostos da Coamo no Estado.

“O volume de soja recebido pela Coamo no Mato Grosso do Sul, comporta perfeitamente a instalação de uma processadora desse produto neste Estado, justificando plenamente a redução de custo com o transporte do produto já industrializado ao invés de transportá-lo in natura para sua industrialização em Campo Mourão ou Paranaguá”, explica o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini. Por outro lado, a implantação da refinaria de óleo de soja permitirá a sua comercialização diretamente daquele Estado para as regiões Sul e Sudeste do país. “Desta forma, não haverá o passeio do produto para ser industrializado no Paraná e voltando depois para aquelas regiões.” 

Comitiva de vereadores de Dourados (MS) presente na Assembleia		Diretoria da Coamo com os secretários de Estado do Mato Grosso do Sul, Marcio Campos Monteiro (Fazenda) e Jaime Elias Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico) e com o vereador de Dourados, Pedro Pepa

A instalação de uma moderna indústria esmagadora e de refino de soja em Dourados, além de gerar empregos e valorizar o potencial agrícola da região, vai auxiliar o governo do Estado na atração de novos empreendimentos para Mato Grosso do Sul. A avaliação é do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, que representou o governador Reinaldo Azambuja, juntamente com o secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, na Assembleia. “A indústria da Coamo é um projeto moderno com o que há de melhor em termos de tecnologia. É um investimento muito significativo que vai movimentar toda a base econômica da região. Vamos melhorar as condições para os cooperados e gerar empregos, com um crescimento sustentável e de longo prazo. A aprovação desses empreendimentos é uma prova da confiança da Coamo na política de atração de investimentos do governo”, afirma o secretário.

Assinatura do protocolo de intenções para o investimento da Coamo no MS

A concretização dos investimentos acontece após quase um ano de negociações entre o governo do Estado e a Coamo. “É um empreendimento extremamente importante para Mato Grosso do Sul e sua concretizacão mostra o nível de confiança e o interesse que a Coamo tem no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Confiança manifestada com a aprovação de seus cooperados e que fortalece o governo do Estado”, diz o secretário Marcio Monteiro. 

O governador Reinaldo Azambuja comemorou a instalação da Coamo em Dourados. “É uma grande alegria receber a confirmação dos investimentos da Coamo em Dourados. Isso confirma a viabilidade da nossa política de trocar impostos por empregos, atraindo bons investimentos para melhorar a vida das pessoas”, comenta. 

A Coamo está presente no Mato Grosso do Sul desde 2003 e foi em atendimento a pedidos de produtores que eram associados em diversos municípios do Paraná e Santa Catarina e haviam se transferido para o Estado. As primeiras Unidades foram em Caarapó, Amambai e Aral Moreira. Atualmente, a cooperativa está presente em Laguna Carapã, Dourados, Maracaju e Ponta Porã. “A aceitação do cooperativismo praticado pela Coamo foi tão grande que hoje contamos com 11 unidades de recebimento de produtos, tendo em 2015 recebido 16.251.000 sacas de soja e 10.992.000 sacas de milho”, observa Gallassini.

FALA COOPERADO
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“A nova indústria trará muitos benefícios, seja com retorno de impostos para o Estado, gerando empregos para Dourados e agregando valor ao nosso produto. Fomos agraciados com um grande empreendimento, uma indústria do porte que ainda não havia na região. Ficamos agradecido pelos investimentos.” Paulo Jacinto Batezini de Souza, de Dourados (Sudoeste do Mato Grosso do Sul).		“Há uma grande expectativa entre os agricultores de Ivailândia. O novo entreposto facilitará o nosso trabalho, principalmente para a entrega da produção, já que diminuirá entre uma entrega e outra. Estamos otimistas com a decisão da diretoria e aprovação da assembleia para a realização desta importante obra.” Osmar Henrique Fritsche, de Ivailândia (Noroeste do Paraná).
“Atualmente, sou atendido por Dourados e a instalação de um entreposto em Itaporã será muito bem-vinda, já que diminuirá a distância e teremos grande impacto no custo do transporte. Temos visto uma grande movimentação da cooperativa na região, isso mostra a força da Coamo e nos proporciona segurança. Já fui cooperado em Maracaju, depois Dourados e agora ainda mais perto.” Hélio Gonçalves de Oliveira, de Itaporã (Sudoeste do Mato Grosso do Sul).		“Sidrolândia, até pouco tempo, contava com poucas áreas de agricultura, já que a pecuária predominava. A realidade mudou e, hoje, conseguimos índices excepcionais de produtividade. Contudo, tínhamos dificuldade. Senti diferença quando me associei à Coamo, em Maracaju. Foi uma mudança, tanto na aquisição de insumos como na entrega da produção. E com a cooperativa chegando mais perto, temos motivo para comemorar.” Rodrigo Alvares Monteiro, de Sidrolândia (Sudoeste do Mato Grosso do Sul).

