João Paulo Koslovski com o José Roberto Ricken

O engenheiro agrônomo José Roberto Ricken assumiu no dia 01 de abril, a presidência executiva do Sistema Ocepar substituindo João Paulo Koslovski, que deixa o cargo ocupado por ele desde 1996 para se dedicar a projetos pessoais. A mudança foi homologada durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada na sede da entidade, em Curitiba. Ricken cumpre mandato até 2019. “Meu compromisso é dar continuidade ao trabalho feito sob a liderança do João Paulo, a quem faço um agradecimento especial, já que atuamos juntos há 28 anos”, afirmou Ricken. “Meu desafio não é fácil mas não vou decepcionar, vocês podem ter certeza disso”, acrescentou.  

Natural de Manoel Ribas, na região central do Paraná, Ricken é formado em Engenharia Agronômica. No Sistema Ocepar desde abril de 1988, inicialmente atuou como assessor no Departamento Técnico e econômico. A partir de 1991, gerenciou a implantação do Programa de Autogestão das Cooperativas Paranaenses até 1996, quando assumiu a superintendência da Ocepar. No início de 2000, coordenou a implantação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), do qual também foi superintendente.

José Roberto Ricken é o sétimo cooperativista a assumir a presidência da Ocepar. Desde 1971, quando a entidade foi criada, também exerceram o cargo: Guntolf van Kaick, nos períodos de 1971-1972, 1973 a 1975, 1981 a 1983 e 1984 a 1986; Benjamim Hammerschmidt, de 1976 a 1978 e 1979 a 1980; Wilson Thiesen, de 1987 a 1989 e 1990; Ignácio Aloysio Donel de 1991 a 1992; Dick Carlos de Geus, de 1993 a 1995, e João Paulo Koslovski, de 1996 a 2016.

Após 43 anos de dedicação ao cooperativismo, o engenheiro agrônomo João Paulo Koslovski oficializou sua saída do Sistema Ocepar. “Deixo a presidência, mas não vou deixar nunca o cooperativismo, porque isso está na veia”, diz o executivo. De acordo com ele, sua saída da presidência, cargo que ocupou por 20 anos, foi uma decisão madura, motivada pelo desejo de desfrutar mais do convívio familiar. “Finalmente terei mais tempo para me dedicar a projetos pessoais, dar uma atenção especial à minha esposa, às minhas filhas e ao meu neto”, confidenciou.  

Koslovski disse estar tranquilo quanto aos passos futuros da entidade que representa, articula e promove o desenvolvimento do cooperativismo para
naense, setor que responde por 18% da riqueza do estado. “Estou feliz porque consegui fazer um sucessor que reúne todas as qualidades e características que possibilitarão dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado. Minha intenção era ter me afastado no ano passado, porém, após conversa com a diretoria do Sistema Ocepar, decidi permanecer mais um ano para preparar a transição e inserir o novo presidente ao cargo”, disse, referindo-se a José Roberto Ricken, até então superintendente e que durante a AGO foi conduzido à presidência.

O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassni, não tem dúvida quanto ao resultado do trabalho do novo presidente e sua equipe em benefício das cooperativas paranaenses. “O Ricken conhece a política cooperativista do Paraná e do Brasil como ninguém. Prestou um grande serviço até aqui como superintendente da Ocepar e, agora, como presidente ele vai fazer outro grande trabalho”. Quanto ao legado que João Paulo Koslovski deixa para as cooperativas após 20 anos como presidente do Sistema Ocepar, Gallassini afirmou que “ele é um homem dedicado dia e noite ao cooperativismo e representou muito bem a Ocepar na OCB, que precisa muito do Paraná para desenvolver o cooperativismo no Brasil. É um homem do sistema, do qual não vai sair, porque, mesmo aposentado, vamos contar com os serviços dele. Ele prestou um grande serviço ao cooperativismo paranaense e brasileiro”.

Presidente da Coamo durante discurso na Assembleia Geral do Sistema Ocepar		Atual diretoria do Sistema Ocepar

Durante a AGO da Ocepar, foi aprovada, por unanimidade, a prestação de contas de 2015 do cooperativismo paranaense. No ano passado, as 220 cooperativas filiadas à Ocepar alcançaram faturamento de R$ 60,4 bilhões, crescimento de 19,6% em relação aos R$ 50,51 bilhões movimentados em 2014. O setor, que responde por 18% do Produto Interno Bruto do Paraná (PIB) e por 56% da produção agropecuária no Estado, exportou no ano passado R$ 8,5 bilhões, investiu R$ 2,3 bilhões e recolheu R$ 1,5 bilhão em tributos. Ao todo, o cooperativismo paranaense congrega 1,3 milhão de cooperados, possui 2 mil empregados e gera 2,6 milhões de postos de trabalho. 

Ao destacar dados do Relatório de Atividades e Prestação de Contas 2015, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, enalteceu que os números são frutos da competência dos integrantes do cooperativismo paranaense, que, com muito trabalho e profissionalismo, conseguiram fazer com que o setor crescesse de forma consistente e se sobressaísse em cenário de sérias dificuldades econômicas e políticas que marcaram os rumos do país no ano passado, que fechou o ano com retração de 3,8% no PIB. 

Koslovski enfatizou ainda as cooperativas são as maiores empresas em mais de 100 municípios paranaenses, revertendo a atuação em importantes resultados socioeconômicos para a população local e regional. Com isso, atuam de forma decisiva no desenvolvimento do Estado. “Uma marca e quem tem compromisso com as pessoas e as comunidades em que atuam”, disse.

O presidente do Sistema Ocepar lembrou que, em 2015, as cooperativas investiram R$ 2,3 bilhões, dos quais 60% foram destinados ao setor de agroindustrialização, uma vez um dos grandes desafios do ramo agropecuário é transformar as matérias-primas recebidas dos cooperados em produtos processados e industrializados, visando à agregação de valor ao produto. Atualmente, perto de 50% da produção dos cooperados passa por algum tipo de transformação.

LIDERANÇAS APROVAM O PRC 100, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO COOPERATIVISMO DO PARANÁ Alcançar R$ 100 bilhões de faturamento até 2020. Esta é uma das metas do Paraná Cooperativo 100 (PRC100), planejamento estratégico do cooperativismo paranaense aprovado na Assembleia Geral Ordinária da Ocepar. A proposta inicial do PRC 100 foi lançada pela Ocepar no início do ano passado e, desde então, passou a ser realizado um trabalho conjunto com as cooperativas filiadas para definir as estratégias que levarão o setor a atingir os objetivos do plano, visando manter o ciclo de crescimento do cooperativismo paranaense. Na última década, o setor registrou expansão superior a 10% ao ano, em média. O faturamento dobrou nos últimos cinco anos, chegando a R$ 60,4 bilhões em 2015, impulsionado pela profissionalização das cooperativas do Paraná, investimentos e expansão da área de atuação, além da ampliação da oferta de bens e serviços nos diferentes ramos de atuação. O PRC 100 foi elaborado com o propósito de identificar os desafios futuros do cooperativismo, discutir cenários e avaliar as tendências que poderão impactar no desenvolvimento das cooperativas paranaenses. Além do aspecto financeiro – atingir R$ 100 bilhões de faturamento, o PRC 100 contempla outros quatro pilares que deverão dar sustentação ao crescimento proposto para o setor: mercado, cooperação, infraestrutura, governança e gestão. Para cada um desses itens foram traçados os desdobramentos, indicando as frentes de atuação a serem seguidas pelo cooperativismo paranaense.