Também foram aprovadas a criação de quatro novas unidades da cooperativa, nas localidades de Ivailândia, distrito de Engenheiro Beltrão (PR) e nos municípios de Sidrolândia e Itaporã e Dourados (MS). “Com o crescimento do recebimento da produção vamos nos reposicionar quanto a necessidade de industrialização e aumento de nossas exportações. Isto nos leva a implantar estrutura de armazenamento e escoamento da produção em nosso Terminal Portuário, para que não tenhamos problemas na agilidade de embarque dos navios que contratamos. Também, com a implantação de novos Entrepostos automaticamente teremos o aumento da capacidade de armazenagem”, comenta Gallassini. 

A capacidade estática de armazenagem a granel da Coamo é de 83.125.200 sacas. A previsão de recebimento de produtos em 2016 é de 120 milhões de sacas e o estoque de passagem de 2015 para 2016, foi de 34.298.819 sacas. Desta forma, contando com a previsão de recebimento mais o estoque de passagem, tem um volume de 154.298.819 sacas, contra 83.125.200 sacas de capacidade estática de armazenagem, ou seja, uma defasagem de 71.173.619 sacas. 

A Coamo conta atualmente com 112 Unidades e, 68 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

NOVAS UNIDADES
- Ivailândia,  distrito de Engenheiro Beltrão (PR)

- Sidrolândia (MS)

- Itaporã (MS)

-Unidade Industrial em Dourados

(Recebimento e armazenamento, processamento de soja, refino e envase)

COAMO CONTA ATUALMENTE COM:

Unidades de Recebimento: 112

Paraná: 96

Santa Catarina: 5

Mato Grosso do Sul: 11

Municípios: 68

Paraná: 56

Santa Catarina: 5

Mato Grosso do Sul: 7

Além da necessidade de aumento da capacidade de armazenagem a granel, bem como a melhoria dos fluxos de recebimento da produção, há também defasagem na capacidade de armazenamento de insumos, que, face a evolução das máquinas de plantio e falta de mão de obra na movimentação de produtos, tem avolumado muito o sistema de fornecimento de sementes e fertilizantes em “big bag”. “A armazenagem em “big bag” ocupa um maior espaço do que no sistema de sacaria, considerando que não estamos preparados para armazenar este sistema de acondicionamento”, frisa o presidente. 

Diante disso, foi aprovado aumento da capacidade de armazenagem a granel em 3.073.000 sacas e o aumento de da capacidade estática de insumos em mais 22.040 metros quadrados em nove entrepostos da cooperativa.

Os associados aprovaram também a execução de melhorias de processos nas indústrias de Campo Mourão e Paranaguá, o aumento da capacidade de recebimento e armazenagem na indústria de óleo de Paranaguá com interligação junto ao corredor de exportação. Também foram aprovadas melhorias nos parques industriais de Campo Mourão e Paranaguá. A necessidade é devido ao tempo de utilização dos equipamentos e instalações, que precisam de atualizações. Entre as projetos previstos para Campo Mourão, estão a construção de um armazém na torrefação e moagem de café e modernização das linhas de envase de margarina e gordura.

Em 2015 a Coamo se posicionou em 27º lugar entre os exportadores brasileiros, e o primeiro lugar entre as empresas paranaenses. Foi também a maior embarcadora de produtos no Porto de Paranaguá. As exportações de produtos agrícolas industrializados e “in natura” foi de 3,49 milhões de toneladas num valor de US$ 1,17 bilhão. Além desses volumes, foram comercializadas 733,44 mil toneladas de produtos destinados à exportação, no montante de R$ 689,07 milhões. 

Para este ano a previsão é de que a exportação chegue a 4,22 milhões de toneladas, o que exige planejamento estratégico em termos de logística
para o escoamento de todo esse volume. “A colocação dos produtos no Porto de Paranaguá exige, uma logística de transporte muito bem planejada, de forma que esses produtos sejam colocados à disposição de embarque dentro da programação de atracação dos navios. Precisamos aumentar nossa capacidade de armazenamento no nosso Terminal Portuário em Paranaguá, em área própria, de forma a nos permitir que, além de ter o produto disponível no momento certo, seja ele transferido para aquele Terminal em época de frete menos pressionado”, comenta o superintendente Operacional da Coamo, Airton Galinari.

INVESTIMENTO NAS UNIDADES

Em outras 28 Unidades serão realizadas modernizações, adequações e ampliações da capacidade de recebimento, transporte, beneficiamento e secagem de produtos, distribuição de insumos e escritórios administrativos em Entrepostos já existentes, necessárias justamente para podermos atender a evolução tecnológica que vem acontecendo em todos os campos da atividade agropecuária, como tive oportunidade de explanar no início desta Assembleia.

PARANÁ

Bragantina, Brasilândia do Sul, Brasiliana, Campo Mourão, Candói, Cantagalo, Coronel Vivida, Cruzmaltina, Figueira do Oeste, Furnas, Iretama, Juranda, Manoel Ribas, Nova Tebas, Palmas, Pinhão, São João do Ivaí, São Pedro do Iguaçu, Toledo, Vila Nova e Vista Alegre

SANTA CATARINA

Abelardo Luz e São Domingos

MATO GROSSO DO SUL

Aral Moreira, Dourados, Lagunita, Maracaju e São Luiz